Os plásticos tradicionais demoram séculos a decompor-se, e representam ameaças em termos de contaminação dos solos. Para contrariar este cenário, e ao mesmo tempo aproveitar um recurso habitualmente desvalorizado - as penas das aves - um grupo de cientistas da Escola Superior de Tecnologias de Viseu (ESTV) desenvolveu um projecto inovador para produção de bioplásticos.
Depois de uma fase laboratorial, o projecto deverá conhecer nos próximos dias o primeiro teste industrial. Anualmente, a indústria avícola nacional produz 20 mil toneladas de penas, um subproduto que representa custos adicionais para os produtores de aves. Assim, através do recurso a tecnologias convencionais da indústria dos plásticos, o objectivo é criar “uma alternativa nobre para a utilização destes resíduos avícolas”, e ao mesmo tempo reduzir a poluição causada pelos plásticos de origem petroquímica.
Os investigadores desenvolveram em laboratório um processo que mistura penas de aves (utilizando as queratinas das penas, que são compostas por 91% desta proteína) com glicerol (subproduto da indústria do biodiesel) e “um cocktail de agentes químicos para formar uma pasta de penas que pode ser utilizada para sintetizar bioplásticos por termoprensagem”.
Em resultado, surge um produto semi-transparente, homogéneo, estável até 200ºC, biodegradável, e com propriedades mecânicas similares às do polietileno (plástico produzido com derivados do petróleo). “Com o estado actual de desenvolvimento da tecnologia, os bioplásticos produzidos podem ser utilizados para preparar filmes e vasos para a agricultura”.
A aplicação do bioplástico em vasos biodegradáveis, que são enterrados com as árvores no momento da plantação, pode substituir os sacos descartáveis e fornecer, através do seu processo de biodegradação, os nutrientes necessários ao desenvolvimento da planta, evitando a utilização de adubos químicos. Quanto à utilização dos bioplásticos na produção de embalagens de alimentos e sacos descartáveis, o investigador diz ainda ser necessária mais investigação.
O projecto de ‘Conversão de Penas de Aves em Bioplásticos’ é financiado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, através do programa “iCentro”, com um investimento total de mais de 50 mil euros. Desta quantia, 80% foi comparticipado pelo iCentro/FEDER, e 20 por cento pela ESTV.
Os investigadores desenvolveram em laboratório um processo que mistura penas de aves (utilizando as queratinas das penas, que são compostas por 91% desta proteína) com glicerol (subproduto da indústria do biodiesel) e “um cocktail de agentes químicos para formar uma pasta de penas que pode ser utilizada para sintetizar bioplásticos por termoprensagem”.
Em resultado, surge um produto semi-transparente, homogéneo, estável até 200ºC, biodegradável, e com propriedades mecânicas similares às do polietileno (plástico produzido com derivados do petróleo). “Com o estado actual de desenvolvimento da tecnologia, os bioplásticos produzidos podem ser utilizados para preparar filmes e vasos para a agricultura”.
A aplicação do bioplástico em vasos biodegradáveis, que são enterrados com as árvores no momento da plantação, pode substituir os sacos descartáveis e fornecer, através do seu processo de biodegradação, os nutrientes necessários ao desenvolvimento da planta, evitando a utilização de adubos químicos. Quanto à utilização dos bioplásticos na produção de embalagens de alimentos e sacos descartáveis, o investigador diz ainda ser necessária mais investigação.
O projecto de ‘Conversão de Penas de Aves em Bioplásticos’ é financiado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, através do programa “iCentro”, com um investimento total de mais de 50 mil euros. Desta quantia, 80% foi comparticipado pelo iCentro/FEDER, e 20 por cento pela ESTV.
Sem comentários:
Enviar um comentário