Tendo
tido conhecimento que o Núcleo de Apoio Local de Arroios e a Associação João 13 correm o sério
risco de deixarem de prestar respostas sociais às pessoas sem-abrigo nas
Freguesias de Arroios e de Santo António
até ao final de Maio, o Grupo Municipal do Partido Ecologista Os Verdes
questionou a Câmara Municipal de Lisboa sobre que medidas vai tomar no curto
prazo para as solucionar.
Neste
sentido, o PEV interroga o Município se pondera vir a ceder um espaço
alternativo à Associação João 13 e assegurar a existência de Núcleo de Apoio
Local em Arroios que preste apoio às pessoas em condição de sem-abrigo.
REQUERIMENTO
Desde o final de 2013, o Centro Social e
Paroquial de São Jorge de Arroios gere o Núcleo de Apoio Local de Arroios,
localizado em instalações municipais no Largo de Santa Bárbara, prestando um
inestimável serviço às pessoas sem-abrigo através da disponibilização de
refeições alimentares com dignidade, oferta que era complementada com um
atendimento personalizado prestado por assistentes sociais. Tal resposta social
integrada desta instituição, associando a disponibilização de refeições diárias
e apoio à reinserção social, permitiu retirar da rua 52 pessoas sem-abrigo.
Os Verdes tiveram conhecimento, através
da comunicação social, que devido à ausência de entendimento entre a Câmara
Municipal de Lisboa e o Centro Social e Paroquial de São Jorge de Arroios, o
Núcleo de Apoio Local de Arroios irá encerrar, ficando os sem-abrigo daquela
área geográfica sem respostas sociais alternativas.
Por outro lado, na freguesia de Santo
António há uma outra instituição, a Associação João 13, localizada em
instalações da Junta de Freguesia no Centro Social Laura Alves, que
disponibiliza refeições e proporciona aos utentes a possibilidade de tomarem
banho, lavarem da sua roupa e beneficiarem de tratamento médico.
Também segundo a comunicação social,
esta entidade foi informada pelo Presidente da Junta que terá de abandonar
aquelas instalações no final deste mês por o seu trabalho ser “incomportável” e
não haver capacidade para receber com dignidade as cerca de cem pessoas que lá
se dirigem para jantar. Desta forma, Associação João 13 não irá poder
prosseguir o seu valioso trabalho por não possuir um outro espaço alternativo.
Ora, considerando que foi aprovado o Programa
Municipal para a Pessoa Sem-Abrigo visando criar condições de resposta
condignas para todas as pessoas em situação de sem abrigo que permitam a não
existência de pessoas em rua e facilitar a sua integração social e laboral.
Considerando que a Câmara Municipal de Lisboa
assumiu como uma das suas prioridades promover a integração das pessoas sem-abrigo,
criando e redimensionando respostas que assegurem mais qualidade de vida.
Assim, ao abrigo da al. j) do artº. 15º
do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, vimos por este meio requerer a
V. Exª se digne diligenciar no sentido de nos ser facultada a seguinte
informação:
1 - Qual é efectivamente a posição da
Câmara Municipal de Lisboa relativamente a estas duas situações descritas que
poderão implicar a diminuição de respostas sociais para as pessoas sem-abrigo
na cidade de Lisboa?
2
- Qual a razão para a ausência de entendimento entre a Câmara Municipal
de Lisboa e o Centro Social e Paroquial de São Jorge de Arroios?
3
- Considera o executivo camarário que não deve haver um Núcleo de Apoio
Local em Arroios?
4
- Pondera a CML vir a ceder um espaço alternativo à Associação João 13?
5
- Como está a decorrer a implementação do Programa Municipal para a
Pessoa Sem-Abrigo na cidade de Lisboa?
Gabinete
de Imprensa do Grupo Municipal de Lisboa de Os Verdes.
Lisboa,
10 de Maio de 2016
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