Assembleia
Municipal de Lisboa a 13 de Janeiro de 2015
Começamos por saudar a petição nº 9/2014, que
agora apreciamos, sobre o excesso de ruído nocturno nos bairros históricos e os
seus peticionários.
A revitalização e dinamização das actividades
económicas nos bairros existentes na cidade de Lisboa são fundamentais,
contudo, terão que ser sempre salvaguardados os legítimos direitos dos
moradores, quanto ao seu sossego e comodidade.
A verdade é que nem sempre é fácil, e esta
petição é exemplo disso mesmo porque existem vários locais onde o ruído vai
para além do aceitável, há problemas com a falta de higiene e consumo de álcool
sem controlo.
De referir que, além desta petição, tem havido,
ao longo dos últimos tempos, queixas, alertas, abaixo assinados, e não tem sido
fácil resolver este problemas.
Concordamos, portanto, que é necessário
estarmos atentos a estes fenómenos, tentando controlá-los e evitar que se
propaguem, e que deve haver uma maior regulamentação e fiscalização dos
estabelecimentos, a que se junta também a questão da falta de higiene, o que é
uma preocupação crescente naqueles bairros.
É, por isso, necessário trabalhar em soluções
urgentes e sustentadas de compatibilização destes estabelecimentos em zonas
residenciais, para que a população residente nestes bairros tenha direito a um
ambiente urbano sadio e com qualidade de vida. Sabemos que esta
compatibilização não é fácil mas deve haver um esforço de todos nesse sentido.
Relembro que, já em Junho de 2012, «Os
Verdes» apresentaram aqui nesta Assembleia uma recomendação sobre este problema
e que ia precisamente neste sentido.
Se, por um lado, é importante, que os bairros
históricos façam parte dos destinos da animação nocturna, por outro, o direito
ao descanso dos moradores não pode ser posto em causa.
Assim, «Os Verdes» partilham naturalmente das
preocupações manifestadas pelos moradores e consideram que deve continuar a ser
feito um grande e sério esforço no sentido resolver estas situações que são
insustentáveis.
Para isso, a Câmara e a Assembleia Municipal
deverão continuar a estar atentas a estes fenómenos, a reflectir e a
acompanhá-los, em conjunto com os moradores e os presidentes das Juntas de
Freguesia afectadas, assim como devem ser promovidas campanhas de
sensibilização.
Cláudia Madeira
Grupo
Municipal de “Os
Verdes”
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