20/11/2018

Assembleia Municipal aprova uma proposta de Os Verdes que exige a criação de uma carreira de bairro da Carris



No âmbito do Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa, a estação de Arroios encerrou no dia 19 de Julho de 2017 para ser alvo de obras de reabilitação e ampliação que viabilizem a circulação de comboios com seis carruagens em toda a Linha Verde. Porém, a empreitada tem tido sucessivas paragens, o que tem originado queixas dos utentes e dos comerciantes.

Neste contexto, “Os Verdes” apresentaram uma proposta para que o executivo camarário analise a possibilidade de ser transitoriamente promovido um percurso a fim de suprir as dificuldades de mobilidade e a escassez de transportes alternativos.


Essa recomendação do PEV foi aprovada por maioria na Assembleia Municipal de Lisboa, apenas com os votos contra do PS, onde se propõe que a CML estude e crie uma carreira da Carris, com características de circulação de bairro, que permita assegurar a mobilidade dos cidadãos, viabilizando melhores acessibilidades na área envolvente da estação de Metro de Arroios, bem como as actividades económicas locais.

Por fim, os deputados ecologistas congratulam-se que a Assembleia Municipal de Lisboa tenha aprovado a sua proposta de saudação à selecção portuguesa de futsal para atletas com Síndrome de Down, assim como a sua proposta de saudação à manifestação nacional contra a precariedade e baixos salários.

Assembleia Municipal aprova por aclamação uma proposta de Os Verdes que congratula a vitória dos atletas com Síndrome de Down da selecção portuguesa de futsal

A selecção portuguesa de futsal para atletas com Síndrome de Down sagrou-se campeã da Europa na passada quinta-feira, dia 15 de Novembro, ao derrotar na final a anfitriã e campeã do mundo Itália, numa competição que decorreu em Terni.

A síndrome de Down é uma doença também conhecida como trissomia 21, tratando-se de um problema genético, caracterizado pela existência de três cromossomas 21, em todas ou na maior parte das células de um indivíduo, em vez de apenas um par, gerando este cromossoma a mais uma série de complicações físicas e cognitivas.


Neste contexto, “Os Verdes” apresentaram um voto de congratulação e júbilo pela vitória dos atletas com Síndrome de Down que integraram a selecção portuguesa de futsal, tendo sido aprovado por unanimidade e aclamação pelos deputados de todas as forças políticas.

Por fim, os deputados ecologistas congratulam-se que a Assembleia Municipal de Lisboa tenha aprovado a sua proposta de recomendação pela criação de uma carreira de bairro da Carris na área envolvente da estação de Metro de Arroios, assim como a sua proposta de saudação à manifestação nacional contra a precariedade e baixos salários.

17/11/2018

Intervenção sobre a Moção - «A habitação é um direito de todos, não um privilégio de alguns!»



Em primeiro lugar, cumpre-me dirigir as minhas saudações à 14ª Convenção do Partido Ecologista “Os Verdes” e, em particular, aos nossos convidados presentes.
Como é sabido, o direito à habitação encontra-se consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e, desde 1976, na Constituição da República Portuguesa. O seu art. 65º diz, expressamente, que “todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar”. Mas diz mais.
Como deveria ser do conhecimento de todos, estipula ainda que, vou citar, “para assegurar o direito à habitação, incumbe ao Estado programar e executar uma política de habitação, promover, em colaboração com as autarquias locais, a construção de habitações económicas e sociais, o acesso à habitação própria ou arrendada, bem como incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populações, tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais”.
Para tal, o Estado deverá “adoptar uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria” e, ainda, que “as pessoas idosas têm direito à segurança económica e a condições de habitação e convívio familiar e comunitário que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalização social”, bem como também “os jovens gozam de protecção especial para efectivação dos seus direitos económicos, sociais e culturais, nomeadamente, no acesso à habitação”.
No entanto, nos últimos anos, constata-se que a habitação tem vindo a tornar-se um negócio altamente lucrativo, fruto da desenfreada especulação imobiliária, ao mesmo tempo que se tem assistido a um aumento brutal das rendas, mas também como resultado da pressão turística, do aumento do alojamento local, e do processo de gentrificação nos centros históricos que tem conduzido ao despejo de milhares de famílias das suas casas, bem como de muitas pequenas empresas, colectividades e associações, com a consequente perda de identidade dos bairros e das relações de vizinhança.
Desde sempre “Os Verdes” vem denunciando que, por o acesso à habitação se ter tornado não apenas muito mais difícil, como frequentemente impossível para muitos milhares de pessoas, uma habitação condigna é ainda um direito difícil de concretizar e as famílias que perderam a capacidade de arrendar uma casa, vêem-se obrigadas a arrendar um quarto, já a preços exorbitantes. Também as ofertas de habitação pública, incluindo as de origem municipal, são diminutas, apesar de existir um número considerável de fogos fechados e devolutos.
Por sua vez, o crescimento do turismo veio agudizar este panorama, acabando por retirar milhares de habitações do mercado, diminuindo a oferta e aumentando a especulação e os preços, sendo as rendas praticadas proibitivas para a esmagadora maioria das famílias, resultando ainda na perda de moradores principalmente dos centros das cidades.
Acresce ser indiscutível que, para “Os Verdes”, os despejos só serão travados quando o Novo Regime do Arrendamento Urbano for definitivamente revogado.
Por isso, é completamente inaceitável que os centros urbanos se estejam a transformar num negócio anti-social, uma vez que estão meramente subordinados às leis do mercado, acabando por empurrar os habitantes para fora das cidades.
Exatamente por estas razões, para “Os Verdes”, sempre foi inadiável concretizar o direito à habitação previsto na Constituição da República Portuguesa, dinamizando o arrendamento de forma sustentável, justa e credível e garantindo estabilidade e segurança aos cidadãos.
Face ao exposto, e conscientes de que os problemas da habitação não se resolvem com meras alterações legislativas pontuais ou superficiais, “Os Verdes” propõem-se prosseguir e reforçar a sua luta em defesa da habitação, exigindo a revogação do Novo Regime do Arrendamento Urbano, pugnando por uma política pública de habitação, essencial para concretizar a redução das desigualdades, para promover a justiça social e o desenvolvimento do País, e que proteja adequadamente os inquilinos e os moradores das cidades, através de programas eficientes de recuperação dos fogos degradados e devolutos, que possam ser colocados ao serviço das populações.
“Os Verdes” devem reforçar o princípio de que a habitação não pode ser um privilégio de alguns, mas antes um direito de todos!
Porque falta cumprir Abril, por ser urgente uma política consequente em defesa do acesso dos cidadãos a uma habitação condigna, a preços justos e que seja garante da qualidade de vida das famílias, propõe-se que a XIV Convenção do Partido Ecologista “Os Verdes” delibere:
1 - Exigir do Governo que assuma efetivamente a sua responsabilidade no que diz respeito ao direito à habitação, consagrado no Artigo 65º da Constituição da República Portuguesa, através de uma política pública de habitação.
2 - Pugnar pela urgente revogação do Novo Regime do Arrendamento Urbano, mais comummente apelidado de lei dos despejos.
3 - Continuar a denunciar o modelo de desenvolvimento que privilegia o lucro, em detrimento da concretização de um direito constitucional, lutando por soluções alternativas e sustentáveis, em defesa da qualidade de vida das pessoas.
Viva a XIV Convenção do Partido Ecologista “Os Verdes”

Lisboa, 17 de Novembro de 2018
J. L. Sobreda Antunes

Balanço do 1º ano de mandato autárquico do GM-PEV na AML - 2017/2018



As minhas primeiras palavras são de regozijo por esta 14ª Convenção e de saudação à Mesa, às e aos companheiros de “Os Verdes” e aos convidados presentes.
Decorrido o 1º ano do actual mandato autárquico na AML, o Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes” tem continuado a assumir-se como uma voz activa na defesa dos direitos e da qualidade de vida dos munícipes.
O plenário reúne, pelo menos, todas as 3ªs fªs e diariamente são agendadas reuniões de Comissões, tanto de manhã como ao final da tarde.
Recorde-se que, no Município de Lisboa, o PEV constitui um grupo autónomo da CDU. Os 2 deputados municipais eleitos pelo PEV integram, pelo menos, 6 Comissões Permanentes da AML, entre elas, as de Ordenamento do Território, Urbanismo, Reabilitação Urbana e Obras Municipais, a de Ambiente e Qualidade de Vida, a de Habitação, Bairros Municipais e Desenvolvimento Local, a de Direitos Sociais e Cidadania, a de Cultura, Educação, Juventude e Desporto e a de Transportes, Mobilidade e Segurança.
Desde o início do mandato o PEV tem participado em inúmeras iniciativas, ouvido os munícipes, a título individual ou associativo, alertando de seguida para os diversos problemas que diariamente afectam quem reside, trabalha e estuda em Lisboa e apresentando propostas concretas para uma gestão mais sustentável da vida na capital.
Nestes 13 meses, entre Novembro de 2017 e Novembro de 2018, os deputados produziram, em plenário, 126 intervenções, foram apresentados cerca de 65 Requerimentos, dos quais 27 continuam a aguardar resposta por parte do executivo, contabilizando-se ainda 31 Recomendações, 3 Moções e 15 Votos (entre os de Saudação, de Condenação, de Louvor e de Pesar).
O GM tem ainda tido uma participação activa em diversos Debates Temáticos e de Actualidade, nos Debates sobre o Estado da Cidade, nas mensais Declarações Políticas e nas sessões de perguntas ao executivo que, em Lisboa, é constituído por um acordo pós-eleitoral entre o PS e o BE.
Foram promovidas mais de 20 reuniões e audições com peticionários, associações de moradores, associações de pais e encarregados de educação, instituições particulares de solidariedade social, sindicatos, movimentos e plataformas cívicas. Foram também realizadas 12 visitas que abrangeram 10 Freguesias de Lisboa e permitiram o contacto com as populações, associações de moradores, escolas e serviços municipais, bem como a observação de espaços públicos e espaços verdes.
Após cada iniciativa, e para além do uso das redes sociais, o PEV emite, regularmente, Notas para a Comunicação Social. No entanto, apesar das cerca de 120 Notas remetidas às redações noticiosas neste 1º ano de mandato, são escassíssimas as notícias que publicitam o trabalho levado a cabo no âmbito da AML. Mesmo quando a própria LUSA redige breves citações, por exemplo, de parte das intervenções dos deputados, os principais órgãos de comunicação social quando as transcrevem, quase invariavelmente omitem qualquer citação ao PEV.
Trata-se de um permanente trabalho de Sísifo, perante a concorrência de outros 4 pequenos GMs da AML que sistematicamente se auto-intitulam de ecologistas ou ambientalistas. Ou seja, a concorrência política neste mandato tem sido apertada, apesar da diversidade de intervenção de “Os Verdes”, cujo GM precisava de mais apoios humanos.
De tal forma este trabalho foi em tempos reconhecido, que um anterior relatório anual da Presidente da AML chegou a destacar “Os Verdes” como um dos GM mais activos e intervenientes.
Importa ainda referir que, na sua esmagadora maioria, as nossas propostas têm sido aprovadas, parte substancial delas por unanimidade, apesar de depois o executivo camarário quase sempre as omitir, o que representa um claro prejuízo para a cidade de Lisboa e os lisboetas. No entanto, caso essas deliberações democraticamente aprovadas na AML tivessem sido implementadas, acabariam contribuindo para uma considerável melhoria na qualidade de vida das pessoas, das famílias, dos jovens, dos trabalhadores.
A base de trabalho de “Os Verdes” é em grande parte fruto do contacto directo com as populações e das queixas recebidas, a partir dos quais procuramos estabelecer soluções integradas que permitam depois apresentar propostas coerentes para a sua resolução. O GM de “Os Verdes” tem insistido na frequente denúncia das propostas e medidas gravosas para a cidade, opondo-se fortemente a que sejam implementadas, mas apresentando sempre propostas alternativas e sustentáveis.
Desde o pacto entre PS e PSD para a redução do número de freguesias na capital, a revisão do Plano Director Municipal, a descentralização de competências para as freguesias, resultante da implementação da Reorganização Administrativa de Lisboa, que pôs em causa a gestão equitativa e integrada dos equipamentos da cidade no seu todo, a externalização de serviços, as condições laborais dos trabalhadores municipais e a qualidade dos serviços prestados aos munícipes, bem como as sucessivas alienações de património e do edificado em hastas públicas, a degradação e destruição de serviços públicos fundamentais para a cidade, como o encerramento das estações de CTT, de esquadras, de quartéis, de unidades de saúde ou ainda a venda a privados do rico património municipal e outros activos financeiros, como recentemente a própria casa oficial do Presidente da CML em pleno Parque Florestal de Monsanto.
Temos contestado, na sequência de queixas dos munícipes e de associações cívicas, as tentativas de alienação e privatização do Monsanto, ou os recentes e drásticos abates de árvores em Lisboa. No caso de Monsanto, temos repetidamente proposto a preservação deste pulmão da cidade, o aumento da vigilância e segurança nos espaços verdes submetidos ao regime florestal através do reforço do número de guardas florestais, opondo-nos ao licenciamento de novos usos e de actividades que sejam incompatíveis com a preservação da biodiversidade existente, incluindo a descontaminação dos solos.
Defendemos que a manutenção e conservação dos vários espaços deve ser assegurada pelos serviços municipais, em vez da contratação de empresas privadas para os assegurar, pelo que pugnámos, por exemplo, pelo investimento na formação de jardineiros e calceteiros na Escola de Jardinagem da autarquia e a sua posterior contratação e integração no Mapa de Pessoal, evitando gastos acrescidos e desnecessários do erário público com empresas privadas e a externalização da gestão dos espaços verdes da capital.
Defendemos o direito ao trabalho e ao lazer, o pleno emprego com direitos, o acesso à saúde e à educação, o alargamento da oferta e a redução dos passes dos transportes públicos, a criação de parques de estacionamento dissuasores na periferia da cidade, soluções de mobilidade suave, a remoção, em segurança, de amianto em edifícios, instalações e equipamentos municipais, planos de emergência e segurança para as escolas, bem como a melhoria das acessibilidades para pessoas com deficiência ou a integração de migrantes.
Donde podemos concluir que “Os Verdes” em Lisboa têm, desde sempre, continuamente afirmado os valores ecologistas, apresentando propostas que contribuam para um verdadeiro desenvolvimento sustentável, denunciando políticas injustas e combatido medidas que penalizem os cidadãos, os trabalhadores e os munícipes de Lisboa em particular, como,por exemplo, os resultantes da especulação imobiliária ou dos despejos.
O Partido Ecologista “Os Verdes” tem assim pautado a sua actuação com base na defesa e concretização dos compromissos eleitorais com que se apresentou aos lisboetas, assumindo-se como porta-voz dos seus problemas e aspirações nos debates da Assembleia Municipal de Lisboa.
Porque uma outra política ecologista para Lisboa e para o País é possível, daqui fica, desde já, o apelo a todas e a todos os companheiros para o reforço nacional de uma intervenção ecologista consequente.
Companheiras e companheiros, viva a XIV Convenção do Partido Ecologista “Os Verdes”.

Lisboa, 17 de Novembro de 2018
J. L. Sobreda Antunes

12/11/2018

17 e 18 de novembro - 14ª Convenção do PEV

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) realiza a sua 14ª Convenção, nos próximos dias 17 e 18 de novembro, na Faculdade de Ciências de Lisboa, sob o lema: Ação Ecologista, Um Compromisso Com O Futuro.

Este será um grande momento na vida de Os Verdes, Partido que conta com mais de 35 anos de existência, com um vasto historial de lutas ecologistas e com uma intervenção permanente e consequente na nossa sociedade. Este será também, sem dúvida, um momento alto da ecologia política no país.


Os trabalhos têm início às 9.00h de sábado, dia 17, e a sessão de encerramento, da Convenção, está agendada para domingo, dia 18, às 13.00h, de acordo com o Programa:

17 de novembro – sábado:

09:00h- Receção dos delegados e convidados

10:30h - Início dos trabalhos e Saudação de Boas Vindas
- Eleição das mesas da Convenção e restantes órgãos da Convenção
- Abertura da eleição dos Órgãos Nacionais

11:00h - Intervenção de Abertura
- Balanço da ação política do PEV, seguido de debate

13:30h - Pausa para almoço

15:00h - Reinício dos trabalhos
- Apresentação e debate das Moções setoriais
17:30h - Pausa para café
17:45h - Continuação do debate e votação das Moções setoriais

19:00h Encerramento da eleição dos Órgãos Nacionais
19:30h - Momento Cultural.
19:45h - Anúncio dos resultados das eleições dos Órgãos Nacionais

20:30h - Jantar e Momento de Convívio

18 de novembro – domingo:

10:00h - Reinício dos trabalhos
- Apresentação, votação debate da(s) Moção(ões) de Ação Eco-Política

12:15h – Pausa para café

12:30h - Sessão de Encerramento
- Breve Momento Cultural
- Anúncio da composição dos novos Órgãos Nacionais do PEV
- Intervenção de encerramento