No
seguimento da apreciação da Informação Escrita do Sr. Presidente da Câmara
Municipal de Lisboa, “Os Verdes” têm mais algumas questões a colocar.
No
relatório de actividades do Regimento de Sapadores Bombeiros, mais
concretamente na secção das intervenções em instalações e equipamentos,
encontramos referência ao levantamento das condições necessárias ao bem-estar
do efectivo - Chefes de Serviço, no Quartel da Av. Dom Carlos I. As informações
que gostaríamos de obter por parte do executivo é a que conclusão chegou
relativamente a estas condições e o que está previsto fazer neste âmbito.
Sobre
a construção de um parque de estacionamento no Quartel da 4ª Companhia,
gostaríamos de saber se esta obra fará com que os bombeiros fiquem sem espaço
para o treino e para a instrução, algo que nos pareceria completamente
inaceitável.
Na
parte da Direcção Municipal de Transportes, no ponto da Rede de Transportes Públicos
refere-se o estudo da rede de eléctricos. Uma vez que no relatório que nos foi
entregue não há informação mais aprofundada sobre esta matéria, solicitamos ao
executivo que nos possa disponibilizar mais informações sobre o conteúdo deste
estudo e das reuniões, e eventuais conclusões a que tenha chegado.
Sobre
a Direcção Municipal de Estrutura Verde do Ambiente e Energia e sabendo que um
conjunto de instalações precisam de ser melhoradas, gostaríamos de ser
esclarecidos em relação ao Campo Grande, à Av. de Ceuta e ao Parque Eduardo
VII.
Sobre
o Campo Grande pretendemos saber como está a situação dos balneários femininos,
relativamente aos problemas de espaço e à necessidade de se construir uma
rampa, e na área do refeitório, se já foi adquirido o equipamento de cozinha.
Sobre
as instalações da Av. de Ceuta gostaríamos de saber se já foi feita alguma
intervenção, e se sim, o que foi feito.
Sobre
o Parque Eduardo VII, gostaríamos de saber se os problemas de infiltrações
foram resolvidos, assim como gostaríamos de saber em que estado se encontram as
coberturas de fibrocimento e o que vai ser feito.
Um
último tema que pretendemos abordar está relacionado com o 25 de Novembro de
1975 e trazemos hoje este assunto pois o relatório que agora discutimos
compreende o passado mês de Novembro e eventuais iniciativas da autarquia nesse
âmbito.
Foi
aprovada em reunião de Câmara, de forma nada consensual, uma proposta para que
a CML desenvolvesse um programa evocativo desta data, nunca comemorada
institucionalmente.
Sobre
isto diria que “Os
Verdes” rejeitam
por completo um dos argumentos utilizados, associado o 25 de Novembro ao
processo de formação do nosso regime democrático, tal como rejeitam qualquer
semelhança que se queira fazer, de forma muito forçada, entre o 25 de Abril e o
25 de Novembro.
O
branqueamento que se quis fazer deste processo é inaceitável, tal como é
inaceitável querer-se comparar o que não é comparável. Não se pode comparar uma
data que pôs fim ao regime fascista, à exploração, que trouxe a independência
das colónias, a liberdade, a democracia e a justiça, a uma data que procurou
reconstituir parte destas situações.
Os
últimos anos mostraram-nos quais são os objectivos de quem defende o 25 de
Novembro e falamos de nada mais nada menos do que de um ajuste de contas com o
25 de Abril: empobrecimento, retrocessos nos direitos, perda de qualidade de
vida, privatizações, ou seja, tudo aquilo que as pessoas não precisam, não
querem e não aguentam mais. É por isso que este ataque ideológico aos valores
de Abril tem, liminarmente, sido sempre rejeitado pelos partidos defensores dos
princípios conquistados com o 25 de Abril.
E
na verdade, foi com surpresa que tivemos conhecimento da votação do Partido
Socialista nessa reunião de Câmara, até porque noutras ocasiões se distanciou
de iniciativas deste género. Não era por se tratar do 40º aniversário desta
data, que o 25 de Novembro passava a ser diferente do que foi na realidade.
Perante
tudo isto, o que gostaríamos de perceber é em que medida a autarquia se comprometeu
com a evocação do 25 de Novembro e como explica esta decisão de evocar uma data
que, para “Os
Verdes” não
complementa nada o 25 de Abril, tentou antes ser uma negação dos valores de
Abril.
Cláudia Madeira
Grupo
Municipal de “Os
Verdes”
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