A União das Associações de Comércio e Serviços (UACS) defendeu, para a revitalização do comércio na Baixa-Chiado, uma aposta no estacionamento, com a construção de mais parques, que afirma fazerem falta ao comércio.
O candidato do PS à CML veio ontem responder que “não é por se fazer mais um parque de estacionamento que vão mais pessoas fazer compras para a Baixa”, manifestando-se contra a introdução de portagens à entrada da cidade, preferindo desviar da Baixa o trânsito que a atravessa em direcção à Expo e a Belém. “Não sou favorável, penso que há outras formas de regular o trânsito. Até porque grande parte das entradas em Lisboa já é portajada e não foi isso que resolveu o problema” 1.
Esta é uma posição por várias vezes repetida pelos eleitos de “Os Verdes”, por exemplo, quer em intervenções (Heloísa Apolónia, na A.R.), ou em entrevistas públicas (Sobreda Antunes, na AMLisboa).
Numa sessão plenária a deputada afirmou: “... A mobilidade urbana e a promoção do transporte público, com eventual desistência do transporte privado. Já ouvi o Sr. Ministro do Ambiente referir que uma das medidas que o Governo está a ponderar seriamente é a introdução de portagens à entrada dos grandes centros urbanos. Ora, nós já temos esse exemplo implementado em Lisboa, na Ponte 25 de Abril. Ou seja, temos o modelo de portagens numa determinada zona de Lisboa - único acesso para algumas pessoas e localidades da margem sul - que bem se vê que não tem qualquer efeito relativamente ao objectivo que o Governo pretende, isto é, não houve redução do transporte individual à entrada da Ponte 25 de Abril por causa das portagens que aí existem (...) esta medida, que, na nossa perspectiva, só trará custos sociais e não tem qualquer impacto, em termos de relevância ambiental e daquilo que nos proporíamos atingir, que seria, justamente, a diminuição do transporte individual nos grandes centros urbanos” 2.
Também o deputado de “Os Verdes” na AML questionou “a justiça e os reais impactes desta medida (introdução de portagens), não apenas ambientais como sociais e económicos, sugerindo alternativas”. Recordou que as Câmaras “investiram na construção de vários parques de estacionamento, fizeram aprovar taxas de estacionamento, à superfície e subterrâneo, e precisam da colecta das ‘moedinhas’. Quantas mais entrarem na máquina, melhor para os seus depauperados orçamentos”. E conclui que esta medida seria socialmente injusta e discriminatória, porque “impostos, são sempre os mesmos a pagá-los” 3.
Porque não incentivar “o uso do transporte colectivo, movido a energias mais limpas”? Porque se adia a implementação das tão reclamadas Autoridades Metropolitanas de Transportes, como já constava do Programa da CDU, em 2005? Citamos: “Como medida global, deverá ser reformulada a Autoridade Metropolitana de Transportes, criando uma estrutura não-governamentalizada que concretize a participação efectiva das Autarquias, dos trabalhadores e dos utentes, e que exerça um papel na organização e coordenação dos vários operadores dos transportes públicos” 4.
Esperamos também que os outros candidatos definam posições sobre esta questão fulcral para os lisboetas e quem a cidade visita.
Esta é uma posição por várias vezes repetida pelos eleitos de “Os Verdes”, por exemplo, quer em intervenções (Heloísa Apolónia, na A.R.), ou em entrevistas públicas (Sobreda Antunes, na AMLisboa).
Numa sessão plenária a deputada afirmou: “... A mobilidade urbana e a promoção do transporte público, com eventual desistência do transporte privado. Já ouvi o Sr. Ministro do Ambiente referir que uma das medidas que o Governo está a ponderar seriamente é a introdução de portagens à entrada dos grandes centros urbanos. Ora, nós já temos esse exemplo implementado em Lisboa, na Ponte 25 de Abril. Ou seja, temos o modelo de portagens numa determinada zona de Lisboa - único acesso para algumas pessoas e localidades da margem sul - que bem se vê que não tem qualquer efeito relativamente ao objectivo que o Governo pretende, isto é, não houve redução do transporte individual à entrada da Ponte 25 de Abril por causa das portagens que aí existem (...) esta medida, que, na nossa perspectiva, só trará custos sociais e não tem qualquer impacto, em termos de relevância ambiental e daquilo que nos proporíamos atingir, que seria, justamente, a diminuição do transporte individual nos grandes centros urbanos” 2.
Também o deputado de “Os Verdes” na AML questionou “a justiça e os reais impactes desta medida (introdução de portagens), não apenas ambientais como sociais e económicos, sugerindo alternativas”. Recordou que as Câmaras “investiram na construção de vários parques de estacionamento, fizeram aprovar taxas de estacionamento, à superfície e subterrâneo, e precisam da colecta das ‘moedinhas’. Quantas mais entrarem na máquina, melhor para os seus depauperados orçamentos”. E conclui que esta medida seria socialmente injusta e discriminatória, porque “impostos, são sempre os mesmos a pagá-los” 3.
Porque não incentivar “o uso do transporte colectivo, movido a energias mais limpas”? Porque se adia a implementação das tão reclamadas Autoridades Metropolitanas de Transportes, como já constava do Programa da CDU, em 2005? Citamos: “Como medida global, deverá ser reformulada a Autoridade Metropolitana de Transportes, criando uma estrutura não-governamentalizada que concretize a participação efectiva das Autarquias, dos trabalhadores e dos utentes, e que exerça um papel na organização e coordenação dos vários operadores dos transportes públicos” 4.
Esperamos também que os outros candidatos definam posições sobre esta questão fulcral para os lisboetas e quem a cidade visita.
1. Ver http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1295653&idCanal=59
2. Diário da AR nº 77, de 2006-01-14.
3. Ver "Portagens do nosso descontentamento", Contacto Verde nº 13, no URL www.osverdes.pt/contactov.asp?edt=13&art=135
4. Programa “Soluções para Lisboa : primeiro a Cidade”. Ver também http://pcp.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=blogsection&id=9&Itemid=40
1 comentário:
Vocês insistem!
temos o modelo de portagens numa determinada zona de Lisboa - único acesso para algumas pessoas e localidades da margem sul - que bem se vê que não tem qualquer efeito relativamente ao objectivo que o Governo pretende, isto é, não houve redução do transporte individual à entrada da Ponte 25 de Abril por causa das portagens que aí existem
NÃO HOUVE REDUÇÃO? Mas que história é esta?? Não houve redução em relação a quê? A situação de portagens sempre existiu, por isso não reduziu em relação a quê?
Não vêem que este argumento é tão absurdo como dizer que as aspirinas não fazem nada à dores de cabeça, porque conhecem alguém que toma aspirinas todos os dias e mesmo assim tem dores de cabeça?
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