Esta semana, a Agência Lusa fez eco da notícia de que a Câmara de Paris, dirigida por uma maioria socialista e ecologista, adoptara um plano para fazer baixar em 40 por cento a circulação automóvel na capital francesa até 2020.
O plano, elaborado pela equipa do presidente da Câmara, Bertrand Delanoe, que declarou guerra aos engarrafamentos e à poluição, foi aprovado segunda-feira com os votos da esquerda e dos Verdes. Segundo o autarca, o projecto deverá permitir uma diminuição em 60 por cento das emissões de gases para a atmosfera até 2020. O plano prevê uma diminuição substancial do número de lugares de estacionamento para automóveis, acompanhada de uma nítida melhoria dos transportes públicos.
Como? Com circulares nas colinas? Com mais estacionamentos subterrâneos no centro de Paris? Com portagens para se entrar na Cidade da Luz?
Não! Bem pelo contrário.
Deverá ser dada prioridade aos transportes públicos e às bicicletas, estando prevista a extensão da rede de eléctrico na capital francesa, bem como o encerramento de vias ao transporte individual. Até ao Verão, deverão ser disponibilizadas cerca de 14 mil bicicletas, através de aluguer por uma módica quantia.
É claro que entre os detractores do plano figuram numerosos utilizadores da viatura particular que habitam em Paris ou na região parisiense, preocupados com uma longa demora no seu trajecto diário entre o domicílio e o trabalho.
Também contactada pela agência Lusa, a vereadora da Mobilidade na Câmara Municipal de Lisboa, afirmou que a capital portuguesa tem algumas "dificuldades agravadas" face a Paris, ao nível de poderes de intervenção nesta área, pois "em Lisboa, temos poderes muito limitados no que concerne à mobilidade", esclarecendo que a Câmara apenas tem poder sobre a via pública e o estacionamento, competindo os transportes ao Governo.
A realidade de Paris é bem diferente, pois além do município ter também competências sobre a via pública e o estacionamento, já existe uma Autoridade de Transportes (STIF), "onde o concelho de Paris tem uma posição dominante". Em Paris, além de uma grande rede de Metro, os autocarros têm níveis de frequência muito elevados, enquanto "os nossos ainda são muito lentos". Para a vereadora, qualquer política de mobilidade destinada a combater a poluição atmosférica deve incidir numa aposta clara no transporte público e penalização do individual.
Lisboa precisa por isso que se aposte mais na penalização do estacionamento à superfície. "É preciso apostar ainda muito no transporte público nas zonas urbanas. O que se tem gasto em investimento no transporte público em Lisboa é muito pouco", criticou, defendendo estas e outras medidas antes de se pensar em colocar portagens nas cidades, como admitiu recentemente o Governo.
O plano, elaborado pela equipa do presidente da Câmara, Bertrand Delanoe, que declarou guerra aos engarrafamentos e à poluição, foi aprovado segunda-feira com os votos da esquerda e dos Verdes. Segundo o autarca, o projecto deverá permitir uma diminuição em 60 por cento das emissões de gases para a atmosfera até 2020. O plano prevê uma diminuição substancial do número de lugares de estacionamento para automóveis, acompanhada de uma nítida melhoria dos transportes públicos.
Como? Com circulares nas colinas? Com mais estacionamentos subterrâneos no centro de Paris? Com portagens para se entrar na Cidade da Luz?
Não! Bem pelo contrário.
Deverá ser dada prioridade aos transportes públicos e às bicicletas, estando prevista a extensão da rede de eléctrico na capital francesa, bem como o encerramento de vias ao transporte individual. Até ao Verão, deverão ser disponibilizadas cerca de 14 mil bicicletas, através de aluguer por uma módica quantia.
É claro que entre os detractores do plano figuram numerosos utilizadores da viatura particular que habitam em Paris ou na região parisiense, preocupados com uma longa demora no seu trajecto diário entre o domicílio e o trabalho.
Também contactada pela agência Lusa, a vereadora da Mobilidade na Câmara Municipal de Lisboa, afirmou que a capital portuguesa tem algumas "dificuldades agravadas" face a Paris, ao nível de poderes de intervenção nesta área, pois "em Lisboa, temos poderes muito limitados no que concerne à mobilidade", esclarecendo que a Câmara apenas tem poder sobre a via pública e o estacionamento, competindo os transportes ao Governo.
A realidade de Paris é bem diferente, pois além do município ter também competências sobre a via pública e o estacionamento, já existe uma Autoridade de Transportes (STIF), "onde o concelho de Paris tem uma posição dominante". Em Paris, além de uma grande rede de Metro, os autocarros têm níveis de frequência muito elevados, enquanto "os nossos ainda são muito lentos". Para a vereadora, qualquer política de mobilidade destinada a combater a poluição atmosférica deve incidir numa aposta clara no transporte público e penalização do individual.
Lisboa precisa por isso que se aposte mais na penalização do estacionamento à superfície. "É preciso apostar ainda muito no transporte público nas zonas urbanas. O que se tem gasto em investimento no transporte público em Lisboa é muito pouco", criticou, defendendo estas e outras medidas antes de se pensar em colocar portagens nas cidades, como admitiu recentemente o Governo.
Será que portagens, mais túneis e circulares nas colinas são a solução para Lisboa? Melhores transportes públicos, rede de eléctricos e de bicicletas, venham eles.
Fonte: LUSA, Notícia SIR-8751424
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