Os Verdes querem
começar por saudar a Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa e
dizer que concordam com as preocupações e com as reivindicações expressas na
moção sobre a estação de metro de Arroios, nomeadamente a nível das
dificuldades de mobilidade, da redução do número de carruagens, do aumento dos
tempos de espera, assim como da degradação de algumas estações e das frequentes
avarias das escadas rolantes.
Especificamente sobre o encerramento
parcial da estação de Arroios, Os Verdes recordam que assim que surgiram
notícias sobre este assunto, entregaram uma pergunta ao Governo e um requerimento
à Câmara Municipal de Lisboa que, por sinal, até ao dia de hoje continua sem
resposta, e isto já foi no início de Fevereiro.
Se o encerramento parcial avançasse,
ou seja, se a estação de Arroios encerrasse duas vezes por dia às horas de
ponta, seria uma medida errada e perigosa, sendo de difícil execução tanto
operacional como a nível de segurança. Portanto, percebemos perfeitamente a
apreensão da Comissão de Utentes.
Para Os Verdes é imperioso que se
solucionem os vários problemas que afectam o Metro de Lisboa, procurando
contrariar a degradação que se tem apoderado deste serviço de transporte. Para
isso, é urgente a imediata reposição da circulação das quatro carruagens na
Linha Verde, assim como é necessário ampliar a estação de Arroios, para uma
capacidade que viabilize a projectada circulação de seis composições.
Aliás, estas reivindicações não são recentes.
No início de 2012, quando o Metro diminuiu de quatro para três o número de carruagens
que circulavam na Linha Verde, por pretensos motivos de adequação da oferta à
procura do serviço, o que de imediato se comprovou ser falso, Os Verdes
apresentaram uma recomendação pela reposição das carruagens.
A verdade é que esta situação de
redução de carruagens constituiu um retrocesso na qualidade do serviço
prestado, levando a que os comboios passassem a andar sempre cheios nas horas
de ponta, sendo praticamente inviável entrar nas composições em algumas
estações, ou viajar no meio de uma massa comprimida de pessoas, causando um
óbvio desconforto para o público em geral e para os utentes com mobilidade
reduzida, idosos e portadores de crianças, em particular.
De tal maneira que, passados dois
meses após a implementação desta medida, o então Secretário de Estado dos Transportes
comunicou em plena sessão da Comissão de Economia e Obras Públicas já ter dado
orientações à Administração do Metro no sentido de voltar a reforçar o número
de composições na Linha Verde, face à evidente insuficiência da oferta do
serviço, tendo ele próprio, comprovado o mau serviço prestado pelo Metro.
Portanto facilmente se pode concluir
que o problema é reconhecido por todos, tem havido propostas no sentido da sua
resolução mas, até hoje, tudo se mantém na mesma. Saudamos por isso a Comissão
de Utentes que trouxe mais uma vez este assunto à discussão, através da
Comissão de Mobilidade que, depois de um conjunto de diligências, apresentou as
suas conclusões e recomendações procurando a célere resolução dos problemas
sentidos. Esperamos que desta vez surta mais efeito.
Outra questão que não pode ser ignorada
e que também precisa de solução urgente prende-se com a conclusão das obras na
ala norte da estação do Areeiro e a falta de condições das estações do
Intendente, Anjos e Arroios, que têm uma grande utilização e que têm sido
descuradas em termos de limpeza e de aspecto geral.
Cláudia Madeira
Grupo Municipal de Os Verdes
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