Ontem, dia 30 de Maio, por proposta do Partido Ecologista Os Verdes, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma Recomendação pela valorização e preservação dos solos onde se destaca a necessidade de a CML controlar e regular a construção em leitos de cheia, de evitar a impermeabilização de zonas de retenção e a sua contaminação.
Contudo, o PS votou contra o desenvolvimento de um plano de regularização do uso do solo, com vista à diminuição da área impermeabilizada, bem como garantir a existência de logradouros com o mínimo de construções.
Esta posição demonstra claramente o entendimento que o executivo tem de como deve ser gerido o solo na cidade, promovendo medidas que potenciam a degradação dos solos, colocando a perspectiva financeira à frente dos interesses dos munícipes, situação já demonstrada aquando da revisão do PDM, quando o uso dos solos foi alterado e liberalizado, deixando a cidade à mercê dos especuladores imobiliários.
Lisboa é a quarta capital mais impermeabilizada da Europa, com 60% do solo ocupado por edifícios, alcatrão, parques de estacionamento e outras infra-estruturas e, face este panorama, Os Verdes lamentam que o executivo não defenda uma política adequada de gestão dos solos que dê garantias da sua protecção para as gerações vindouras.
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