16/05/2013

«Os Verdes» questionam a CML em relação aos esgotos não tratados da Lx Factory que desaguam em pleno rio Tejo, em Alcântara


O Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”, através da deputada municipal Cláudia Madeira, entregou na Assembleia Municipal de Lisboa um requerimento em que questiona a autarquia em relação aos esgotos não tratados da Lx Factory que desaguam em pleno rio Tejo, em Alcântara.

Este recinto industrial, propriedade do grupo Mainside, tem cerca de 150 empresas de diversos ramos de actividade, entre restaurantes, agências de publicidade, ateliers de moda, editoras, galerias de arte e discotecas, em que o seu colector pluvial e de águas residuais é um afluente do caneiro de Alcântara.

Por outro lado, a Simtejo concluiu, em 2011, os trabalhos que permitiram o encaminhamento de esgotos da zona ribeirinha, abrangendo cerca de 100 mil pessoas, para a ETAR de Alcântara.

Assim, através deste requerimento, “Os Verdes” pretendem saber a razão de o colector pluvial e de águas residuais da Lx Factory não ter sido ligado ao colector construído pela Simtejo que encaminha os esgotos da zona ribeirinha para tratamento na ETAR de Alcântara e quais as diligências efectuadas pela autarquia para resolver esta situação.

REQUERIMENTO

As águas residuais da Lx Factory não são objecto de qualquer tratamento e vão desaguar em pleno rio Tejo, junto à Doca de Santo Amaro, em Alcântara.

Este recinto industrial, propriedade do grupo Mainside, tem cerca de 150 empresas de diversos ramos de actividade, entre restaurantes, agências de publicidade, ateliers de moda, editoras, galerias de arte e discotecas, em que o seu colector pluvial e de águas residuais é um afluente do caneiro de Alcântara.

O caneiro de Alcântara é o principal colector pluvial e de águas residuais da cidade de Lisboa, estendendo-se desde a Damaia até Santo Amaro, onde desagua no rio Tejo, sendo que a Simtejo, empresa responsável pelo saneamento e tratamento de águas residuais dos rios Tejo e Trancão, possui uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR), a montante do troço final do Caneiro de Alcântara, na Avenida de Ceuta.

Considerando que a ETAR de Alcântara foi re-inaugurada pela Simtejo, em 2011, para permitir efectuar tratamento secundário aos esgotos de cerca 800 mil habitantes da região;

Considerando que a Simtejo concluiu, em 2011, os trabalhos que permitiram o encaminhamento de esgotos da zona ribeirinha, abrangendo cerca de 100 mil pessoas, para a ETAR de Alcântara;

Considerando que nos processos de licenciamento de obras e actividades devem existir projectos de especialidade relativa às redes prediais ou aos ramais de ligação pública de saneamento.

Assim, ao abrigo da al. j) do artº. 12º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, venho por este meio requerer a V. Exª se digne diligenciar no sentido de me ser facultada a seguinte informação:

1.      Qual a razão de o colector pluvial e de águas residuais da Lx Factory não ter sido ligado ao colector construído pela Simtejo que encaminha os esgotos da zona ribeirinha para tratamento na ETAR de Alcântara?
2.      Quais as diligências efectuadas pela autarquia para resolver esta situação?

O Gabinete de Imprensa do Grupo Municipal de “Os Verdes” em Lisboa.
Lisboa, 16 de Maio de 2013

2 comentários:

OLima disse...

Pela subst^ância e pertinência do tema, vai merecer a devida referência no Ondas3 (http://onda7.blogspot.pt/)

OLima disse...

Ora aqui está a referência, como prometido http://onda7.blogspot.pt/2013/05/lx-factory-continua-despejar-efluentes.html