30/06/2007

Como fugir às filas de trânsito?


E se houvesse um transporte que lhe permitisse deslocar-se para o trabalho, evitando as filas de trânsito, e passear pelas ruas das grandes cidades, incluindo as zonas onde os automóveis estão proibidos, sem se cansar nem poluir o ambiente? Este transporte já existe e, se nunca experimentou, pelo menos já se cruzou com ele.
O “segway” é um meio de transporte inovador que começa a tornar-se moda. Em Portugal é sobretudo utilizado pelos vigilantes de centros comerciais e grandes superfícies. Mas noutros países já é utilizado como transporte de rua e uma boa forma de escapar ao trânsito das grandes cidades.
Em algumas cidades há quem utilize o “segway” para fazer passeios, pois “é uma forma muito interessante de passear por uma cidade onde o desnível é muito acentuado sem se cansar”. Com uma autonomia para cerca de 30 quilómetros, o “segway” aguenta um peso de mais de 100 quilos e sobe facilmente algumas das ruas mais inclinadas da cidade. (ver Metro de 2007-06-25, p. 7)

Ligações de Ruben a Lisboa

As ligações pessoais e familiares à cidade do candidato da CDU à presidência da Câmara de Lisboa são muitas e interessantes e podem ser lidas na imprensa de hoje.

29/06/2007

Tempo de antena de "Os Verdes"

Dia 26 de Junho de 2007, foi exibido na RTP1, o direito de antena de "Os Verdes". Poderá vê-lo agora no site de "Os Verdes".

Eleições e cidadania

O Fórum Cidadania Lx apresentou um conjunto de propostas para apresentar aos candidatos à CML. São ideias e propostas que levadas à prática trarão melhor qualidade de vida a quem vive, visita e trabalha em Lisboa, disso não temos dúvidas, afirmam os seus autores. E são sem dúvida interessantes de conhecer, achamos nós.

28/06/2007

Intervenção de Francisco Madeira Lopes no debate sobre a Fundação D.Pedro IV

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Quando, em Outubro de 2006, a Associação Tempo de Mudar para o Desenvolvimento do Bairro dos Lóios solicitou uma reunião a Os Verdes estávamos bem longe de imaginar a dimensão das irregularidades da Fundação D. Pedro IV.
Através dessa Associação, ficámos a conhecer os abissais aumentos nas rendas, nalguns casos até aos 4000%, que a Fundação pretendia impor aos arrendatários e que, recentemente, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa veio suspender, dando assim razão aos moradores. E também ficámos a saber das intimidações, com ameaças de despejo, que a Fundação terá exercido para que os arrendatários aceitassem esses aumentos, e da intenção da Fundação de impor contratos de arrendamento limitados a períodos de cinco anos, situação absolutamente estranha na habitação social.
Já em Março deste ano, recebemos em audiência a comissão instaladora da Associação de Pais e Encarregados de Educação D. Pedro IV que, por sua vez, nos revelou como a Fundação tem promovido a degradação das condições de funcionamento desses estabelecimentos, com uma gestão que consideram estar a ser orientada por fins alheios aos interesses dos seus utilizadores, as crianças. Isso passa pela decisão unilateral de redução do período de funcionamento, ao arrepio do regulamento e sem qualquer comunicação prévia, pela redução do pessoal da acção educativa e ameaças de despedimentos e pelos preços praticados, que colocam em causa a própria natureza social da acção da instituição.
Infelizmente, à justa e legítima contestação dos pais e encarregados de educação, a Fundação reagiu com ameaças, retirando-lhes a possibilidade de usarem as instalações da Fundação para a sua actividade, pretendendo, até, que aqueles riscassem da denominação da Associação o nome D. Pedro IV.
Mais recentemente, recebemos em audiência a Comissão de Moradores do Bairro das Amendoeiras, que nos relatou outras tantas irregularidades. Desde logo, o facto de a sede da Fundação mais se parecer com a sede de uma holding imobiliária, já que aí também funcionam empresas de direito privado do ramo imobiliário que nada têm a ver com os fins da Fundação, sendo que esta é sócia maioritária de uma delas, acabando, assim, por desenvolver actividades lucrativas, em clara violação da lei.
Aliás, foi por intermédio desta Comissão de Moradores que tivemos acesso ao relatório de averiguações à Fundação D. Pedro IV, feito em 2000 pela Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, o qual não deixa qualquer margem para dúvidas das muitas situações profundamente preocupantes que ali têm ocorrido sob a impassibilidade da tutela.
Depois e relativamente ao conhecido empreendimento de S. Bento ou Edifício Três Reis, cujo terreno foi doado à então SCAIDE (Sociedade das Casas de Apoio à Infância Desvalida) para a construção de equipamentos sociais para a infância, a Fundação obteve, em 1991, a autorização do governo para construir habitações de luxo e comércio, sob condição de, pelo menos, na área original, serem construídos equipamentos sociais para apoio a crianças, jovens e pessoas idosas. Porém, nem isto foi assegurado pela Fundação, violando assim, de forma grosseira, normas legais imperativas. E quem deveria fiscalizar o seu cumprimento, pelos vistos, também nada fez!
E hoje, quando discutimos não apenas a extinção da Fundação D. Pedro IV e a reversão para o Estado de todo o seu património, discutimos também o apuramento de responsabilidades por ilegalidades cometidas pela Fundação.
Seria bom questionar os motivos que levaram a que, exactamente 7 anos depois do relatório da Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, concluído a 21 de Junho de 2000, nenhuma diligência tenha sido desenvolvida pelos governos no sentido de dar execução às propostas que constavam desse relatório, que enumera um sem número de irregularidades e ilegalidades praticadas pela Fundação e que acaba por propor a destituição dos corpos gerentes ou, cumulativamente, a extinção da Fundação.
Aliás, quatro governos depois, o problema não foi resolvido. O Sr. Deputado Miguel Coelho, do Partido Socialista, disse que a extinção levaria cinco ou seis anos. Pois bem, Sr. Deputado, já passaram sete anos! Em vez de ser dada execução ao proposto, ainda houve tempo para, em 2005, transmitir, a título gratuito, para a Fundação D. Pedro IV, um valioso património público, ou seja, 1400 fogos nos Bairros dos Lóios e das Amendoeiras, em Lisboa. É estranho, sobretudo, porque ocorre depois desse relatório, que andou esquecido nas gavetas durante sete anos.
Pelo exposto e por tudo o que vem referido no relatório da Inspecção-Geral, concluído em 2000, Os Verdes entendem que as razões invocadas pela Fundação para a modificação da sua forma institucional, alargamento das actividades de acção social e outras áreas de intervenção, nomeadamente de idosos, habitação protegida, não saíram, infelizmente, do papel. Destas actividades, a Fundação apenas desenvolve actividades na área da infância e, mesmo estas, pouco têm de social, considerando as mensalidades elevadas que afastam as crianças de famílias mais carenciadas.
Ignorando os compromissos assumidos, a Fundação não investiu um cêntimo no alargamento das áreas de intervenção social, apesar do valioso património que lhe foi afecto. O seu investimento recaiu na criação e manutenção de empresas de direito privado no ramo imobiliário, umas e outras com fins estranhos aos fins pelos quais a Fundação se deveria pautar.
Acresce ainda o facto de essas entidades serem geridas por membros do conselho de administração da Fundação, que assim duplicam e acumulam remunerações. Por outro lado, a Fundação, ao contratar, como tem vindo a fazer, os serviços dessas empresas, está a contratar, ainda que indirectamente, com membros dos seus próprios corpos gerentes. São estas ligações, provavelmente, que levaram a que a Fundação, sem qualquer fundamentação, perdoasse a uma dessas empresas uma dívida de 4000 contos.
A tudo isto soma-se o facto de o conselho de administração gerir de forma discricionária a própria Fundação, com dois órgãos — conselho consultivo e conselho social (pelo menos até 2000 nunca haviam reunido) —, e com um membro do conselho fiscal, que é revisor oficial de contas e presta serviços remunerados à Fundação e à mesmíssima empresa a quem a Fundação perdoou a tal dívida.
Como se afirma no relatório da Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, os factos indiciam que a Fundação enganou não só os associados da sua fundadora mas também o Estado português, nunca tendo concretizado as actividades a que se comprometeu e que justificaram a sua criação, apesar de ter meios para o fazer.
Assim, e considerando as conclusões desse relatório, segundo as quais urge pôr cobro a esta situação que repugna no Estado de direito democrático, principalmente por desvirtuar todos os princípios de solidariedade social subjacentes — e qualquer solução que passe pela manutenção da instituição suscita alguma apreensão —, Os Verdes, naturalmente, só podem votar a favor da recomendação hoje em discussão. Não deixando, porém, de fazer o reparo de que, exactamente sete anos volvidos sobre a conclusão do relatório, constatam que tanto o anterior governo como o Governo actual nada fizeram para dar seguimento às propostas que dele fizeram parte.

Francisco Madeira Lopes
Deputado de "Os Verdes" na Assembleia da República
21 Junho 2007

Zona ribeirinha de Alcântara - Contra soluções "desgarradas"

A CDU visitou, dia 20 de Junho, a zona ribeirinha de Alcântara e, face aos conflitos persistentes, apresentou soluções estruturantes, no âmbito e escala do Plano Director Municipal (PDM).
As soluções passam por:
- A delimitação de uma unidade operativa de planeamento e gestão - UOPG, capaz de permitir um adequado planeamento, coordenação e financiamento das várias acções a empreender;
- A discussão pública das soluções estruturantes a empreender e a integrar na revisão do PDM em curso
- Contrariar a continuação de intervenções desgarradas na área sob gestão da APL, sem que, no âmbito da revisão do PDM, se defina a articulação do ordenamento portuário com o modelo urbanístico da cidade, matéria sobre a qual o Município deve ter intervenção determinante.

(Mais sobre esta e outras actividades e propostas no lisboalisboa2 e no site da CDU Lisboa)

27/06/2007

"Salas de chuto"

"A luta contra a droga, cujo dia internacional se assinala esta terça-feira, tem sido em Lisboa um tema fracturante, com os vários candidatos a defenderem posições diferentes sobre a criação das chamadas "salas de chuto", previstas pelo anterior executivo municipal. (...) Ruben de Carvalho, ex-vereador e candidato da CDU, afirma que a sua lista não tem objecções de princípio, ressalvando:"pensamos que qualquer solução terá sempre de ser articulada e isto envolve inevitavelmente o Instituto da Droga e Toxicodependência"." (TVNet, 26/6)

Alterações climáticas

Há notícias, medidas propostas e até jogos, em torno das energias, transportes e alterações climáticas, no site dos Verdes Europeus.

25/06/2007

Seminário Mediterrânico


Nos próximos dias 29 e 30 de Junho e 1 de Julho vai decorrer o Seminário Mediterrânico sob o lema "Energia, Transportes e o Protocolo de Quioto - Soluções para a Equação". Organizado por "Os Verdes" vai ter lugar no Hotel Albergaria Laitau (Av. General Daniel de Sousa, 89 – Setúbal). O programa já está disponível (pode consultá-lo aqui ou aqui).

Participação e cidadania

No passado dia 19 de Junho, no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, decorreu uma sessão contínua (das seis da tarde à meia-noite) de expressão da cidadania, "Um dia por Lisboa".Foram convidados vários cidadãos, entre eles alguns peritos, para falarem sobre o que SE DEVE FAZER, e o que absolutamente NÃO SE DEVE FAZER em Lisboa. Já há vídeos online desta iniciativa, interessante, como outras de expressão de cidadania que têm acontecido e que é bom que continuem a acontecer.

Ainda a Fundação D.Pedro IV

Comunicados e outras coisas mais:
- Da Direcção da ATM, que assegura que que os moradores se manterão vigilantes e não irão desmobilizar até que este processo se resolva exemplarmente.
- Da Comissão Instaladora (CI) da Associação de Pais D. Pedro IV, que se congratula com a aprovação do ponto 2 que retira à Fundação D. Pedro IV os bairros de Lóios e Amendoeiras mas manifesta também espanto pelo facto de só dois partidos (PCP e Verdes) terem referido os problemas dos sete Estabelecimentos de Infância e do Lar de Idosos.
- Uma Carta Aberta, do pai de uma criança inscrita num estabelecimento de infância na dependência da Fundação D. Pedro IV.

A dinâmica continua, e muito bem.

22/06/2007

Património da Fundação D. Pedro IV reverte para o Estado

"A Assembleia da República aprovou esta quinta-feira por unanimidade uma recomendação ao Governo destinada à reversão para o Estado do património da Fundação D. Pedro IV, com salvaguarda dos direitos dos moradores dos bairros dos Lóios e Amendoeiras, escreve a Lusa.
A proposta foi aprovada em plenário por iniciativa do PCP que usou o agendamento potestativo de um projecto de resolução que visava também a extinção da Fundação D. Pedro IV e «o apuramento de ilegalidades cometidas em seu nome».
Estes dois pontos foram rejeitados na votação, apesar de o Bloco de Esquerda e o Partido Ecologista Os Verdes apoiarem a extinção da fundação e o apuramento de responsabilidades." (PD, RTP)

Mais uma boa notícia e mais uma vitória dos moradores dos bairros!

21/06/2007

Descobrir Lisboa V



Alfama, no blogue Lisboa.

Nova lei eleitoral para as autarquias em negociação

"Segundo o acordo de princípio para uma nova lei eleitoral das autarquias, alcançado há duas semanas, o PS admite deixar cair a bandeira dos executivos monocolores, em nome de um consenso o mais alargado possível com as outras forças políticas, que sempre se opuseram a uma vereação homogénea." (JN)

Plano Verde

Agora o Plano Verde passou a Plano Verde do BE... E a unanimidade fica mais longe.

20/06/2007

Novo aeroporto em debate na AML

"A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou hoje uma moção exigindo ao Governo que estude outras opções para a localização do novo aeroporto de Lisboa, além da Ota e do Campo de Tiro de Alcochete." (DD, 19/6)

Os deputados querem estudos que abranjam diferentes opções, algo que "Os Verdes" defendem, juntamente com a necessidade de haver critérios definidos na aferição de tais estudos.

Ainda a mobilidade sustentável e as bicicletas

Não é demais relembrar, já que também é tema (recorrente) desta campanha, que "Os Verdes" têm apresentado várias recomendações na Assembleia Municipal de Lisboa, visando a expansão do uso da bicicleta em Lisboa em boas condições de mobilidade e segurança, e que aliás foram aprovadas por unanimidade.

Apresentaram, por exemplo, uma recomendação sobre parqueamento de bicicletas, em que nomeadamente se recomendava à Câmara que efectuasse as diligência necessárias necessárias, junto dos diversos operadores em particular do ML, da CP e fluviais (Soflusa e Transtejo), no sentido de vir a ser criado um espaço próprio e seguro para estacionamento de bicicletas perto das entradas das suas estações, permitindo assim a sua integração e articulação com os demais modos de transportes na cidade.
E também outra, sobre ciclovias e percursos pedonais, em que se recomendava a efectiva implementação de uma rede de ciclovias associada à estrutura verde de Lisboa, que desse sequência aos estudos já efectuados no âmbito do protocolo de colaboração entre a própria Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto Superior de Agronomia. A rede proposta abrange cinco eixos prioritários: Frente Ribeirinha Algés – Parque das Nações, Terreiro do Paço – Interface do Campo Grande, Alcântara – Jardim Zoológico, Estação da CP de Benfica – Interface do Campo Grande, Jardim Zoológico – Carnide. Propôs-se, também, o estabelecimento de uma rede permanente de circuitos pedonais.

Deslocação do IPO

15/06/2007

Novo nº da Contacto Verde


Já está online o novo nº da Contacto Verde onde se abordam as jornadas parlamentares sobre o "Litoral e Orla Costeira", pode também ler uma entrevista com José Luís Ferreira, sobre as iniciativas de "Os Verdes" no âmbito das alterações climáticas e, ainda, um artigo de Cláudia Madeira, candidata de "Os Verdes" na lista da CDU às eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa.

Tribunal decide a favor dos moradores do Bairro das Amendoeiras

"O Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa decidiu a favor dos moradores do Bairro das Amendoeiras e suspendeu a aplicação da renda apoiada pela Fundação D. Pedro IV, na sequência de uma providência cautelar interposta pelos residentes. (...) Os moradores do bairro condenam a forma como a fundação tem gerido o património, acusando a instituição de realizar aumentos abruptos de rendas e não salvaguardar os direitos dos inquilinos em regimento de arrendamento social." (JN)

Uma boa notícia!

14/06/2007

Vídeos sobre ambiente

Recebemos um e-mail a divulgar a Quercus TV (http://www.quercustv.org/), um sítio da Internet que pretende divulgar vídeos sobre a temática do ambiente. Foi anunciada publicamente a 5 de Junho de 2007, Dia Mundial do Ambiente, e não existe para uso exclusivo da Quercus, tendo uma filosofia de abertura à participação dos cidadãos e de outras organizações de ambiente. Fica desde já o convite para que colaborem com a Quercus TV, escreveram-nos, e por isso aqui deixamos a divulgação!

Contra a política do betão

A CDU continua a percorrer Lisboa, a abordar os seus problemas e a apresentar propostas. Ruben de Carvalho propôs a criação de um pólo de tecnologias de ponta e investigação produtiva, aproveitando as áreas industriais desactivadas na zona oriental da cidade, criticando a "cultura da compactação", potenciada pela especulação imobiliária e concretizada pela política do betão, com recurso às alterações em regime simplificado ao regulamento do PDM.
Também a Juventude CDU continua na rua. Cerca de três dezenas de jovens, e muitos outros que passavam no Largo do Carmo, ouviram as propostas da CDU para a Juventude da cidade de Lisboa, numa iniciativa que contou com a presença de Rita Magrinho e dos candidatos jovens Inês Zuber, Cláudia Madeira (de "Os Verdes"), Tiago Saraiva, Catarina Morais e Ricardo Varela.

12/06/2007

Novo aeroporto na AR

O novo aeroporto continua em debate, também na Assembleia da República. O deputado ecologista Álvaro Saraiva (neste momento em que novas hipóteses de localização como o Campo de Tiro de Alcochete, sobre a qual a Quercus já tomou posição, são apresentadas, e são sugeridos novos estudos), considerou que é fundamental que antes de se conhecer os estudos, se conheçam "os critérios em relação aos quais vamos aferir os estudos" e avaliou que "é importante que para uma infraestrura destas que é um novo aeroporto haja um consenso técnico e politico o mais alargado possível, que à partida os critérios de avaliação sejam definidos, para além do estudo de impacte ambiental seja também avaliado o custo beneficio, intensidade de tráfego, expectativa de viajantes, as acessibilidades, e um ponto muito importante o custo de outras infraestruturas indirectamente ligadas". Em causa estão, considerou "as opções quanto à realização de novas infraestruturas de transporte de nível nacional e internacional que se irão localizar na AML, e estamos a falar para além do Novo Aeroporto de Lisboa, a ligação ferroviária europeia de alta velocidade – Lisboa/Madrid – TGV e a nova travessia do Tejo entre Chelas e o Barreiro", sendo fundamental que o planeamento destas infraestruturas seja "feito de forma coordenada e numa perspectiva de longo prazo".

11/06/2007

Criar cidades sustentáveis

“as cidades são sistemas cujo funcionamento deve imitar os sistemas naturais: devemos fazer tudo o que pudermos para criar cidades que sejam compatíveis com os próprios ecossistemas da natureza, e para isso temos que garantir que, tal como as florestas ou os recifes de corais, elas adoptem deliberadamente um metabolismo circular, produzindo apenas resíduos que possam ser beneficamente reabsorvidos pela natureza”

Um perspectiva a ter em atenção, no novo livro "Criar Cidades Sustentáveis". Em Lisboa, tal implica, nomeadamente, não construir nas áreas definidas e identificadas no Plano Verde.

Debate sobre a situação da juventude

No passado dia 7 de Junho, realizou-se no Parque Eduardo VII junto à Feira do Livro, um debate sobre a situação da Juventude na cidade de Lisboa - As soluções da CDU.
Esta iniciativa contou com a participação dos Candidatos da CDU à CML - Rita Magrinho, Cláudia Madeira (de "Os Verdes"), João Mendes e Inês Zuber - e com cerca de três dezenas de jovens, e permitiu a troca de ideias e sugestões para a resolução dos problemas dos jovens que vivem, trabalham, e estudam na cidade.

08/06/2007

Espaço público em Lisboa

A permanente necessidade de conservação dos espaços públicos impõe que uma gestão municipal eficiente garanta serviços próprios experimentados e especialmente habilitados neste domínio. Impõe, igualmente, grande responsabilidade na gestão do espaço público, particularmente no licenciamento e fiscalização de estaleiros de obra temporários e articulação das intervenções dos operadores de serviços urbanos em redes no subsolo, minimizando os seus impactos.
O espaço público da cidade de Lisboa é hoje marcado pela proliferação de múltiplas áreas degradadas, abandonadas à inércia dos estaleiros de obra (e muitos sem obra) que invadem espaços vitais à vida urbana, e mantêm desqualificado algum do património cultural mais representativo da cidade. O abandono a que o espaço público foi votado nos últimos anos degradou as condições de vida e de mobilidade dos lisboetas. Pavimentos esburacados, calçadas e passeios degradados, ruas sem iluminação, jardins sem serem tratados é o retrato da gestão dos últimos 6 anos 1.
A situação crítica a que se chegou exige o estabelecimento de um programa de recuperação, necessariamente faseado, em que a prioridade seja equacionada em função do nível de degradação existente, do nível de impacto para a mobilidade e fruição global da cidade e capacidade dos recursos internos municipais, a mobilizar e estruturar com tal objectivo.
A CDU propõe por isso que as intervenções de recuperação do espaço público devem integrar a sua beneficiação e apetrechamento no sentido de servir o maior universo de população com mobilidade condicionada, tendo também em consideração as características do perfil etário da população residente 2.

Livro Verde do Transporte Urbano

O Livro Verde do Transporte Urbano será apresentado a 30 de Novembro. Na sua intervenção na Conferência final do Livro Verde do Transporte Urbano, organizada pela Comissão Europeia no passado dia 4, a Secretária de Estado portuguesa salientou a importância de planear de forma integrada e coerente o desenvolvimento do território com o sistema de transportes colectivos, favorecendo a sua utilização, assim como de melhorar as condições de intra e intermodalidade entre os diversos modos de transporte, quer ao nível de itinerários, horários e tarifário, quer ao nível das interfaces. Ou seja, algo que pouco se tem tentado fazer, fazendo-se mais o inverso, na região da Área Metropolitana de Lisboa (menos comboios na linha de Cascais, a linha do Sado exemplo de falta de intermodalidade, linha Fertagus fora do passe social, já para não falar nas alterações introduzidas com a "Rede 7" da Carris) como no resto do país...

07/06/2007

III Encontro Nacional de Professores Ecologistas

Realizando-se em Constância, nos dias 16 e 17 de Junho, no Cine-Teatro Municipal, o 3º Encontro Nacional de Professores Ecologistas, organizado por “Os Verdes”, aqui se transcreve um resumo do Programa 1.

Sábado, dia 16 de Junho
10h30 - Painel: “O contributo da Escola e dos Professores/Educadores para o sucesso escolar e para a formação da cidadania”.
Oradores:
- Almerindo Janela Afonso - Doutor em Educação, na área de conhecimento de Sociologia da Educação pela Universidade do Minho (UM), onde exerce funções docentes e de investigação
- Mário Nogueira - Secretário-geral da FENPROF
- Francisco Madeira Lopes - Deputado de “Os Verdes” à Assembleia da República e integra a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.
15h - Painel: “À Conversa com Mia Couto” - Biólogo, escritor e um Moçambicano cidadão do mundo.
21h30 - Serão/Espectáculo “Uma noite com o Professor Rómulo de Carvalho e com o Poeta António Gedeão”, com a participação de Máximo Ferreira (Físico e Coordenador Científico) e Ana Maria Dias (Coordenadora Pedagógica) do Centro de Ciência Viva de Constância seguido de um espectáculo musical da autoria de Samuel e Manuel Freire.

Domingo, dia 17 de Junho
Marcha no Parque Ambiental de Constância e visita ao Observatório do Centro de Ciência Viva.


1. Ver informações suplementares em www.osverdes.pt/index01.html

Eficiência energética

A aposta na poupança da energia constitui o primeiro passo que deve ser dado no sentido da eficiência energética. O excesso de consumo causado por necessidades muitas vezes criadas e incentivadas por interesses económicos, gerando desperdícios negligentes, constitui cerca de 10% da factura energética no sector doméstico. O consumidor assume assim um papel chave para a eficiência energética. A negligência relativa ao uso incorrecto da energia e a falta de conhecimento tem, actualmente, implicações a nível ambiental que são graves demais para serem ignoradas.
Nesta perspectiva, a Quercus e a EDP decidiram no passado dia 29 de Maio, Dia Mundial da Energia, apresentar em Portugal a ferramenta ‘TopTen’ (já existente noutros países europeus) - que pretende orientar o consumidor na escolha de diversos equipamentos, colocando a eficiência energética como critério de selecção fundamental para a aquisição. Esta iniciativa, que pretende demonstrar de que forma os consumos domésticos influenciam as alterações climáticas, e o que cada consumidor pode fazer para melhorar o seu desempenho ambiental, insere-se numa outra de âmbito europeu 1.
A Quercus comprometeu-se ainda a divulgar um inquérito realizado em todo o país que envolveu visitas às grandes superfícies e retalhistas onde se procurou averiguar, para os diferentes electrodomésticos, quais as classes de eficiência energética oferecidas para venda. Recorde-se que a Associação acompanhava já, no seio das famílias, o programa EcoCasa - Casa Virtual de Energia, que pretende tornar a casa mais eficiente ao nível do consumo de energia.

06/06/2007

Dia do Ambiente

Ontem foi dia do Ambiente e "Os Verdes" desdobraram-se em actividades.

O encerramento da campanha de âmbito internacional STOP ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS (que percorreu o país, incluindo Açores e Madeira, chegando a mais de 200 concelhos, e que passou por diversas escolas de Lisboa) levou uma delegação de “Os Verdes” à residencial oficial do Sr. Primeiro-ministro e à Embaixada dos Estados Unidos da América, para entregar, a cada um dos destinatários, os cerca de 20 000 postais assinados pelos participantes nesta campanha (a RTP esteve por lá).
Recorde-se que com a campanha STOP ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, “Os Verdes” pretendem pressionar a administração norte-americana a aderir ao Protocolo de Quioto, manifestar a insatisfação pela política de transportes públicos seguida pelo Governo português e alertar a população para o fenómeno das alterações climáticas, promovendo comportamentos que ajudem a travar este fenómeno.
O litoral, outro dos grandes assuntos ambientais no nosso território, foi também alvo de iniciativas, no âmbito das Jornadas Parlamentares, dedicadas ao “Litoral e Orla Costeira”. "Os Verdes" deslocaram-se a Almada, para reuniões com a presidente da Câmara Municipal de Almada e um representante da Costa Pólis e, ainda, para uma visita à Costa da Caparica juntamente com a Junta de Freguesia da Costa da Caparica e com um representante da Câmara Municipal de Almada, tomando assim conhecimento da realidade no local para a concretização de propostas que irão apresentar na Assembleia da República.

Incineradora sai do Júlio de Matos

Na recente Assembleia Municipal de 15 de Maio, os deputados municipais do Partido Ecologista “Os Verdes”, apresentaram uma recomendação sobre a “Incineradora do Hospital Júlio de Matos”, na sequência de uma série de acidentes nas caldeiras.
Nela exigiam uma melhor “fiscalização e monitorização permanentes do funcionamento da Incineradora e dos níveis de emissões de poluentes, a instalação de uma Estação de Monitorização da Qualidade do Ar, a divulgação dos resultados dos relatórios periódicos de monitorização da referida incineradora, publicitando os seus resultados nos painéis electrónicos informativos e na página web do município e, finalmente, que se pugnasse pela descentralização a curto/médio prazo da incineradora para uma zona não residencial, no sentido de proteger as populações, a qualidade de vida destas e consequentemente a qualidade do ar”.
A Moção foi votada favoravelmente por todas as forças políticas excepto pelos deputados do PS que votaram contra e nem deram justificação para tal facto 1. Acontece que a pressão do PEV e o destaque dado à notícia na comunicação social 2, levaram o Governo e o Ministério da Saúde a repensar a sua posição e a dar o mal ‘votado por não dito’.
De tal modo que o Expresso on-line de ontem referia já que “a única incineradora de resíduos hospitalares a funcionar no país - nas imediações do Hospital Júlio de Matos, no Parque de Saúde de Lisboa - vai ser transferida para a Chamusca e ficará localizada junto dos futuros Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER), no Eco Parque do Relvão”.
Segundo o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) ainda não está definida a data do encerramento final da incineradora que opera com problemas junto a uma vasta zona residencial em Lisboa. Mas prevê-se que a transferência para a Unidade de Tratamento do Eco Parque do Relvão, na Chamusca, aconteça em 2009.
O processo de transferência da incineradora ainda está a ser estudado. Segundo o secretário de Estado da Saúde, a decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde em articulação com o ministério do Ambiente e inserida no Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde (2007-2013). Este documento foi hoje apresentado pele Ministro do Ambiente numa cerimónia realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Ambiente.
Esta incineradora queima diariamente cerca de seis mil toneladas de resíduos e a sua actividade já foi suspensa várias vezes devido a problemas tais como, ter ultrapassado os valores limite de emissão de poluentes nocivos para a saúde pública. O último encerramento aconteceu em Março por ordem da Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT), após detectar emissões de dioxinas e de furanos 30 vezes acima do limite admissível. Mas já fora fechada também em Novembro e em Junho de 2006, na sequência de uma explosão numa das caldeiras. Os resíduos foram então exportados para tratamento na Alemanha e em Espanha. Entretanto, desde inícios de Abril, a incineradora voltou a entrar em funcionamento (com emissões abaixo dos limites legais), mas mantendo uma licença provisória de actividade 3.
Depois de várias peripécias que colocaram em risco a saúde dos moradores, e no Dia Mundial do Ambiente, o Ministério deu a mão à palmatória, ouvindo as propostas de "Os Verdes". Mais vale tarde do que nunca. Pela nossa saúde.

04/06/2007

Alfama à espera

"Obras municipais de reabilitação paralisadas e outras que correm a "conta-gotas" em Alfama fazem a população suspirar pelo bairro de "antigamente", antes da saída de muitos moradores e quando as ruas eram percorridas por milhares de turistas. (...) Por todo o bairro, encontram-se várias obras paradas tapadas com telas, já amarelecidas pelo tempo, com a inscrição "Obras de Reabilitação" da Câmara de Lisboa. " (JN, 4/6)

A reabilitação de que muito se fala e que pouco se tem feito está no programa urgente da CDU.

Ota: ambientalistas defendem reavaliação

"As associações ambientalistas Quercus e Alambi defendem a reavaliação da Ota como localização do futuro aeroporto de Lisboa perante a opção de manter o da Portela, "sem descurar a hipótese da não construção"." (Público, 3/6)

O debate continua a suscitar polémica.

Alternativas de transporte

A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) 1, promoveu ontem, domingo, uma iniciativa visando promover a utilização da bicicleta, organizando um passeio pela cidade de Lisboa que partiu do Príncipe Real em direcção ao Padrão dos Descobrimentos e terminou no Largo do Carmo.
Como um dos candidatos à CML aproveitou para participar, a FPCUB aproveitou a sua presença para lhe entregar um conjunto de propostas com vista à melhoria das condições de utilização da bicicleta, incluindo a criação de ciclovias, de espaços cobertos para guardar as bicicletas em todos os prédios novos e parques de estacionamento para bicicletas.
O candidato destacou então que, para que as pessoas deixem os carros em casa e utilizem mais os transportes públicos, é necessário criar mais estacionamento e novos corredores de autocarro, mas sobretudo tem que haver “outra forma das pessoas se relacionarem com a cidade”. Salientou ainda que “com uma frente Tejo assim é uma tentação enorme imaginar uma ciclovia de Belém até ao Parque das Nações”, tendo defendido ser “necessário estudar alternativas” de transporte à utilização de automóvel, e afirmando que “há um conjunto de medidas que têm que ser tomadas (para diminuir a utilização de automóvel), desde logo porque Lisboa é a segunda cidade europeia com piores índices de qualidade de ar” 2.
Poluição atmosférica, ciclovias e estacionamento para bicicletas? Até aqui tudo bem, mas… onde é que já ouvimos isto tudo?
Entre outros exemplos, em 26 de Setembro e em 21 de Novembro do ano passado, o Partido Ecologista “Os Verdes” apresentou na Assembleia Municipal de Lisboa três Recomendações, uma sobre “Ciclovias e percursos pedonais”, uma sobre “Parqueamento de bicicletas” e outra sobre os “Níveis de ozono” na cidade. Todas foram aprovadas por Unanimidade 3.
Bem, assim é fácil qualquer candidato fazer um (pré-)programa eleitoral. Basta pegar nas moções já apresentadas por outros e aprovadas por todos os partidos e dizer: ‘eu’ tive uma ideia… alternativa.

03/06/2007

Campanhas e Jornadas parlamentares

O Grupo Parlamentar do Partido Ecologista “Os Verdes” organiza as suas Jornadas Parlamentares nos próximos dias 4 e 5 de Junho, sobre o tema “Litoral e Orla Costeira”, a fim de analisar a situação profundamente preocupante de erosão da nossa costa, agravada pelos sucessivos adiamentos de investimentos programados para a requalificação do litoral, assinalando também assim o Dia Mundial do Ambiente.
Nestas Jornadas, uma delegação de “Os Verdes” que inclui os deputados Francisco Madeira Lopes e Álvaro Saraiva, realizará saídas aos Distritos de Aveiro, Concelho de Ovar (Praia Esmoriz), Coimbra, Concelho de Mira (Praia de Mira) e Setúbal, Concelho de Almada (Costa da Caparica), com o objectivo de visitar locais que há muito evidenciam problemas nesta área.
Os Verdes” levarão ainda a cabo o encerramento da campanha de âmbito internacional ‘Stop às Alterações Climáticas’, com as últimas visitas e contactos junto de escolas da área de Lisboa no dia 4 de Junho, e a entrega dos postais ao sr. Primeiro-Ministro e também na Embaixada dos EUA, no dia 5 de Junho.
Recorde-se que, no âmbito desta campanha internacional iniciada em Dezembro de 2005, “Os Verdes” realizaram cerca de 250 iniciativas em todo o país, incluindo os Arquipélagos dos Açores e da Madeira, tendo levado a campanha a mais de 200 concelhos 1.

I - (Final da) Campanha ‘Stop às Alterações Climáticas’:
4 de Junho
De manhã, em Vila Franca de Xira, junto à entrada da Escola Secundária do Forte da Casa, Rua da República;
De manhã, em Lisboa, junto à entrada da Escola Secundária de Camões, Praça José Fontana;
De tarde, em Lisboa, junto à entrada da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, Rua Rodrigo da Fonseca.

II - Programa das Jornadas:
4 de Junho
De manhã: Concelho de Ovar, distrito de Aveiro
11h - Visita à Costa de Esmoriz e Praia do Furadouro com a Junta de Freguesia de Esmoriz e a Associação Palheiro Amarelo
12h - Conferência de Imprensa na Praia do Furadouro, junto à Escultura dos Peixes
De tarde: Concelho de Mira, distrito de Coimbra
15h - Visita à Praia de Mira com a Junta de Freguesia da Praia de Mira
16h30 - Conferência de Imprensa na Praia de Mira, junto à Estátua do Pescador
5 de Junho
De manhã - Campanha ‘Stop às Alterações Climáticas’, Lisboa
10h30 - Entrega de postais na residência oficial do Primeiro-Ministro, Rua da Imprensa à Estrela, Lisboa
12h - Entrega de postais na Embaixada dos EUA, Av. das Forças Armadas, Lisboa
De tarde - Concelho de Almada, distrito de Setúbal
15h - Reunião com Câmara Municipal de Almada
16h30 - Visita à Costa da Caparica juntamente com a Junta de Freguesia da Costa da Caparica e com um representante da Câmara Municipal de Almada (ponto de encontro à porta do Parque do Clube de Campismo de Lisboa, na Costa da Caparica, às 16h45)
6 de Junho
14h30 - Conferência de imprensa para apresentação das conclusões finais das Jornadas Parlamentares e das iniciativas legislativas propostas por “Os Verdes” sobre esta temática, a decorrer na Sala de Imprensa da Assembleia da República.

1. Ver www.osverdes.pt/index01.html

02/06/2007

Novo nº da Contacto Verde


Já está online o novo nº da Contacto Verde onde, para além de um destaque e uma reportagem que dão a conhecer o que esteve em debate na acção internacional de "Os Verdes" pela ferrovia convencional, se abordam as eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa.

“Sgt. Pepper’s” revisitado

40 anos depois, destacados artistas da cena pop-rock preparam-se para revisitar o mais célebre álbum dos The Beatles, gravando o unanimemente considerado melhor álbum da pop/rock de sempre - ‘Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band’ - por ocasião do 40º aniversário da sua edição, informou a BBC.
Os grupos Oasis, The Killers, Travis, Razorlight e Kaiser Chiefs, entre outros, participam no novo disco, que será gravado com o mesmo equipamento de estúdio usado no álbum original.
Lançado a 1 de Junho de 1967, ‘Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band’ inclui sucessos intemporais como ‘With a little help from my friends’, ‘Lucy in the sky with Diamonds’ ou ‘When I'm sixty-four’ ou ‘Day in Life’, e foi eleito o melhor álbum dos que alcançaram o primeiro lugar dos ‘tops’, quer numa sondagem feita pela BBC o ano passado, quer noutra realizada pela consagrada revista ‘Rolling Stone’.

O disco ganhou quatro Grammys, incluindo o de álbum do ano e melhor capa, considerada um símbolo da arte Pop com a sua colagem das imagens de mais de 70 famosas personalidades, como Marlene Dietrich, Bob Dylan, Albert Einstein, Sigmund Freud, Karl Marx e David Livingstone, bem como os próprios Beatles vestidos de elementos da Banda.
Hoje, dia 2 de Junho, a emissora pública britânica rádio BBC divulgará o novo disco, tendo a directora encarregada do projecto, Lesley Douglas, considerado que “não se tratará apenas de um acontecimento radiofónico único, mas de um momento musical muito especial”. “A variedade e qualidade dos músicos envolvidos garantirá um tributo adequado a um dos grandes discos da História” pelo melhor grupo de sempre 1.
Mesmo decorridos 40 anos. Uma discografia insuperável. It was fourty years ago today... 2

Não às portagens à entrada de Lisboa

A União das Associações de Comércio e Serviços (UACS) defendeu, para a revitalização do comércio na Baixa-Chiado, uma aposta no estacionamento, com a construção de mais parques, que afirma fazerem falta ao comércio.
O candidato do PS à CML veio ontem responder que “não é por se fazer mais um parque de estacionamento que vão mais pessoas fazer compras para a Baixa”, manifestando-se contra a introdução de portagens à entrada da cidade, preferindo desviar da Baixa o trânsito que a atravessa em direcção à Expo e a Belém. “Não sou favorável, penso que há outras formas de regular o trânsito. Até porque grande parte das entradas em Lisboa já é portajada e não foi isso que resolveu o problema” 1.
Esta é uma posição por várias vezes repetida pelos eleitos de “Os Verdes”, por exemplo, quer em intervenções (Heloísa Apolónia, na A.R.), ou em entrevistas públicas (Sobreda Antunes, na AMLisboa).
Numa sessão plenária a deputada afirmou: “... A mobilidade urbana e a promoção do transporte público, com eventual desistência do transporte privado. Já ouvi o Sr. Ministro do Ambiente referir que uma das medidas que o Governo está a ponderar seriamente é a introdução de portagens à entrada dos grandes centros urbanos. Ora, nós já temos esse exemplo implementado em Lisboa, na Ponte 25 de Abril. Ou seja, temos o modelo de portagens numa determinada zona de Lisboa - único acesso para algumas pessoas e localidades da margem sul - que bem se vê que não tem qualquer efeito relativamente ao objectivo que o Governo pretende, isto é, não houve redução do transporte individual à entrada da Ponte 25 de Abril por causa das portagens que aí existem (...) esta medida, que, na nossa perspectiva, só trará custos sociais e não tem qualquer impacto, em termos de relevância ambiental e daquilo que nos proporíamos atingir, que seria, justamente, a diminuição do transporte individual nos grandes centros urbanos” 2.
Também o deputado de “Os Verdes” na AML questionou “a justiça e os reais impactes desta medida (introdução de portagens), não apenas ambientais como sociais e económicos, sugerindo alternativas”. Recordou que as Câmaras “investiram na construção de vários parques de estacionamento, fizeram aprovar taxas de estacionamento, à superfície e subterrâneo, e precisam da colecta das ‘moedinhas’. Quantas mais entrarem na máquina, melhor para os seus depauperados orçamentos”. E conclui que esta medida seria socialmente injusta e discriminatória, porque “impostos, são sempre os mesmos a pagá-los” 3.
Porque não incentivar “o uso do transporte colectivo, movido a energias mais limpas”? Porque se adia a implementação das tão reclamadas Autoridades Metropolitanas de Transportes, como já constava do Programa da CDU, em 2005? Citamos: “Como medida global, deverá ser reformulada a Autoridade Metropolitana de Transportes, criando uma estrutura não-governamentalizada que concretize a participação efectiva das Autarquias, dos trabalhadores e dos utentes, e que exerça um papel na organização e coordenação dos vários operadores dos transportes públicos” 4.
Esperamos também que os outros candidatos definam posições sobre esta questão fulcral para os lisboetas e quem a cidade visita.

1. Ver http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1295653&idCanal=59
2. Diário da AR nº 77, de 2006-01-14.
3. Ver "Portagens do nosso descontentamento", Contacto Verde nº 13, no URL www.osverdes.pt/contactov.asp?edt=13&art=135
4. Programa “Soluções para Lisboa : primeiro a Cidade”. Ver também http://pcp.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=blogsection&id=9&Itemid=40

Prioridades actuais para a Cidade

Lisboa está doente. Precisa, por isso, de um conjunto de medidas de ‘cuidados intensivos’ prioritários, que passam por:
- Sanear as Finanças Municipais e devolver a credibilidade à Câmara de Lisboa;
- Reestruturar os Serviços e Empresas Municipais, motivando os trabalhadores, simplificando circuitos burocráticos, colocando a máquina municipal ao serviço da Cidade;
- Planear a Cidade, avançando com a revisão do Plano Director Municipal, e travar os negócios e urbanizações feitas ao abrigo das alterações simplificadas;
- Ordenar e responder com urgência aos problemas do Espaço Público (calçadas, jardins, iluminação, barreiras arquitectónicas);
- Dar prioridade à reabilitação urbana, utilizando o parque habitacional municipal para manter e trazer mais jovens a morar em Lisboa;
- Dar prioridade ao transporte público e definir medidas para alterar a estrutura da Autoridade Metropolitana de Transportes;
- Exigir a discussão aprofundada da localização do novo Aeroporto, de forma a defender a economia de Lisboa;
- Definir uma política integrada para os bairros municipais que responda aos problemas das suas populações;
- Dar prioridade às políticas sociais da CML, definindo e incrementando uma rede social de apoio aos mais carenciados;
- Definir com o Governo um plano de renovação e construção do parque escolar;
- Promover uma política ambiental activa, seja na preservação de Monsanto, corredor ecológico e estrutura verde da Cidade, seja no tratamento de esgotos ou na qualidade do ar e no cumprimento da Lei do Ruído;
- Definir, com associações e colectividades, uma política cultural e desportiva para Lisboa, alicerçada nos criadores e agentes desportivos e culturais;
- Retomar políticas de envolvimento da Juventude na vida da Cidade;
- Desenvolver políticas de descentralização e colaboração com as Juntas de Freguesia, no sentido de dar resposta aos problemas quotidianos da Cidade;
- Reafirmar a necessidade de criação da Região de Lisboa, como forma de resolver os problemas de cariz metropolitano.

Ontem como hoje, o mesmo caminho, norteado pelos mesmos princípios, porque Lisboa não é uma causa perdida. Mas precisa de uma gestão transparente e competente, em que a defesa do serviço público prevaleça na gestão municipal, com uma ligação permanente aos trabalhadores e às populações, reforçando a democracia participada e a defesa do serviço público, garanta a prioridade do interesse público sobre os interesses particulares, promova e defenda os interesses e direitos da população, nomeadamente das classes e camadas mais desprotegidas e das pessoas com deficiência.
A CDU propõe Trabalho, Honestidade, Competência e Transparência no exercício do poder. Garante rigor na conduta e nos procedimentos, com desapego do poder e recusa de benefícios pessoais no exercício dos cargos, com políticas de pessoal orientadas para a estabilidade profissional, valorização de carreiras, melhoria das condições de trabalho, envolvimento e participação dos trabalhadores na vida do Município 1.

01/06/2007

Mobilidade e transportes em Lisboa

Tendo em conta as actuais limitações do Aeroporto da Portela e as previsões de crescimento do tráfego, ao ritmo de 4,5 % ao ano, é fundamental dotar o País de uma nova infra-estrutura aeroportuária, que contribua efectivamente para o desenvolvimento do País.
Os estudos técnicos e outros elementos disponíveis vão na sua quase totalidade contra a localização do novo Aeroporto Internacional de Lisboa na Ota, tais como custos elevadíssimos, características do terreno (tipo de solo, orientação do vento, Serra de Montejunto, aquíferos), tempo de vida útil relativamente baixo para o alto investimento, distância em relação a Lisboa, etc.
O Governo escolheu um modelo de financiamento, construção e exploração, como parte integrante para a privatização da ANA, para o qual contribui a localização escolhida. O PCP defende que, face à fragilidade dos argumentos que suportam a decisão da localização na Ota, o seguinte:
- O aprofundamento de outras soluções e os respectivos estudos;
- A integração desta infra-estrutura num Plano Nacional de Transportes:
- A sua articulação com o desenvolvimento das plataformas logísticas;
- A sua localização em terrenos de posse pública;
- Um modelo de financiamento, construção, gestão e exploração totalmente público, assumindo a ANA, como empresa pública, um papel central neste processo;
- A sua integração no desenvolvimento e ordenamento do território da Área Metropolitana de Lisboa;
- A salvaguarda o fim público dos actuais terrenos do aeroporto da Portela, como instrumento de requalificação urbana, social e ambiental da cidade de Lisboa;
- A aceleração das obras de ampliação em curso no aeroporto da Portela e das respectivas acessibilidades, nomeadamente o metropolitano 1.

Seis anos de política do PSD associado ao CDS/PP e com o apoio do PS nas medidas mais importantes e estruturantes, conduziram a cidade ao estado caótico em que se encontra, tornando a vida de quem habita e trabalha em Lisboa num inferno. Foram seis anos de degradação do espaço público e da mobilidade, com problemas ao nível do planeamento, piores transportes, pior estacionamento e piores acessibilidades. Sobre a estratégia da CDU ver as “Propostas para a Mobilidade e Transportes em Lisboa” 2.

Biocombustíveis e energias renováveis

O grupo ambientalista ‘Biofuelwatch’ tem vindo a insurgir-se contra a prática - disseminada pelos meios académicos e amplificada pela imprensa em geral - de se chamar energia renovável aos biocombustíveis.
Outra organização internacional, a ‘Friends of the Earth’, estima que 87% do desflorestamento da Malásia, ocorrido em 1985 e 2000, tenha sido provocado pelo crescimento de culturas de palma, usada para a produção de biodiesel, e advertiu para os estragos causados pela expansão da produção de matérias-primas destinadas à obtenção de combustíveis verdes.
A tese do ‘Biofuelwatch’ é tão polémica quanto a que foi defendida num estudo de 93 páginas divulgado recentemente pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD), sedeado em Winnipeg, no Canadá. Segundo o levantamento do IISD, intitulado ‘Biocombustíveis a que preço?’, os contribuintes norte-americanos pagam cerca de sete mil milhões de dólares (cerca de cinco mil milhões de euros) por ano em subsídios à indústria de biocombustíveis líquidos, valor equivalente ao que a Casa Branca dá às produções de acúçar e algodão, juntas 1.
Também Fidel Castro havia já alertado para o problema, acusando que “o império havia lançado ao mundo a palavra-de-ordem de produzir biocombustíveis para libertar os Estados Unidos, o maior consumidor mundial de energia, de qualquer dependência externa em matéria de hidrocarbonetos.”.
No acordo com o Instituto estes fundos poderiam ser muito melhor aproveitados se fossem usados para desenvolvimento de tecnologias protectores do meio ambiente e de outras fontes de energia.

1. Ver “Infinita” nº 20 (Jun. 2007), p. 64
2. Ver “O que se impõe de imediato é uma Revolução Energética” IN
www.resistir.info/energia/fidel_biocombustiveis.html