Boa tarde
Amigos e Companheiros
Em
nome do Partido Ecologista «Os Verdes» quero, em primeiro lugar, saudar os
nossos parceiros na CDU, o Partido Comunista Português, a Intervenção
Democrática, e todos os independentes. Todos os que dignificam este grande
projecto, sem esquecer a Juventude CDU e a força e capacidade dos jovens que
reforçam a nossa Coligação Democrática Unitária.
Este
nosso encontro ocorre numa altura difícil para a generalidade dos portugueses,
numa altura em que pelas previsões do Governo, já estaríamos melhor. Mas não
estamos!
Temos
um país marcado pela pobreza, pela emigração forçada, pelo desemprego e por uma
dívida impossível de pagar da forma como nos está a ser imposta. É
absolutamente necessário começarmos a produzir, para criarmos riqueza e
podermos pagar a dívida, renegociada nos seus montantes, prazos e juros. Quem
não produz, não consegue pagar rigorosamente nada e é por isso que estamos cada
vez mais empobrecidos e cada vez mais endividados.
E como
é que chegámos aqui? Quem nos colocou nesta situação?
PS,
PSD e CDS, alternados há 40 anos no Governo, têm essa responsabilidade, e não
tenhamos dúvidas: quem provocou isto não tem interesse em resolver os problemas
criados e entretanto agravados.
E como
o Partido Socialista, no essencial, é mais um braço do que PSD e CDS fazem no
Governo, Lisboa é duplamente penalizada: sofre as consequências das políticas
destrutivas do Governo e António Costa na Câmara dá continuidade a estas mesmas
políticas.
E
desengane-se quem ainda tiver uma réstia de esperança no Partido Socialista,
porque António Costa, pelo que tem feito na cidade, já deixou bem claro, o que
vai querer fazer no país, se o permitirem.
O PS
em Lisboa não tem conseguido resolver os problemas das pessoas, porque não está
próximo delas e porque outros interesses falam mais alto. Não se pode governar apenas
para quem visita a cidade, desprezando quem cá vive todos os dias.
E que
têm feito António Costa e os seus vereadores nos últimos anos e muito
concretamente neste último ano e meio?
–
Fazem descentralizações, transferências e reestruturações sem a mínima
preocupação com os munícipes e com trabalhadores, porque independentemente do
que lhe chamem, estamos perante uma destruição dos serviços e dos postos de
trabalho com direitos. Esvazia-se a Câmara e depois são os dinheiros públicos a
pagar a terceiros o que esta podia e devia fazer.
– Continuam a destruição do Parque Florestal
de Monsanto, como se de um banco de terrenos se tratasse. Há lugar para tudo
menos para a sua preservação. A proposta mais recente é para unidades
hoteleiras e de restauração, vedando o espaço que é de todos nós para ser usado
só por alguns. E tudo isto, com o maior secretismo e sem passar pela Assembleia
Municipal.
-
Encerram serviços essenciais para a cidade e o PS nada diz ou reivindica,
permitindo que o Governo continue a delapidar a cidade.
- Não
nos podemos esquecer que também foi António Costa que iniciou o trágico processo
de extinção de freguesias e que permitiu ao Governo privatizar a TAP.
- O PS
continua a favorecer a especulação imobiliária, como se em vez de Presidente da
Câmara fosse um agente imobiliário.
-
Lembrou-se agora de chamar a si a Carris e o Metro, quando, durante anos nunca
quis saber do estado dos transportes e da destruição deste serviço público
essencial.
Então,
mas para quê? É que até hoje, ainda não foi capaz de explicar para que quer
gerir os transportes e já não convence ninguém que seja para travar a
privatização.
Companheiros,
sobre
estes assuntos e muitos outros, sobre tudo o que tem afectado a vida das
pessoas, «Os Verdes» têm apresentado propostas e defendido o que é melhor para os
lisboetas.
«Os
Verdes» e a CDU têm denunciado situações, questionado o executivo, apresentado
propostas, temos feito tudo o que está ao nosso alcance para melhorar a
qualidade de vida em Lisboa.
Aliás,
este Encontro vem confirmar o vasto e notável património construído pela CDU e o
nosso compromisso colectivo com a cidade e com o país. Vem comprovar que é aqui
que residem as soluções para uma vida melhor.
Na
cidade e no país é preciso dar mais força à CDU!
E, por
isso mesmo, retomamos a CDU para as próximas eleições legislativas e este é um
bom momento para relembrar o que significa a CDU:
A CDU
é a confirmação da capacidade de união de esforços e de convergência da
verdadeira esquerda. Da esquerda que tem valores de grande solidariedade, de justiça
social, de dedicação e de empenho no desenvolvimento do país.
E é
por isso que defendemos para Lisboa e para o país, dignidade de vida para todos
e o desenvolvimento da sociedade assente em valores sociais, ambientais e
económicos.
Todos
reconhecem, até os nossos adversários, mas é importante reforçar que não
dizemos uma coisa no plano autárquico e outra, por exemplo, na Assembleia da
República. Connosco nunca verão o que se vê noutras forças políticas: defender
um projecto a nível local e depois votar contra ele no Parlamento.
O país
e Lisboa não precisam de autarcas que desistam de lutar, que sejam insensíveis
a tudo o que se passa à nossa volta, ou que estejam claramente colados aos
interesses dos privados e da troika.
Lisboa
precisa de autarcas que sejam porta-vozes das consequências desastrosas destas
políticas e que se empenhem na luta contra estas opções.
De
autarcas que se oponham à privatização da água e da EGF, ao encerramento de
serviços públicos, que se oponham ao aumento do IVA, que se oponham à lei dos
despejos e à destruição dos transportes públicos colectivos.
De
quem seja transparente e coerente, que lute pela justiça, de quem não aceite
fazer enriquecer os grandes grupos económicos a troco do empobrecimento dos
portugueses. Estes são os autarcas da CDU, sem dúvida!
Companheiros,
Os
Verdes estão, como sempre estiveram, empenhados em contribuir para uma
sociedade mais justa, mais desenvolvida, humanizada e sustentável.
Sabemos
das dificuldades que nos esperam mas isso não nos desanima, dá-nos força para
congregar esforços na luta contra estas políticas desastrosas que estão a
arruinar o país porque cada um de nós é importante nesta luta. As eleições
legislativas deste ano ganham especial importância exactamente por isso. Porque
é uma oportunidade de dar mais voz à CDU e de rasgar com este caminho de
austeridade, abrindo um novo caminho de esperança e de mudança. Porque, em
Lisboa como no país, o tempo é de alternativa e não de alternâncias.
A CDU
é a alternativa!
Viva
Lisboa!
Viva a
CDU!
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