04/04/2008

Uma decisão viciada

Segundo anunciou o Governo na 5ª fª, a terceira travessia do Tejo será construída no eixo Chelas-Barreiro e prevê-se que comporte as componentes rodoviária e ferroviária. A decisão tem por base o estudo comparativo entre as duas alternativas para a terceira travessia do Tejo - Beato-Montijo e Chelas-Barreiro, elaborado pelo LNEC a pedido do ministro das Obras Públicas.
Para a deputada do Partido Ecologista “Os Verdes”, Heloísa Apolónia, o Governo anuncia uma nova travessia do Tejo sem realizar estudos prévios de impacte ambiental, considerando que se trata de uma “decisão viciada”. “O Governo anunciou a localização sem o devido estudo de impacte ambiental. É uma decisão viciada”, afirmou Heloísa Apolónia, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
A deputada considerou que o Governo “subverteu todos os valores ambientais” e alertou ainda para “o desconhecimento total dos reais efeitos em termos de trânsito que vão resultar da terceira travessia”.
A ponte, que terá uma extensão de 13 quilómetros, sete dos quais sobre o rio Tejo, permitirá assegurar a ligação em alta velocidade Lisboa-Madrid, o que deverá ter início em 2013. Inicialmente avaliada em 1.700 milhões de euros, a terceira travessia do Tejo terá duas vias para a alta velocidade, duas para a rede convencional e duas vias laterais com três faixas cada uma para o tráfego rodoviário.

Ver Lusa doc. nº 8180145, 03/04/2008 - 17:02

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