Companheiros e Amigos,
Quero desde já, e em nome do Partido Ecologista «Os Verdes» dirigir uma saudação especial ao Partido Comunista Português, à Intervenção Democrática, a todos os homens e mulheres activistas da CDU, e a todos os independentes que fazem deste projecto, um projecto único e verdadeiro.
Celebramos os 40 anos do 25 de Abril. Não só hoje, todos os dias devemos falar, escutar e exigir Abril. Eu já nasci em Liberdade, e por isso, muito devo aos Capitães de Abril e aos homens e mulheres que lutaram por um país livre, capaz de promover a paz e a justiça social, e que aqui saúdo em meu nome e em nome do Partido Ecologista “Os Verdes”.
Capitães de Abril que, com uma determinação singular e de forma absolutamente elevada, foram capazes de dar corpo ao sentir de um povo inteiro, e de tantos homens e mulheres resistentes, inconformados e corajosos que, partilhando causas e valores que consideravam justos, lutaram durante anos por esse dia de sol e de esperança, de chuva de cravos e de sonhos, por esse dia de Liberdade, de Democracia e de Paz.
Hoje e sempre devemos reafirmar as conquistas de Abril. As Portas que Abril abriu, que foram simbolizadas pela conquista de direitos sociais, culturais, laborais, políticos e económicos, têm percorrido um longo caminho, de vitórias e derrotas, com repercussões sérias nas nossas vidas. O Poder Local Democrático, também ele uma conquista de Abril, apesar dos sucessivos ataques que tem sofrido, representa ainda um factor de desenvolvimento e um instrumento fundamental que contribui para a melhoria da qualidade de vida das populações.
Porque Abril é o dia de que é preciso falar, todos os meses, todos os dias, mas hoje mais do que nunca.
O direito à Saúde, à Segurança Social, à Educação, à liberdade de expressão, à greve, ao emprego com direitos, são algumas das conquistas de Abril, na construção de uma sociedade livre, equitativa, democrática e desenvolvida, e consagradas na Constituição da República Portuguesa. O combate ao analfabetismo e os progressos na construção de uma escola pública, gratuita, inclusiva, de qualidade e democrática, a base elementar da democracia e o garante do direito à educação para todos. O mesmo para o desporto e cultura.
Hoje, mais do que nunca devemos exigir Abril de novo. Hoje assistimos ao mais completo e perigoso ataque aos direitos conquistados com o 25 de Abril. Direitos conquistados e consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Hoje assistimos a uma clara desforra ao 25 de Abril.
Hoje, a política de austeridade do PSD/CDS com o apoio do PS, cega por um défice e por um pagamento de dívida impossível e insustentável, rouba direitos, reduz o Estado Social, o Serviço Nacional de Saúde, saqueia a Escola Pública, despoja o futuro de todos nós.
PSD/CDS e PS que ao longo dos últimos 38 anos, têm fomentado políticas apenas comprometidas com o grande capital e submissas aos grandes grupos económicos, e que em completa submissão aos mandamentos desta União Europeia, destruíram a nossa agricultura, abateram os nossos barcos de pesca, destruíram a nossa economia e deixaram o nosso país à mercê de uma troika estrangeira a quem esta troika nacional tudo faz para agradar. Agora vem o cínico apelo de nos virar-nos para a agricultura e para o mar estratégico à nossa espera, mas aquando da nossa entrada na UE, foi-nos exigido o abate de oliveiras e de barcos de pesca.
O acerto de contas com o 25 de Abril, e com os direitos que Abril conquistou está à nossa vista, mas também nas nossas mãos contrariar e reverter.
O número de desempregados atinge valores nunca vistos, e metade destas pessoas não tem acesso a qualquer apoio social.
Aliado ao brutal aumento de impostos, corta-se nos salários, nas pensões, e nas prestações sociais.
A justiça é só para alguns, e a saúde e os medicamentos passaram a ser um luxo acessível apenas a quem os pode pagar.
O investimento na escola pública é cada vez mais residual, e no ensino privado cresce de ano para ano, levando a um ensino elitista e de classe.
Os jovens licenciados, geração com formação de excelência, são empurrados para uma emigração forçada.
As empresas do estado que são financeiramente sustentáveis e que dão lucro, são vendidas ao privado através de negócios extremamente lesivos para o Estado, transformando os cidadãos com direitos em clientes com necessidades que se satisfazem no mercado.
A falta de investimento do Estado na protecção da nossa orla costeira, levou à destruição ao longo do nosso litoral, de várias estruturas de apoio à pesca e praias.
Com a anunciada privatização do sector dos resíduos sólidos urbanos, prevê-se que a privatização do direito humano fundamental, a Água, não esteja muito longe.
A extinção de freguesias, que mais não foi que um ajuste e retirada de autonomia do Poder Local Democrático e de Abril.
O aumento do fosso entre os mais ricos e os mais pobres é indicativo da política ao serviço dos grandes grupos económicos, e companheiros e amigos, os números não enganam, os milionários, apenas num ano, aumentaram as suas fortunas em 17%, por outro lado e como consequência do desemprego, dos salários baixos, da carga fiscal e dos cortes nas pensões, dois milhões e meio de portugueses estão em risco de pobreza.
Companheiros e Amigos,
Muitos mais exemplos do que tem sido este ajuste de contas com o 25 de Abril, poderia enumerar. Mas hoje estamos aqui para celebrar Abril, com convicção, com vontade de luta, com vontade de conquistar a necessária mudança de política, a mudança que coloque o nosso país a produzir, para nos podermos desamarrar desta dívida imposta à força e sem que a tivéssemos pedido.
Com Abril, ganhámos o direito a sonhar com um futuro melhor. A sonhar e exigir um país livre, com justiça social, pautado por um desenvolvimento sustentável e de preservação dos recursos naturais.
Com Abril, ganhámos o direito a dizer basta. Chega de austeridade imposta, basta de empobrecimento, basta deste colonialismo financeiro, basta de servilismo aos mercados e ao sistema financeiro.
No próximo dia 25 de Maio, terão lugar as eleições para o Parlamento Europeu. Votar na Coligação Democrática Unitária é votar em deputados comprometidos apenas e só com os interesses do povo português e do país. É votar na defesa dos direitos de Abril e do Povo. É acima de tudo penalizar PSD, CDS e PS pela actual situação em que o país se encontra.
Companheiros e amigos,
A melhor forma de comemorar os 40 anos de Abril é trazer de volta à sociedade portuguesa os valores de Abril. Lutar contra estas políticas da Troika e do Governo é fazer renascer os valores de Abril e a esperança de uma sociedade mais justa.
Viva o 25 de Abril!
Viva a CDU!
Quero desde já, e em nome do Partido Ecologista «Os Verdes» dirigir uma saudação especial ao Partido Comunista Português, à Intervenção Democrática, a todos os homens e mulheres activistas da CDU, e a todos os independentes que fazem deste projecto, um projecto único e verdadeiro.
Celebramos os 40 anos do 25 de Abril. Não só hoje, todos os dias devemos falar, escutar e exigir Abril. Eu já nasci em Liberdade, e por isso, muito devo aos Capitães de Abril e aos homens e mulheres que lutaram por um país livre, capaz de promover a paz e a justiça social, e que aqui saúdo em meu nome e em nome do Partido Ecologista “Os Verdes”.
Capitães de Abril que, com uma determinação singular e de forma absolutamente elevada, foram capazes de dar corpo ao sentir de um povo inteiro, e de tantos homens e mulheres resistentes, inconformados e corajosos que, partilhando causas e valores que consideravam justos, lutaram durante anos por esse dia de sol e de esperança, de chuva de cravos e de sonhos, por esse dia de Liberdade, de Democracia e de Paz.
Hoje e sempre devemos reafirmar as conquistas de Abril. As Portas que Abril abriu, que foram simbolizadas pela conquista de direitos sociais, culturais, laborais, políticos e económicos, têm percorrido um longo caminho, de vitórias e derrotas, com repercussões sérias nas nossas vidas. O Poder Local Democrático, também ele uma conquista de Abril, apesar dos sucessivos ataques que tem sofrido, representa ainda um factor de desenvolvimento e um instrumento fundamental que contribui para a melhoria da qualidade de vida das populações.
Porque Abril é o dia de que é preciso falar, todos os meses, todos os dias, mas hoje mais do que nunca.
O direito à Saúde, à Segurança Social, à Educação, à liberdade de expressão, à greve, ao emprego com direitos, são algumas das conquistas de Abril, na construção de uma sociedade livre, equitativa, democrática e desenvolvida, e consagradas na Constituição da República Portuguesa. O combate ao analfabetismo e os progressos na construção de uma escola pública, gratuita, inclusiva, de qualidade e democrática, a base elementar da democracia e o garante do direito à educação para todos. O mesmo para o desporto e cultura.
Hoje, mais do que nunca devemos exigir Abril de novo. Hoje assistimos ao mais completo e perigoso ataque aos direitos conquistados com o 25 de Abril. Direitos conquistados e consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Hoje assistimos a uma clara desforra ao 25 de Abril.
Hoje, a política de austeridade do PSD/CDS com o apoio do PS, cega por um défice e por um pagamento de dívida impossível e insustentável, rouba direitos, reduz o Estado Social, o Serviço Nacional de Saúde, saqueia a Escola Pública, despoja o futuro de todos nós.
PSD/CDS e PS que ao longo dos últimos 38 anos, têm fomentado políticas apenas comprometidas com o grande capital e submissas aos grandes grupos económicos, e que em completa submissão aos mandamentos desta União Europeia, destruíram a nossa agricultura, abateram os nossos barcos de pesca, destruíram a nossa economia e deixaram o nosso país à mercê de uma troika estrangeira a quem esta troika nacional tudo faz para agradar. Agora vem o cínico apelo de nos virar-nos para a agricultura e para o mar estratégico à nossa espera, mas aquando da nossa entrada na UE, foi-nos exigido o abate de oliveiras e de barcos de pesca.
O acerto de contas com o 25 de Abril, e com os direitos que Abril conquistou está à nossa vista, mas também nas nossas mãos contrariar e reverter.
O número de desempregados atinge valores nunca vistos, e metade destas pessoas não tem acesso a qualquer apoio social.
Aliado ao brutal aumento de impostos, corta-se nos salários, nas pensões, e nas prestações sociais.
A justiça é só para alguns, e a saúde e os medicamentos passaram a ser um luxo acessível apenas a quem os pode pagar.
O investimento na escola pública é cada vez mais residual, e no ensino privado cresce de ano para ano, levando a um ensino elitista e de classe.
Os jovens licenciados, geração com formação de excelência, são empurrados para uma emigração forçada.
As empresas do estado que são financeiramente sustentáveis e que dão lucro, são vendidas ao privado através de negócios extremamente lesivos para o Estado, transformando os cidadãos com direitos em clientes com necessidades que se satisfazem no mercado.
A falta de investimento do Estado na protecção da nossa orla costeira, levou à destruição ao longo do nosso litoral, de várias estruturas de apoio à pesca e praias.
Com a anunciada privatização do sector dos resíduos sólidos urbanos, prevê-se que a privatização do direito humano fundamental, a Água, não esteja muito longe.
A extinção de freguesias, que mais não foi que um ajuste e retirada de autonomia do Poder Local Democrático e de Abril.
O aumento do fosso entre os mais ricos e os mais pobres é indicativo da política ao serviço dos grandes grupos económicos, e companheiros e amigos, os números não enganam, os milionários, apenas num ano, aumentaram as suas fortunas em 17%, por outro lado e como consequência do desemprego, dos salários baixos, da carga fiscal e dos cortes nas pensões, dois milhões e meio de portugueses estão em risco de pobreza.
Companheiros e Amigos,
Muitos mais exemplos do que tem sido este ajuste de contas com o 25 de Abril, poderia enumerar. Mas hoje estamos aqui para celebrar Abril, com convicção, com vontade de luta, com vontade de conquistar a necessária mudança de política, a mudança que coloque o nosso país a produzir, para nos podermos desamarrar desta dívida imposta à força e sem que a tivéssemos pedido.
Com Abril, ganhámos o direito a sonhar com um futuro melhor. A sonhar e exigir um país livre, com justiça social, pautado por um desenvolvimento sustentável e de preservação dos recursos naturais.
Com Abril, ganhámos o direito a dizer basta. Chega de austeridade imposta, basta de empobrecimento, basta deste colonialismo financeiro, basta de servilismo aos mercados e ao sistema financeiro.
No próximo dia 25 de Maio, terão lugar as eleições para o Parlamento Europeu. Votar na Coligação Democrática Unitária é votar em deputados comprometidos apenas e só com os interesses do povo português e do país. É votar na defesa dos direitos de Abril e do Povo. É acima de tudo penalizar PSD, CDS e PS pela actual situação em que o país se encontra.
Companheiros e amigos,
A melhor forma de comemorar os 40 anos de Abril é trazer de volta à sociedade portuguesa os valores de Abril. Lutar contra estas políticas da Troika e do Governo é fazer renascer os valores de Abril e a esperança de uma sociedade mais justa.
Viva o 25 de Abril!
Viva a CDU!
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