E se houvesse um transporte que lhe permitisse deslocar-se para o trabalho, evitando as filas de trânsito, e passear pelas ruas das grandes cidades, incluindo as zonas onde os automóveis estão proibidos, sem se cansar nem poluir o ambiente? Este transporte já existe e, se nunca experimentou, pelo menos já se cruzou com ele.
O “segway” é um meio de transporte inovador que começa a tornar-se moda. Em Portugal é sobretudo utilizado pelos vigilantes de centros comerciais e grandes superfícies. Mas noutros países já é utilizado como transporte de rua e uma boa forma de escapar ao trânsito das grandes cidades.
Em algumas cidades há quem utilize o “segway” para fazer passeios, pois “é uma forma muito interessante de passear por uma cidade onde o desnível é muito acentuado sem se cansar”. Com uma autonomia para cerca de 30 quilómetros, o “segway” aguenta um peso de mais de 100 quilos e sobe facilmente algumas das ruas mais inclinadas da cidade. (ver Metro de 2007-06-25, p. 7)
30/06/2007
Como fugir às filas de trânsito?
Ligações de Ruben a Lisboa
29/06/2007
Tempo de antena de "Os Verdes"
Eleições e cidadania
28/06/2007
Intervenção de Francisco Madeira Lopes no debate sobre a Fundação D.Pedro IV
Através dessa Associação, ficámos a conhecer os abissais aumentos nas rendas, nalguns casos até aos 4000%, que a Fundação pretendia impor aos arrendatários e que, recentemente, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa veio suspender, dando assim razão aos moradores. E também ficámos a saber das intimidações, com ameaças de despejo, que a Fundação terá exercido para que os arrendatários aceitassem esses aumentos, e da intenção da Fundação de impor contratos de arrendamento limitados a períodos de cinco anos, situação absolutamente estranha na habitação social.
Já em Março deste ano, recebemos em audiência a comissão instaladora da Associação de Pais e Encarregados de Educação D. Pedro IV que, por sua vez, nos revelou como a Fundação tem promovido a degradação das condições de funcionamento desses estabelecimentos, com uma gestão que consideram estar a ser orientada por fins alheios aos interesses dos seus utilizadores, as crianças. Isso passa pela decisão unilateral de redução do período de funcionamento, ao arrepio do regulamento e sem qualquer comunicação prévia, pela redução do pessoal da acção educativa e ameaças de despedimentos e pelos preços praticados, que colocam em causa a própria natureza social da acção da instituição.
Infelizmente, à justa e legítima contestação dos pais e encarregados de educação, a Fundação reagiu com ameaças, retirando-lhes a possibilidade de usarem as instalações da Fundação para a sua actividade, pretendendo, até, que aqueles riscassem da denominação da Associação o nome D. Pedro IV.
Mais recentemente, recebemos em audiência a Comissão de Moradores do Bairro das Amendoeiras, que nos relatou outras tantas irregularidades. Desde logo, o facto de a sede da Fundação mais se parecer com a sede de uma holding imobiliária, já que aí também funcionam empresas de direito privado do ramo imobiliário que nada têm a ver com os fins da Fundação, sendo que esta é sócia maioritária de uma delas, acabando, assim, por desenvolver actividades lucrativas, em clara violação da lei.
Aliás, foi por intermédio desta Comissão de Moradores que tivemos acesso ao relatório de averiguações à Fundação D. Pedro IV, feito em 2000 pela Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, o qual não deixa qualquer margem para dúvidas das muitas situações profundamente preocupantes que ali têm ocorrido sob a impassibilidade da tutela.
Depois e relativamente ao conhecido empreendimento de S. Bento ou Edifício Três Reis, cujo terreno foi doado à então SCAIDE (Sociedade das Casas de Apoio à Infância Desvalida) para a construção de equipamentos sociais para a infância, a Fundação obteve, em 1991, a autorização do governo para construir habitações de luxo e comércio, sob condição de, pelo menos, na área original, serem construídos equipamentos sociais para apoio a crianças, jovens e pessoas idosas. Porém, nem isto foi assegurado pela Fundação, violando assim, de forma grosseira, normas legais imperativas. E quem deveria fiscalizar o seu cumprimento, pelos vistos, também nada fez!
E hoje, quando discutimos não apenas a extinção da Fundação D. Pedro IV e a reversão para o Estado de todo o seu património, discutimos também o apuramento de responsabilidades por ilegalidades cometidas pela Fundação.
Seria bom questionar os motivos que levaram a que, exactamente 7 anos depois do relatório da Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, concluído a 21 de Junho de 2000, nenhuma diligência tenha sido desenvolvida pelos governos no sentido de dar execução às propostas que constavam desse relatório, que enumera um sem número de irregularidades e ilegalidades praticadas pela Fundação e que acaba por propor a destituição dos corpos gerentes ou, cumulativamente, a extinção da Fundação.
Aliás, quatro governos depois, o problema não foi resolvido. O Sr. Deputado Miguel Coelho, do Partido Socialista, disse que a extinção levaria cinco ou seis anos. Pois bem, Sr. Deputado, já passaram sete anos! Em vez de ser dada execução ao proposto, ainda houve tempo para, em 2005, transmitir, a título gratuito, para a Fundação D. Pedro IV, um valioso património público, ou seja, 1400 fogos nos Bairros dos Lóios e das Amendoeiras, em Lisboa. É estranho, sobretudo, porque ocorre depois desse relatório, que andou esquecido nas gavetas durante sete anos.
Pelo exposto e por tudo o que vem referido no relatório da Inspecção-Geral, concluído em 2000, Os Verdes entendem que as razões invocadas pela Fundação para a modificação da sua forma institucional, alargamento das actividades de acção social e outras áreas de intervenção, nomeadamente de idosos, habitação protegida, não saíram, infelizmente, do papel. Destas actividades, a Fundação apenas desenvolve actividades na área da infância e, mesmo estas, pouco têm de social, considerando as mensalidades elevadas que afastam as crianças de famílias mais carenciadas.
Ignorando os compromissos assumidos, a Fundação não investiu um cêntimo no alargamento das áreas de intervenção social, apesar do valioso património que lhe foi afecto. O seu investimento recaiu na criação e manutenção de empresas de direito privado no ramo imobiliário, umas e outras com fins estranhos aos fins pelos quais a Fundação se deveria pautar.
Acresce ainda o facto de essas entidades serem geridas por membros do conselho de administração da Fundação, que assim duplicam e acumulam remunerações. Por outro lado, a Fundação, ao contratar, como tem vindo a fazer, os serviços dessas empresas, está a contratar, ainda que indirectamente, com membros dos seus próprios corpos gerentes. São estas ligações, provavelmente, que levaram a que a Fundação, sem qualquer fundamentação, perdoasse a uma dessas empresas uma dívida de 4000 contos.
A tudo isto soma-se o facto de o conselho de administração gerir de forma discricionária a própria Fundação, com dois órgãos — conselho consultivo e conselho social (pelo menos até 2000 nunca haviam reunido) —, e com um membro do conselho fiscal, que é revisor oficial de contas e presta serviços remunerados à Fundação e à mesmíssima empresa a quem a Fundação perdoou a tal dívida.
Como se afirma no relatório da Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, os factos indiciam que a Fundação enganou não só os associados da sua fundadora mas também o Estado português, nunca tendo concretizado as actividades a que se comprometeu e que justificaram a sua criação, apesar de ter meios para o fazer.
Assim, e considerando as conclusões desse relatório, segundo as quais urge pôr cobro a esta situação que repugna no Estado de direito democrático, principalmente por desvirtuar todos os princípios de solidariedade social subjacentes — e qualquer solução que passe pela manutenção da instituição suscita alguma apreensão —, Os Verdes, naturalmente, só podem votar a favor da recomendação hoje em discussão. Não deixando, porém, de fazer o reparo de que, exactamente sete anos volvidos sobre a conclusão do relatório, constatam que tanto o anterior governo como o Governo actual nada fizeram para dar seguimento às propostas que dele fizeram parte.
Zona ribeirinha de Alcântara - Contra soluções "desgarradas"
27/06/2007
"Salas de chuto"
Alterações climáticas
26/06/2007
25/06/2007
Seminário Mediterrânico
Participação e cidadania
Ainda a Fundação D.Pedro IV
- Da Comissão Instaladora (CI) da Associação de Pais D. Pedro IV, que se congratula com a aprovação do ponto 2 que retira à Fundação D. Pedro IV os bairros de Lóios e Amendoeiras mas manifesta também espanto pelo facto de só dois partidos (PCP e Verdes) terem referido os problemas dos sete Estabelecimentos de Infância e do Lar de Idosos.
22/06/2007
Património da Fundação D. Pedro IV reverte para o Estado
A proposta foi aprovada em plenário por iniciativa do PCP que usou o agendamento potestativo de um projecto de resolução que visava também a extinção da Fundação D. Pedro IV e «o apuramento de ilegalidades cometidas em seu nome».
Estes dois pontos foram rejeitados na votação, apesar de o Bloco de Esquerda e o Partido Ecologista Os Verdes apoiarem a extinção da fundação e o apuramento de responsabilidades." (PD, RTP)
21/06/2007
Nova lei eleitoral para as autarquias em negociação
20/06/2007
Novo aeroporto em debate na AML
Ainda a mobilidade sustentável e as bicicletas
Apresentaram, por exemplo, uma recomendação sobre parqueamento de bicicletas, em que nomeadamente se recomendava à Câmara que efectuasse as diligência necessárias necessárias, junto dos diversos operadores em particular do ML, da CP e fluviais (Soflusa e Transtejo), no sentido de vir a ser criado um espaço próprio e seguro para estacionamento de bicicletas perto das entradas das suas estações, permitindo assim a sua integração e articulação com os demais modos de transportes na cidade.
E também outra, sobre ciclovias e percursos pedonais, em que se recomendava a efectiva implementação de uma rede de ciclovias associada à estrutura verde de Lisboa, que desse sequência aos estudos já efectuados no âmbito do protocolo de colaboração entre a própria Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto Superior de Agronomia. A rede proposta abrange cinco eixos prioritários: Frente Ribeirinha Algés – Parque das Nações, Terreiro do Paço – Interface do Campo Grande, Alcântara – Jardim Zoológico, Estação da CP de Benfica – Interface do Campo Grande, Jardim Zoológico – Carnide. Propôs-se, também, o estabelecimento de uma rede permanente de circuitos pedonais.
15/06/2007
Novo nº da Contacto Verde
Tribunal decide a favor dos moradores do Bairro das Amendoeiras
14/06/2007
Vídeos sobre ambiente
Contra a política do betão
12/06/2007
Novo aeroporto na AR
11/06/2007
Criar cidades sustentáveis
Debate sobre a situação da juventude
Esta iniciativa contou com a participação dos Candidatos da CDU à CML - Rita Magrinho, Cláudia Madeira (de "Os Verdes"), João Mendes e Inês Zuber - e com cerca de três dezenas de jovens, e permitiu a troca de ideias e sugestões para a resolução dos problemas dos jovens que vivem, trabalham, e estudam na cidade.
08/06/2007
Espaço público em Lisboa
A situação crítica a que se chegou exige o estabelecimento de um programa de recuperação, necessariamente faseado, em que a prioridade seja equacionada em função do nível de degradação existente, do nível de impacto para a mobilidade e fruição global da cidade e capacidade dos recursos internos municipais, a mobilizar e estruturar com tal objectivo.
A CDU propõe por isso que as intervenções de recuperação do espaço público devem integrar a sua beneficiação e apetrechamento no sentido de servir o maior universo de população com mobilidade condicionada, tendo também em consideração as características do perfil etário da população residente 2.
1. Ver "Uma cidade ao abandono" por Margarida Davim, Sol 2007-06-02, p. 10 e http://jn.sapo.pt/2007/06/07/pais/cdu_exige_solucao_para_feira_popular.html
2. Ver www.dorl.pcp.pt/cdulisboa/index.php?option=com_content&task=view&id=236&Itemid=43
Livro Verde do Transporte Urbano
07/06/2007
III Encontro Nacional de Professores Ecologistas
Sábado, dia 16 de Junho
10h30 - Painel: “O contributo da Escola e dos Professores/Educadores para o sucesso escolar e para a formação da cidadania”.
Oradores:
- Almerindo Janela Afonso - Doutor em Educação, na área de conhecimento de Sociologia da Educação pela Universidade do Minho (UM), onde exerce funções docentes e de investigação
- Mário Nogueira - Secretário-geral da FENPROF
- Francisco Madeira Lopes - Deputado de “Os Verdes” à Assembleia da República e integra a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.
15h - Painel: “À Conversa com Mia Couto” - Biólogo, escritor e um Moçambicano cidadão do mundo.
21h30 - Serão/Espectáculo “Uma noite com o Professor Rómulo de Carvalho e com o Poeta António Gedeão”, com a participação de Máximo Ferreira (Físico e Coordenador Científico) e Ana Maria Dias (Coordenadora Pedagógica) do Centro de Ciência Viva de Constância seguido de um espectáculo musical da autoria de Samuel e Manuel Freire.
Domingo, dia 17 de Junho
Marcha no Parque Ambiental de Constância e visita ao Observatório do Centro de Ciência Viva.
1. Ver informações suplementares em www.osverdes.pt/index01.html
Eficiência energética
Nesta perspectiva, a Quercus e a EDP decidiram no passado dia 29 de Maio, Dia Mundial da Energia, apresentar em Portugal a ferramenta ‘TopTen’ (já existente noutros países europeus) - que pretende orientar o consumidor na escolha de diversos equipamentos, colocando a eficiência energética como critério de selecção fundamental para a aquisição. Esta iniciativa, que pretende demonstrar de que forma os consumos domésticos influenciam as alterações climáticas, e o que cada consumidor pode fazer para melhorar o seu desempenho ambiental, insere-se numa outra de âmbito europeu 1.
A Quercus comprometeu-se ainda a divulgar um inquérito realizado em todo o país que envolveu visitas às grandes superfícies e retalhistas onde se procurou averiguar, para os diferentes electrodomésticos, quais as classes de eficiência energética oferecidas para venda. Recorde-se que a Associação acompanhava já, no seio das famílias, o programa EcoCasa - Casa Virtual de Energia, que pretende tornar a casa mais eficiente ao nível do consumo de energia.
06/06/2007
Dia do Ambiente
O encerramento da campanha de âmbito internacional STOP ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS (que percorreu o país, incluindo Açores e Madeira, chegando a mais de 200 concelhos, e que passou por diversas escolas de Lisboa) levou uma delegação de “Os Verdes” à residencial oficial do Sr. Primeiro-ministro e à Embaixada dos Estados Unidos da América, para entregar, a cada um dos destinatários, os cerca de 20 000 postais assinados pelos participantes nesta campanha (a RTP esteve por lá).
Recorde-se que com a campanha STOP ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, “Os Verdes” pretendem pressionar a administração norte-americana a aderir ao Protocolo de Quioto, manifestar a insatisfação pela política de transportes públicos seguida pelo Governo português e alertar a população para o fenómeno das alterações climáticas, promovendo comportamentos que ajudem a travar este fenómeno.
O litoral, outro dos grandes assuntos ambientais no nosso território, foi também alvo de iniciativas, no âmbito das Jornadas Parlamentares, dedicadas ao “Litoral e Orla Costeira”. "Os Verdes" deslocaram-se a Almada, para reuniões com a presidente da Câmara Municipal de Almada e um representante da Costa Pólis e, ainda, para uma visita à Costa da Caparica juntamente com a Junta de Freguesia da Costa da Caparica e com um representante da Câmara Municipal de Almada, tomando assim conhecimento da realidade no local para a concretização de propostas que irão apresentar na Assembleia da República.
Incineradora sai do Júlio de Matos
A Moção foi votada favoravelmente por todas as forças políticas excepto pelos deputados do PS que votaram contra e nem deram justificação para tal facto 1. Acontece que a pressão do PEV e o destaque dado à notícia na comunicação social 2, levaram o Governo e o Ministério da Saúde a repensar a sua posição e a dar o mal ‘votado por não dito’.
De tal modo que o Expresso on-line de ontem referia já que “a única incineradora de resíduos hospitalares a funcionar no país - nas imediações do Hospital Júlio de Matos, no Parque de Saúde de Lisboa - vai ser transferida para a Chamusca e ficará localizada junto dos futuros Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER), no Eco Parque do Relvão”.
Segundo o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) ainda não está definida a data do encerramento final da incineradora que opera com problemas junto a uma vasta zona residencial em Lisboa. Mas prevê-se que a transferência para a Unidade de Tratamento do Eco Parque do Relvão, na Chamusca, aconteça em 2009.
O processo de transferência da incineradora ainda está a ser estudado. Segundo o secretário de Estado da Saúde, a decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde em articulação com o ministério do Ambiente e inserida no Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde (2007-2013). Este documento foi hoje apresentado pele Ministro do Ambiente numa cerimónia realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Ambiente.
Esta incineradora queima diariamente cerca de seis mil toneladas de resíduos e a sua actividade já foi suspensa várias vezes devido a problemas tais como, ter ultrapassado os valores limite de emissão de poluentes nocivos para a saúde pública. O último encerramento aconteceu em Março por ordem da Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT), após detectar emissões de dioxinas e de furanos 30 vezes acima do limite admissível. Mas já fora fechada também em Novembro e em Junho de 2006, na sequência de uma explosão numa das caldeiras. Os resíduos foram então exportados para tratamento na Alemanha e em Espanha. Entretanto, desde inícios de Abril, a incineradora voltou a entrar em funcionamento (com emissões abaixo dos limites legais), mas mantendo uma licença provisória de actividade 3.
Depois de várias peripécias que colocaram em risco a saúde dos moradores, e no Dia Mundial do Ambiente, o Ministério deu a mão à palmatória, ouvindo as propostas de "Os Verdes". Mais vale tarde do que nunca. Pela nossa saúde.
1. Ver http://pev.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=57&Itemid=36
2. Ver “Assembleia Municipal de Lisboa defende novo local para incineradora do Júlio de Matos”, Público 2007-05-16, p. 25
3. Ver http://expresso.clix.pt/Actualidade/Interior.aspx?content_id=397649 e http://dn.sapo.pt/2007/06/06/sociedade/centro_queima_residuos_hospitalares_.html
04/06/2007
Alfama à espera
A reabilitação de que muito se fala e que pouco se tem feito está no programa urgente da CDU.
Ota: ambientalistas defendem reavaliação
Alternativas de transporte
O candidato destacou então que, para que as pessoas deixem os carros em casa e utilizem mais os transportes públicos, é necessário criar mais estacionamento e novos corredores de autocarro, mas sobretudo tem que haver “outra forma das pessoas se relacionarem com a cidade”. Salientou ainda que “com uma frente Tejo assim é uma tentação enorme imaginar uma ciclovia de Belém até ao Parque das Nações”, tendo defendido ser “necessário estudar alternativas” de transporte à utilização de automóvel, e afirmando que “há um conjunto de medidas que têm que ser tomadas (para diminuir a utilização de automóvel), desde logo porque Lisboa é a segunda cidade europeia com piores índices de qualidade de ar” 2.
Poluição atmosférica, ciclovias e estacionamento para bicicletas? Até aqui tudo bem, mas… onde é que já ouvimos isto tudo?
Bem, assim é fácil qualquer candidato fazer um (pré-)programa eleitoral. Basta pegar nas moções já apresentadas por outros e aprovadas por todos os partidos e dizer: ‘eu’ tive uma ideia… alternativa.
1. Ver www.fpcub.pt/portal e ver também www.voudebicicleta.eu/WordPress
2. Ver http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=37682 e www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=817004&div_id=291
3. Ver http://pev.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=20&Itemid=36&limit=9&limitstart=9
03/06/2007
Campanhas e Jornadas parlamentares
Nestas Jornadas, uma delegação de “Os Verdes” que inclui os deputados Francisco Madeira Lopes e Álvaro Saraiva, realizará saídas aos Distritos de Aveiro, Concelho de Ovar (Praia Esmoriz), Coimbra, Concelho de Mira (Praia de Mira) e Setúbal, Concelho de Almada (Costa da Caparica), com o objectivo de visitar locais que há muito evidenciam problemas nesta área.
“Os Verdes” levarão ainda a cabo o encerramento da campanha de âmbito internacional ‘Stop às Alterações Climáticas’, com as últimas visitas e contactos junto de escolas da área de Lisboa no dia 4 de Junho, e a entrega dos postais ao sr. Primeiro-Ministro e também na Embaixada dos EUA, no dia 5 de Junho.
I - (Final da) Campanha ‘Stop às Alterações Climáticas’:
4 de Junho
De manhã, em Vila Franca de Xira, junto à entrada da Escola Secundária do Forte da Casa, Rua da República;
De manhã, em Lisboa, junto à entrada da Escola Secundária de Camões, Praça José Fontana;
De tarde, em Lisboa, junto à entrada da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, Rua Rodrigo da Fonseca.
II - Programa das Jornadas:
4 de Junho
De manhã: Concelho de Ovar, distrito de Aveiro
11h - Visita à Costa de Esmoriz e Praia do Furadouro com a Junta de Freguesia de Esmoriz e a Associação Palheiro Amarelo
12h - Conferência de Imprensa na Praia do Furadouro, junto à Escultura dos Peixes
De tarde: Concelho de Mira, distrito de Coimbra
15h - Visita à Praia de Mira com a Junta de Freguesia da Praia de Mira
16h30 - Conferência de Imprensa na Praia de Mira, junto à Estátua do Pescador
5 de Junho
De manhã - Campanha ‘Stop às Alterações Climáticas’, Lisboa
10h30 - Entrega de postais na residência oficial do Primeiro-Ministro, Rua da Imprensa à Estrela, Lisboa
12h - Entrega de postais na Embaixada dos EUA, Av. das Forças Armadas, Lisboa
De tarde - Concelho de Almada, distrito de Setúbal
15h - Reunião com Câmara Municipal de Almada
16h30 - Visita à Costa da Caparica juntamente com a Junta de Freguesia da Costa da Caparica e com um representante da Câmara Municipal de Almada (ponto de encontro à porta do Parque do Clube de Campismo de Lisboa, na Costa da Caparica, às 16h45)
6 de Junho
14h30 - Conferência de imprensa para apresentação das conclusões finais das Jornadas Parlamentares e das iniciativas legislativas propostas por “Os Verdes” sobre esta temática, a decorrer na Sala de Imprensa da Assembleia da República.
1. Ver www.osverdes.pt/index01.html
02/06/2007
Novo nº da Contacto Verde
“Sgt. Pepper’s” revisitado
Os grupos Oasis, The Killers, Travis, Razorlight e Kaiser Chiefs, entre outros, participam no novo disco, que será gravado com o mesmo equipamento de estúdio usado no álbum original.
Lançado a 1 de Junho de 1967, ‘Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band’ inclui sucessos intemporais como ‘With a little help from my friends’, ‘Lucy in the sky with Diamonds’ ou ‘When I'm sixty-four’ ou ‘Day in Life’, e foi eleito o melhor álbum dos que alcançaram o primeiro lugar dos ‘tops’, quer numa sondagem feita pela BBC o ano passado, quer noutra realizada pela consagrada revista ‘Rolling Stone’.
Hoje, dia 2 de Junho, a emissora pública britânica rádio BBC divulgará o novo disco, tendo a directora encarregada do projecto, Lesley Douglas, considerado que “não se tratará apenas de um acontecimento radiofónico único, mas de um momento musical muito especial”. “A variedade e qualidade dos músicos envolvidos garantirá um tributo adequado a um dos grandes discos da História” pelo melhor grupo de sempre 1.
Mesmo decorridos 40 anos. Uma discografia insuperável. It was fourty years ago today... 2
1. Ver http://sic.sapo.pt/online/noticias/cartaz/20070407+Album+dos+Beatles+revisitado.htm com Lusa
2. Ouvir www.thebeatles.com ; ver www.thebeatles.com/sgtpepper
Não às portagens à entrada de Lisboa
Esta é uma posição por várias vezes repetida pelos eleitos de “Os Verdes”, por exemplo, quer em intervenções (Heloísa Apolónia, na A.R.), ou em entrevistas públicas (Sobreda Antunes, na AMLisboa).
Numa sessão plenária a deputada afirmou: “... A mobilidade urbana e a promoção do transporte público, com eventual desistência do transporte privado. Já ouvi o Sr. Ministro do Ambiente referir que uma das medidas que o Governo está a ponderar seriamente é a introdução de portagens à entrada dos grandes centros urbanos. Ora, nós já temos esse exemplo implementado em Lisboa, na Ponte 25 de Abril. Ou seja, temos o modelo de portagens numa determinada zona de Lisboa - único acesso para algumas pessoas e localidades da margem sul - que bem se vê que não tem qualquer efeito relativamente ao objectivo que o Governo pretende, isto é, não houve redução do transporte individual à entrada da Ponte 25 de Abril por causa das portagens que aí existem (...) esta medida, que, na nossa perspectiva, só trará custos sociais e não tem qualquer impacto, em termos de relevância ambiental e daquilo que nos proporíamos atingir, que seria, justamente, a diminuição do transporte individual nos grandes centros urbanos” 2.
Também o deputado de “Os Verdes” na AML questionou “a justiça e os reais impactes desta medida (introdução de portagens), não apenas ambientais como sociais e económicos, sugerindo alternativas”. Recordou que as Câmaras “investiram na construção de vários parques de estacionamento, fizeram aprovar taxas de estacionamento, à superfície e subterrâneo, e precisam da colecta das ‘moedinhas’. Quantas mais entrarem na máquina, melhor para os seus depauperados orçamentos”. E conclui que esta medida seria socialmente injusta e discriminatória, porque “impostos, são sempre os mesmos a pagá-los” 3.
Porque não incentivar “o uso do transporte colectivo, movido a energias mais limpas”? Porque se adia a implementação das tão reclamadas Autoridades Metropolitanas de Transportes, como já constava do Programa da CDU, em 2005? Citamos: “Como medida global, deverá ser reformulada a Autoridade Metropolitana de Transportes, criando uma estrutura não-governamentalizada que concretize a participação efectiva das Autarquias, dos trabalhadores e dos utentes, e que exerça um papel na organização e coordenação dos vários operadores dos transportes públicos” 4.
Esperamos também que os outros candidatos definam posições sobre esta questão fulcral para os lisboetas e quem a cidade visita.
1. Ver http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1295653&idCanal=59
2. Diário da AR nº 77, de 2006-01-14.
3. Ver "Portagens do nosso descontentamento", Contacto Verde nº 13, no URL www.osverdes.pt/contactov.asp?edt=13&art=135
Prioridades actuais para a Cidade
- Sanear as Finanças Municipais e devolver a credibilidade à Câmara de Lisboa;
- Reestruturar os Serviços e Empresas Municipais, motivando os trabalhadores, simplificando circuitos burocráticos, colocando a máquina municipal ao serviço da Cidade;
- Planear a Cidade, avançando com a revisão do Plano Director Municipal, e travar os negócios e urbanizações feitas ao abrigo das alterações simplificadas;
- Ordenar e responder com urgência aos problemas do Espaço Público (calçadas, jardins, iluminação, barreiras arquitectónicas);
- Dar prioridade à reabilitação urbana, utilizando o parque habitacional municipal para manter e trazer mais jovens a morar em Lisboa;
- Dar prioridade ao transporte público e definir medidas para alterar a estrutura da Autoridade Metropolitana de Transportes;
- Exigir a discussão aprofundada da localização do novo Aeroporto, de forma a defender a economia de Lisboa;
- Definir uma política integrada para os bairros municipais que responda aos problemas das suas populações;
- Dar prioridade às políticas sociais da CML, definindo e incrementando uma rede social de apoio aos mais carenciados;
- Definir com o Governo um plano de renovação e construção do parque escolar;
- Promover uma política ambiental activa, seja na preservação de Monsanto, corredor ecológico e estrutura verde da Cidade, seja no tratamento de esgotos ou na qualidade do ar e no cumprimento da Lei do Ruído;
- Definir, com associações e colectividades, uma política cultural e desportiva para Lisboa, alicerçada nos criadores e agentes desportivos e culturais;
- Retomar políticas de envolvimento da Juventude na vida da Cidade;
- Desenvolver políticas de descentralização e colaboração com as Juntas de Freguesia, no sentido de dar resposta aos problemas quotidianos da Cidade;
- Reafirmar a necessidade de criação da Região de Lisboa, como forma de resolver os problemas de cariz metropolitano.
Ontem como hoje, o mesmo caminho, norteado pelos mesmos princípios, porque Lisboa não é uma causa perdida. Mas precisa de uma gestão transparente e competente, em que a defesa do serviço público prevaleça na gestão municipal, com uma ligação permanente aos trabalhadores e às populações, reforçando a democracia participada e a defesa do serviço público, garanta a prioridade do interesse público sobre os interesses particulares, promova e defenda os interesses e direitos da população, nomeadamente das classes e camadas mais desprotegidas e das pessoas com deficiência.
01/06/2007
Mobilidade e transportes em Lisboa
Os estudos técnicos e outros elementos disponíveis vão na sua quase totalidade contra a localização do novo Aeroporto Internacional de Lisboa na Ota, tais como custos elevadíssimos, características do terreno (tipo de solo, orientação do vento, Serra de Montejunto, aquíferos), tempo de vida útil relativamente baixo para o alto investimento, distância em relação a Lisboa, etc.
O Governo escolheu um modelo de financiamento, construção e exploração, como parte integrante para a privatização da ANA, para o qual contribui a localização escolhida. O PCP defende que, face à fragilidade dos argumentos que suportam a decisão da localização na Ota, o seguinte:
- O aprofundamento de outras soluções e os respectivos estudos;
- A integração desta infra-estrutura num Plano Nacional de Transportes:
- A sua articulação com o desenvolvimento das plataformas logísticas;
- A sua localização em terrenos de posse pública;
- Um modelo de financiamento, construção, gestão e exploração totalmente público, assumindo a ANA, como empresa pública, um papel central neste processo;
- A sua integração no desenvolvimento e ordenamento do território da Área Metropolitana de Lisboa;
- A salvaguarda o fim público dos actuais terrenos do aeroporto da Portela, como instrumento de requalificação urbana, social e ambiental da cidade de Lisboa;
- A aceleração das obras de ampliação em curso no aeroporto da Portela e das respectivas acessibilidades, nomeadamente o metropolitano 1.
Seis anos de política do PSD associado ao CDS/PP e com o apoio do PS nas medidas mais importantes e estruturantes, conduziram a cidade ao estado caótico em que se encontra, tornando a vida de quem habita e trabalha em Lisboa num inferno. Foram seis anos de degradação do espaço público e da mobilidade, com problemas ao nível do planeamento, piores transportes, pior estacionamento e piores acessibilidades. Sobre a estratégia da CDU ver as “Propostas para a Mobilidade e Transportes em Lisboa” 2.
Biocombustíveis e energias renováveis
Outra organização internacional, a ‘Friends of the Earth’, estima que 87% do desflorestamento da Malásia, ocorrido em 1985 e 2000, tenha sido provocado pelo crescimento de culturas de palma, usada para a produção de biodiesel, e advertiu para os estragos causados pela expansão da produção de matérias-primas destinadas à obtenção de combustíveis verdes.
A tese do ‘Biofuelwatch’ é tão polémica quanto a que foi defendida num estudo de 93 páginas divulgado recentemente pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD), sedeado em Winnipeg, no Canadá. Segundo o levantamento do IISD, intitulado ‘Biocombustíveis a que preço?’, os contribuintes norte-americanos pagam cerca de sete mil milhões de dólares (cerca de cinco mil milhões de euros) por ano em subsídios à indústria de biocombustíveis líquidos, valor equivalente ao que a Casa Branca dá às produções de acúçar e algodão, juntas 1.
Também Fidel Castro havia já alertado para o problema, acusando que “o império havia lançado ao mundo a palavra-de-ordem de produzir biocombustíveis para libertar os Estados Unidos, o maior consumidor mundial de energia, de qualquer dependência externa em matéria de hidrocarbonetos.”.
No acordo com o Instituto estes fundos poderiam ser muito melhor aproveitados se fossem usados para desenvolvimento de tecnologias protectores do meio ambiente e de outras fontes de energia.
1. Ver “Infinita” nº 20 (Jun. 2007), p. 64
2. Ver “O que se impõe de imediato é uma Revolução Energética” IN www.resistir.info/energia/fidel_biocombustiveis.html