Uma rede de
transportes públicos colectivos eficaz é fundamental e estruturante para o
desenvolvimento e para garantir a mobilidade dos cidadãos, representando
benefícios para o ambiente através da redução da emissão de gases com efeito de
estufa.
A resolução dos
problemas de transportes públicos e mobilidade sustentável no Município de
Lisboa passa pela melhoria do sistema de transportes à escala da Área
Metropolitana de Lisboa.
Diariamente
entram na cidade de Lisboa cerca de 360 mil automóveis provenientes de
Municípios vizinhos e para reduzir os congestionamentos na cidade é necessário
reduzir os fluxos do transporte individual, o que só se consegue com um
programa de investimentos promovido pela Administração Central que permita
modernizar as Linhas de Cascais e do Oeste, aumentar a frequência e
regularidade dos comboios nas Linhas de Sintra, Azambuja e do Sado, concretizar
melhorias efectivas no Metropolitano de Lisboa, como a conclusão das obras no
átrio norte da estação de Areeiro e a implementação de um plano de
acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida em todas as estações da
rede de metropolitano, nomeadamente na estação Baixa-Chiado, a criação de um
modelo de financiamento público do sistema de transportes na Área Metropolitana
de Lisboa, o alargamento e expansão do sistema de coroas dos passes intermodais
e a criação de parques de estacionamento periféricos que tenham tarifários
integrados com a CP, Metropolitano, Carris e Transtejo.
Em suma, implica
mais e melhor oferta de serviços públicos de transportes colectivos na Área
Metropolitana de Lisboa que garanta o acesso, comodidade e uma mobilidade
sustentável aos quase três milhões de pessoas residentes.
Por outro lado, a
simples transferência da Carris, que serve 6 Municípios, para a esfera da CML,
ocorrida em Fevereiro de 2017, não veio nem irá resolver os problemas de fundo
sentidos pelos utentes. É necessário definir uma estratégia para melhorar os
serviços da Carris, bem como elaborar um Plano de Investimentos a longo prazo.
Deve ser uma
aposta da Carris, a ampliação da rede de eléctricos como instrumento de
mobilidade complementar e articulado com os restantes modos de transporte
públicos, permitindo reduzir a poluição atmosférica e aumentar o número de
passageiros transportados.
A expansão e
alargamento da rede de metropolitano deve ser efectuada, prioritariamente, para
a área ocidental de Lisboa que, actualmente, não é servida por este modo de
transporte.
Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa
delibera, na sequência da presente proposta dos eleitos do Partido Ecologista “Os Verdes”, recomendar à Câmara Municipal de
Lisboa que:
1 - Defenda um
modelo de financiamento público do sistema de transportes na Área Metropolitana
de Lisboa.
2 - Pugne pelo
alargamento e expansão do sistema de tarifário intermodal na Área Metropolitana
de Lisboa que abranja todos os operadores de transporte, incluindo os
concessionados e/ou contratualizados.
3 - Reivindique
um programa de investimentos a longo prazo a promover pelo Governo na rede de
transportes públicos colectivos da Área Metropolitana de Lisboa.
Assembleia Municipal de Lisboa, 5 de Setembro de 2017
O Grupo
Municipal de “Os Verdes”
Cláudia Madeira J.
L. Sobreda Antunes