17/05/2016

2ª Intervenção do PEV nas Perguntas à CML, na Assembleia Municipal de Lisboa de 17 de Maio de 2016


Tema: Transferência provisória de trabalhadores para o Edifício Entreposto
Fizemos durante a manhã de hoje uma visita com o Sr. Vereador ao Entreposto dos Olivais, visita que aliás Os Verdes haviam solicitado na semana passada à CML, no sentido de se conhecer as condições que terão os trabalhadores que serão transferidos para esse local.
 
Não obstante o facto de termos realizado hoje esta visita e de terem sido dadas algumas informações e esclarecimentos, Os Verdes entendem que se mantém a pertinência de mesmo assim, colocar algumas questões nesta sessão. Porque uma coisa é visitar e ouvir as explicações, essencialmente técnicas, outra é fazer a discussão política nos locais próprios, além de que ao olhar novamente para as plantas surgiram-nos novas dúvidas.
 
Sobre o processo de venda dos terrenos de Alcântara, é conhecida a posição dos Verdes, que se opuseram a mais um negócio desta natureza. Mas a CML criou esta situação, mesmo sob contestação, e agora tem a obrigação de criar condições para os seus trabalhadores e de assegurar que esta transferência será feita com a sua participação, tentando minimizar eventuais receios ou reservas.
 
E as questões que pretendemos que colocar sobre este assunto são as seguintes:
 
- Por que razão pretende a CML transferir não só os trabalhadores do Complexo de Alcântara mas também os da Boavista e alguns da Cruz das Oliveiras?
 
- Qual é a urgência desta transferência? Que projectos estão previstos, mas que ainda são desconhecidos, para a Boavista e para Monsanto?
- Que garantias pode o Sr. Vereador dar sobre o laboratório de acústica e as suas condições de funcionamento no Entreposto?
 
- Pretendemos também saber se o executivo considera que as instalações do Entreposto oferecem as necessárias condições aos trabalhadores a nível de instalações sanitárias, copas e de postos de trabalho?
 
Daquilo que vimos hoje, o número de instalações sanitárias e a dimensão das copas é insuficiente para o número de trabalhadores previstos, tal como acontece no piso 4 deste edifício onde se juntará, num “open space”, 94 pessoas.
 
E perante isto, é com muita preocupação que Os Verdes encaram esta transferência de trabalhadores, se se mantiverem as condições e a proposta apresentada pela CML.
 
Tema:  Vila Afifense
Nas traseiras da Avenida de Roma, por detrás de um condomínio de luxo, no quarteirão formado pelas ruas dr. Gama Barros, José Pinheiro de Melo, Antero de Figueiredo e Teixeira de Pascoaes, existe um espaço há anos degradado denominado por Vila Afifense. No local continuam a morar pessoas, num ambiente lamentavelmente abandonado, entalado por estacionamentos em zonas expectantes, onde um dos factos mais estranho é a permanência de lixo, apesar da presença, nas traseiras do lado norte, de um posto de limpeza.
 
Há quase 10 anos (2/11/2006) foi entregue um requerimento solicitando à CML informações sobre essas habitações degradadas, para determinar qual o uso esperado para aquela área e que medidas previa a CML tomar para reabilitar aquele espaço, mas nunca se chegou a obter uma qualquer resposta concreta.
 
O território continua a reclamar bom senso e outras condições de dignidade humana. Pelo que as questões muito simples e directas que “Os Verdespretendem saber do executivo são:
 
- existe ou não algum plano que permita encontrar uma solução de reconversão para a Vila Afifense, contemplando o reordenamento urbanístico e com o necessário enquadramento ambiental dos seus espaços adjacentes?
 
- para quando a sua apresentação pública aos residentes da zona e a esta AML?


Cláudia Madeira
Grupo Municipal de “Os Verdes

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