Comemoramos
este ano o 42º aniversário do 25 de Abril de 1974, que pôs fim à ditadura
fascista que submeteu o povo português à miséria, ao atraso, à repressão e à
guerra colonial, trazendo aos portugueses a liberdade, a democracia e a
esperança num país melhor.
A
Revolução dos Cravos trouxe-nos importantes conquistas e direitos fundamentais
para uma vida digna e livre. Foi também um importante passo para a Constituição
da República Portuguesa, que este ano comemora o seu 40º aniversário, e os
direitos nela consagrados, como o acesso universal ao trabalho, à saúde, à
educação, ao ambiente e ao poder local democrático, entre muitos outros, que
garantiram uma considerável melhoria na vida das pessoas, concretizando o
espírito e os ideais de Abril.
Hoje,
ao celebrar mais um aniversário de Abril, importa não esquecer os tempos
dramáticos que passaram, com um sentimento de responsabilidade, de respeito, de
valorização e de aprofundamento dos princípios da Revolução dos Cravos. Importa
igualmente não esquecer que muito do que Abril conquistou continua ainda por
concretizar.
Celebrar
o 25 de Abril é continuar a lutar pelos seus valores e ideais, com vista a um
presente e a um futuro pautados pelas conquistas da Revolução dos Cravos, sendo
imperioso lutar contra situações que ponham em causa os nossos direitos e a
nossa qualidade de vida, como a pobreza, o desemprego, a precariedade e a
privatização de bens e serviços.
O
1º de Maio é outra data cuja comemoração assume especial importância.
O
Dia Internacional do Trabalhador está directamente associado à luta histórica
de milhares de operários que em 1886, em Chicago, fizeram uma greve geral tendo
como objectivo exigir jornadas de oito horas de trabalho, uma reivindicação
fundamental na luta contra a exploração, tendo sido impiedosamente reprimidos
pelas entidades policiais e patronais, acontecimento que acabou por desencadear
uma perseguição generalizada contra o movimento operário.
Os
amplos reflexos internacionais desta luta e a homenagem aos “mártires de
Chicago”, determinaram, em 1889, a proclamação do 1º de Maio como Dia
Internacional do Trabalhador, tendo este dia ficado associado, a partir daí, à
luta dos trabalhadores.
Em
Portugal, só a partir de 1974 o 1° de Maio pôde voltar a ser comemorado
livremente, com o fim do regime fascista que reprimia a sua celebração.
Exaltar
o 1° de Maio é recordar o significado da luta dos operários de Chicago e de
todos os trabalhadores e dos seus representantes, é pugnar por trabalho com
direitos e é também demonstrar um forte apoio a todos os que lutam por esses
direitos.
Saudar
Abril e Maio significa continuar a lutar por um país melhor, mais equilibrado,
justo e sustentável, com melhores condições de vida para todos, sem excepção.
Neste sentido, a Assembleia Municipal de
Lisboa delibera, na sequência da presente proposta dos eleitos do Partido
Ecologista “Os Verdes”:
1
- Saudar o 42º Aniversário da Revolução dos Cravos e homenagear todos os homens
e mulheres que construíram o 25 de Abril e todos os que continuam a lutar e a
defender os valores de Abril.
2
- Saudar o 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, todos os
trabalhadores, e as suas organizações sindicais, manifestando a sua
solidariedade com a luta por melhores condições de trabalho e por uma vida
digna e com direitos.
3
- Exortar a população da cidade de Lisboa a participar nas comemorações do 25
de Abril e do 1º de Maio, datas tão importantes para a democracia, a liberdade,
a justiça social e para um país mais desenvolvido.
4
- Remeter a presente saudação para o Presidente da República, Presidente da
Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Grupos Parlamentares da Assembleia
da República, Associação 25 de Abril, Associação Conquistas da Revolução,
CGTP-IN e UGT.
Assembleia
Municipal de Lisboa, 19 de Abril de 2016
O Grupo Municipal de “Os Verdes”
Cláudia Madeira J. L. Sobreda Antunes
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