20/10/2007

O voo dos pequenos carvalhos

A sequência de incêndios florestais que devastaram o vale glaciar do Parque Natural da Serra da Estrela, em 2005, para além de destruir a flora, agravou as possibilidades de erosão. No Inverno seguinte, com a chegada das chuvas, desabamentos de terras chegaram a fechar a única estrada que atravessa o vale.
Por isso a Associação Cultural dos Amigos da Serra da Estrela (ASE) 1 esteve hoje na Serra a plantar seis mil carvalhos, no âmbito de uma campanha de reflorestação da montanha mais alta de Portugal, visando reflorestar zonas de terreno entre os 1400 e 1600 metros. De manhã e até ao meio da tarde, cerca de 200 voluntários, divididos em cinco grupos, percorrerem outras tantas rotas junto ao Vale Glaciar do Zêzere.
Desde que arrancou, em 2006, a iniciativa já plantou e semeou 50 mil árvores, sobretudo carvalho e vidoeiro, tendo no último ano envolvido sobretudo grupos voluntários (de escolas, associações ou entidades ligadas ao ambiente) que ao longo do ano visitaram a serra para plantar e semear novas árvores.
Depois da acção de hoje, que contou com o apoio da Força Aérea para o transporte dos jovens carvalhos, a campanha de reflorestação “Um milhão de carvalhos para a Serra da Estrela” continua nas próximas semanas com visitas de escolas e a plantação entregue aos mais novos. Devido à irregularidade do terreno, a Força Aérea disponibilizou um helicóptero para o transporte das pequenas árvores para os diferentes locais de plantação 2.
A comunicação social esteve presente, mas estranha-se que se omita (voluntariamente?) a presença, a convite da ASE, de uma delegação de “Os Verdes”, na qual se inseria um deputado da A.R. e outros membros do Conselho Nacional do PEV.

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