15/03/2016

Intervenção sobre a Petição nº1/2016 – Remoção de amianto de Benfica, proferida em 15 de Março de 2016


 
Em primeiro lugar, Os Verdesquerem saudar a iniciativa dos peticionários que, através da petição que agora apreciamos, trouxeram a esta Assembleia um assunto da maior importância, por se tratar de um problema grave para a saúde pública.
O que os subscritores desta petição pretendem, e no entendimento do PEV com toda a razão, é que o problema do amianto num pavilhão em Benfica seja resolvido.
Este assunto não é novo, tem-se vindo a arrastar e até hoje o problema mantém-se, com todos os riscos e insegurança que representa para a saúde pública.
Para Os Verdeseste é um assunto para resolver com a máxima urgência, de forma séria e responsável. Tratar o problema do amianto, além de ser uma exigência legal, é um dever moral, e ninguém devia ter que estar sujeito a situações de risco e de inquietação, temendo eventuais doenças decorrentes da exposição a esta substância.
Estas são, aliás, preocupações que sempre tivemos e que estiveram na base de inúmeras propostas que apresentámos, tanto a nível municipal como a nível nacional, na Assembleia da República. Propostas do PEV que deram depois origem à legislação que temos hoje e que é urgente que seja efectivamente cumprida, para evitar situações como a retratada nesta petição.
Há ainda uma situação em todo este processo que é completamente inadmissível e preocupante que é o facto de, alegadamente, o barracão que representava mais preocupação por parte dos moradores e sobre o qual houve uma notificação da autarquia à entidade proprietária no sentido da remoção do amianto, este apenas ter sido intervencionado, sendo que os peticionários se continuam a queixar do mau estado da cobertura, e estamos a falar de uma estrutura de grandes dimensões, muito antiga e situada numa zona residencial.
Independentemente de quem é a entidade responsável, que neste caso é uma instituição bancária, e de todo o processo burocrático, é preciso resolver esta situação, e permitir às pessoas que possam estar no seu dia-a-dia tranquilos e livres de perigo. Porque nestes casos deve prevalecer o princípio da prevenção, e essa tem sido a batalha do PEV ao longo dos anos: promover o princípio da precaução e acautelar todas as questões relacionadas com a segurança e a saúde, neste caso específico, dos moradores e dos trabalhadores.
Num caso destes não pode haver hesitações, atrasos nos processos e falhas na comunicação. O que tem de ser feito é, com base no princípio da precaução, demolir a estrutura ou remover a cobertura com amianto, se tal for aconselhado, dentro das normas de segurança exigidas. E, acima de tudo, prestar informações aos cidadãos que são diariamente afectados por esta situação.
Consideramos positivo que a própria Câmara Municipal de Lisboa reconheça a pertinência desta petição e que esteja disponível para ajudar na resolução deste problema, que esperamos esteja para breve.
Sobre as recomendações resultantes da apreciação desta petição e do respectivo parecer, Os Verdes estão de acordo e votarão naturalmente nesse sentido.
Por fim, reiteramos a nossa saudação aos peticionários que além de alertarem para esta situação, com o objectivo de resolver de vez esta situação, alertaram também para determinados procedimentos pouco claros em todo este processo, situações que carecem de resolução urgente.
 

Cláudia Madeira

Grupo Municipal de “Os Verdes

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