25/05/2017

Intervenções de Os Verdes na Assembleia Municipal de Lisboa - 23 de maio

Na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa do dia 23 de maio, terça-feira, os deputados municipais de Os Verdes, Cláudia Madeira e Sobreda Antunes, fizeram 3 intervenções:

Cláudia Madeira fez um conjunto de perguntas sobre diversos temas:

“Em oito anos, foram 105 os projectos que venceram o Orçamento Participativo. Desses projectos, 63, ou seja, mais de metade, não estão completos. Aliás, mais de trinta estão ainda em estudo. (…) O segundo tema é sobre a auditoria ao processo da Segunda Circular. Esta auditoria foi anunciada em Setembro, quando a Câmara suspendeu as empreitadas de requalificação por suspeitas de conflito de interesses, mas só começou no início deste ano, tendo o vereador das Finanças garantido que em Abril o inquérito estaria pronto. (…) Perguntamos, por isso, se a auditoria já está concluída e quais as conclusões. (…) Deparamo-nos com mais um abate de árvores para construção de um campo de rugby no Bairro da Boavista, representando uma clara violação das recomendações aprovadas. Esta situação mostra desrespeito pelo Parque Florestal de Monsanto, pelos cidadãos e pelas organizações que se pronunciaram contra a destruição de Monsanto e por esta Assembleia, o que nos parece totalmente inaceitável.”


 Todo o texto aqui.

Cláudia Madeira fez uma segunda intervenção sobre os Estatutos da Carris:

“Os Verdes discordam da municipalização da Carris, continuando a defender que se devia manter sob responsabilidade da Administração Central, não concordando com a entrega da empresa a uma única Câmara, quando o seu raio de acção se estende por seis municípios e, por isso mesmo, é preciso tratar a mobilidade do ponto de vista metropolitano. Sobre a alteração aos estatutos importa também dizer que, numa altura em que se aguarda a apreciação parlamentar do decreto-lei que transferiu a Carris para a Câmara de Lisboa, parece-nos que seria muito mais lógico e sensato ter esperado por essa discussão no Parlamento. Até porque se a Assembleia da República aprovar as propostas aí apresentadas, isso vai obrigar a uma nova revisão dos Estatutos.”


Todo o texto aqui.

Sobreda Antunes fez uma intervenção relacionada com o Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território:

"Lisboa é uma cidade envelhecida, sendo o Município com maior índice de envelhecimento no quadro da ÁreaML, continuando a registar perda de população residente desde 1981, não sendo de negligenciar o seu decréscimo, entre 2012 e 2013, que representa menos 38.421 habitantes, segundo a nota que consta em rodapé na p. 148 do REOT. Este é um aspecto que, associado a um saldo fisiológico negativo, é bastante preocupante por conduzir, a prazo, a um maior envelhecimento da população residente e colocar em causa o 1º objectivo do PDM, que consistia no aumento da população e o seu desejável rejuvenescimento. Na cidade de Lisboa havia mais de 50 mil alojamentos vagos em 2011, correspondendo a 15,6% do total dos existentes no Município. O decréscimo global da oferta de fogos para arrendamento foi de 83% entre 2012 e 2014, associado ao aumento elevadíssimo do alojamento local entre 2010 e 2015, quer em número de estabelecimentos, quer em capacidade de alojamento. Naquele período, o número de estabelecimentos passou de 57 para 2.057 e a oferta de camas de 1.678 para 11.661. O alojamento local terá mesmo contribuído para a diminuição da população residente.”


Todo o texto aqui.

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