18/01/2013

“Os Verdes” querem esclarecimentos da Câmara Municipal de Lisboa sobre o estado de degradação e abandono do Teatro Vasco Santana


O Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”, através da deputada municipal Cláudia Madeira, entregou na Assembleia Municipal de Lisboa, um requerimento em que questiona a autarquia sobre o estado de degradação e abandono do Teatro Vasco Santana. 
   
No antigo recinto do Mercado Geral de Gados, em Entrecampos, foi inaugurada, em 1961, a Feira Popular de Lisboa, bem como um amplo e moderno cinema, mesmo junto à Feira Popular, que só esteve uma década aberto.

Em 1972, o cinema converteu-se no Teatro Vasco Santana e por lá passaram alguns dos nomes mais importantes do teatro e televisão nacionais. Com as obras de ampliação e modernização que sofreu posteriormente, foram criados novos espaços que fizeram nascer o Auditório Ana Bola. Houve mesmo uma vã hipótese, em 2006, de reabilitar o Teatro Vasco Santana, mas este acabou por ser parcialmente demolido.

Assim, através deste requerimento, “Os Verdes” pretendem saber quem é o proprietário do imóvel referente ao Teatro Vasco Santana; as razões que levaram ao abandono e demolição parcial daquele Teatro; se a Câmara Municipal de Lisboa autorizou a demolição parcial ou total deste imóvel; quais as diligências levadas a cabo pela autarquia para proceder à reabilitação e recuperação deste equipamento cultural da cidade de Lisboa, bem como para quando prevê a autarquia encetar a sua reabilitação e recuperação e se a autarquia considera ser esta a melhor forma de homenagear e preservar a memória de um dos maiores actores portugueses. 

REQUERIMENTO

No antigo recinto do Mercado Geral de Gados, em Entrecampos, foi inaugurada, em 1961, a Feira Popular de Lisboa, bem como um amplo e moderno cinema, mesmo junto à Feira Popular, que só esteve uma década aberto.

Em 1972, o cinema converteu-se no Teatro Vasco Santana e por lá passaram alguns dos nomes mais importantes do teatro e televisão nacionais. Com as obras de ampliação e modernização que sofreu posteriormente, foram criados novos espaços que fizeram nascer o Auditório Ana Bola. Houve mesmo uma vã hipótese, em 2006, de reabilitar o Teatro Vasco Santana, mas este acabou por ser parcialmente demolido.

Considerando que Vasco Santana foi um dos maiores actores portugueses de sempre, que atravessou gerações e chegou aos nossos dias como alguém cujo trabalho apreciamos e nos faz rir, e que teve um dia a honra de ter um Teatro com o seu nome, como forma de prestar a melhor e mais justa homenagem a este artista;

Considerando que para continuar a honrar a memória deste actor e respeitar o seu legado de vida a fazer rir, emocionar e comover espectadores, seria desejável e necessário manter o “seu” teatro de pé e aberto ao público;

Considerando que a actual situação do Teatro Vasco Santana é de avançado estado de degradação e de profundo abandono, não dignificando a cultura, nem a cidade de Lisboa;
Assim, e ao abrigo da al. j) do artº. 12º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, venho por este meio requerer a V. Exª se digne diligenciar no sentido de me ser facultada a seguinte informação:

1 – Quem é o proprietário do imóvel referente ao Teatro Vasco Santana?

2 – Quais as razões que levaram ao abandono e demolição parcial do Teatro Vasco Santana?

3 – A Câmara Municipal de Lisboa autorizou a demolição parcial ou total deste imóvel?

4 – Quais as diligências levadas a cabo pela autarquia para proceder à reabilitação e recuperação deste equipamento cultural da cidade de Lisboa?

5 – Para quando prevê a autarquia encetar a reabilitação e recuperação deste equipamento cultural?

6 – Considera a autarquia que esta é a melhor forma de homenagear e preservar a memória de um dos maiores actores portugueses?

O Gabinete de Imprensa do Grupo Municipal de “Os Verdes” em Lisboa.
Lisboa, 17 de Janeiro de 2013

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