A crise alimentar que se vive é claramente especulativa e os transgénicos nada podem ajudar para a ultrapassar, disse ontem no Porto Margarida Silva da Plataforma Transgénicos Fora.
“As vantagens dos organismos geneticamente modificados (OGM-Organismos Geneticamente Modificados) só existem para as grandes multinacionais que vendem as sementes”, acrescentou à margem do debate “Serão os OGM uma opção sustentável?” em Serralves. “Basta olhar para os lucros descomunais que as multinacionais de agroquímica estão a ter neste período em que enfrentamos uma crise alimentar mundial para perceber que têm vantagem em que se produzam e consumam transgénicos”.
A activista referiu que até 2020, segundo a meta que a União Europeia estabeleceu, todos têm que estar a usar nos transportes 10% de combustível agrícola, frisando que “no futuro vamos ter que escolher se queremos abastecer o carro ou se queremos abastecer o estômago”. “A partir do momento em que os dois grandes blocos económicos mundiais, EUA e União Europeia, dizem que a comida vai passar a ser combustível, ela passa a ser tão especulada como o petróleo”, justificando assim a crise alimentar actual.
Margarida Silva apontou o dedo ao Governo dizendo que “não existe clareza nem força política da parte do governo português que tire o país da rota de colisão”, explicando que os transgénicos em nada podem ajudar a que Portugal recupere a sua competitividade económica. A activista salientou ainda que esta semana houve um debate em Bruxelas, entre os 27 comissários, de orientação sobre qual deveria ser a estratégia para enfrentar a crise, “em que mais uma vez foi adiada uma decisão”.
Em Portugal, e na Europa, é proibida a adição de determinados OGM nos alimentos dos animais mas, no entanto, é autorizada a importação de carne de países onde esses mesmos OGM são introduzidos nos alimentos dos animais.
Também para o presidente da Associação dos Produtores de Cereais, apesar da Europa ser regra geral excedentária em cereal “é deficitária em oleaginosas (como a soja e o girassol) necessárias para as rações dos animais”.
“A nível mundial o problema (da especulação) vai manter-se. A questão está mais ou menos controlada em termos europeus, mas em termos mundiais vai continuar a existir com o aumento da procura na China e na Índia e com os biocombustíveis nos Estados Unidos da América", sustentou.
“As vantagens dos organismos geneticamente modificados (OGM-Organismos Geneticamente Modificados) só existem para as grandes multinacionais que vendem as sementes”, acrescentou à margem do debate “Serão os OGM uma opção sustentável?” em Serralves. “Basta olhar para os lucros descomunais que as multinacionais de agroquímica estão a ter neste período em que enfrentamos uma crise alimentar mundial para perceber que têm vantagem em que se produzam e consumam transgénicos”.
A activista referiu que até 2020, segundo a meta que a União Europeia estabeleceu, todos têm que estar a usar nos transportes 10% de combustível agrícola, frisando que “no futuro vamos ter que escolher se queremos abastecer o carro ou se queremos abastecer o estômago”. “A partir do momento em que os dois grandes blocos económicos mundiais, EUA e União Europeia, dizem que a comida vai passar a ser combustível, ela passa a ser tão especulada como o petróleo”, justificando assim a crise alimentar actual.
Margarida Silva apontou o dedo ao Governo dizendo que “não existe clareza nem força política da parte do governo português que tire o país da rota de colisão”, explicando que os transgénicos em nada podem ajudar a que Portugal recupere a sua competitividade económica. A activista salientou ainda que esta semana houve um debate em Bruxelas, entre os 27 comissários, de orientação sobre qual deveria ser a estratégia para enfrentar a crise, “em que mais uma vez foi adiada uma decisão”.
Em Portugal, e na Europa, é proibida a adição de determinados OGM nos alimentos dos animais mas, no entanto, é autorizada a importação de carne de países onde esses mesmos OGM são introduzidos nos alimentos dos animais.
Também para o presidente da Associação dos Produtores de Cereais, apesar da Europa ser regra geral excedentária em cereal “é deficitária em oleaginosas (como a soja e o girassol) necessárias para as rações dos animais”.
“A nível mundial o problema (da especulação) vai manter-se. A questão está mais ou menos controlada em termos europeus, mas em termos mundiais vai continuar a existir com o aumento da procura na China e na Índia e com os biocombustíveis nos Estados Unidos da América", sustentou.
Ver Lusa doc nº 8305342, 08/05/2008 - 19:27
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