Mais de 9 meses depois da abertura do Túnel do Marquês a 25 de Abril de 2007, números disponibilizados pelo Departamento de Tráfego da CML mostram um aumento significativo no total de carros a circular no centro de Lisboa.
Onde está o espanto? Mais vias servem sempre para fazer circular mais carros, acabando por trazer mais poluição à mais poluída cidade portuguesa. Fica assim refutada a garantia do ex-presidente da CML, na altura da inauguração, de que o Túnel retiraria 50 mil carros do ‘coração’ de Lisboa.
Por exemplo, a Avenida Duarte Pacheco - entrada do Túnel junto às Amoreiras - é onde se nota o maior aumento.. Antes do Túnel entravam por aqui 1.350 carros às 8h da manhã; agora são 3.850, quase três vezes mais. A Avenida da Liberdade, junto ao Marquês, no sentido sul/norte, chega aos 2.500 veículos pelas 8h, quando eram menos de mil. As Ruas Conde Redondo/Alexandre Herculano, que desembocam na Avenida da Liberdade, duplicou o número de viaturas à hora de ponta. Também na Avenida Fontes Pereira de Melo, no sentido sul/norte, duplicou os carros na hora de ponta matinal.
Por outro lado, os números indicam uma maior fluidez do trânsito, descongestionando outras ruas, pelo que essa mesma fluidez levou a que os condutores se sentissem mais confortáveis a trazer os seus carros, aumentando o volume de tráfego na capital e, consequentemente, o nível de poluição.
Este aumento de afluência de automóveis deve-se ao facto de os condutores terem verificado ser deste modo mais rápido chegar aos seus destinos do que usarem os transportes públicos 1, que cada vez tem uma menor frequência de passagem. Com efeito, é a própria Carris quem tem vindo a encurtar carreiras ao sabor da expansão das linhas do Metro.
Que o diga, em Lisboa, o Movimento de Utentes da Carris, que apontam o dedo à empresa e ao Governo pela concretização da “famigerada” Rede 7, no âmbito da qual foram feitas alterações aos percursos, acusando-os de “isolarem cada vez mais as populações” 2.
Vantagens? Só mesmo para o Governo, que passa a cobrar mais Imposto Único de Circulação Automóvel 3. Para os cidadãos auto-mobilizados persiste a insegurança pedonal. Há alguma dúvida que para o município, infelizmente, o carro prevalece sobre o peão? 4.
Onde está o espanto? Mais vias servem sempre para fazer circular mais carros, acabando por trazer mais poluição à mais poluída cidade portuguesa. Fica assim refutada a garantia do ex-presidente da CML, na altura da inauguração, de que o Túnel retiraria 50 mil carros do ‘coração’ de Lisboa.
Por exemplo, a Avenida Duarte Pacheco - entrada do Túnel junto às Amoreiras - é onde se nota o maior aumento.. Antes do Túnel entravam por aqui 1.350 carros às 8h da manhã; agora são 3.850, quase três vezes mais. A Avenida da Liberdade, junto ao Marquês, no sentido sul/norte, chega aos 2.500 veículos pelas 8h, quando eram menos de mil. As Ruas Conde Redondo/Alexandre Herculano, que desembocam na Avenida da Liberdade, duplicou o número de viaturas à hora de ponta. Também na Avenida Fontes Pereira de Melo, no sentido sul/norte, duplicou os carros na hora de ponta matinal.
Por outro lado, os números indicam uma maior fluidez do trânsito, descongestionando outras ruas, pelo que essa mesma fluidez levou a que os condutores se sentissem mais confortáveis a trazer os seus carros, aumentando o volume de tráfego na capital e, consequentemente, o nível de poluição.
Este aumento de afluência de automóveis deve-se ao facto de os condutores terem verificado ser deste modo mais rápido chegar aos seus destinos do que usarem os transportes públicos 1, que cada vez tem uma menor frequência de passagem. Com efeito, é a própria Carris quem tem vindo a encurtar carreiras ao sabor da expansão das linhas do Metro.
Que o diga, em Lisboa, o Movimento de Utentes da Carris, que apontam o dedo à empresa e ao Governo pela concretização da “famigerada” Rede 7, no âmbito da qual foram feitas alterações aos percursos, acusando-os de “isolarem cada vez mais as populações” 2.
Vantagens? Só mesmo para o Governo, que passa a cobrar mais Imposto Único de Circulação Automóvel 3. Para os cidadãos auto-mobilizados persiste a insegurança pedonal. Há alguma dúvida que para o município, infelizmente, o carro prevalece sobre o peão? 4.
1. Ver CManhã 2008-02-04, p. 18-19
2. Ver http://jn.sapo.pt/2008/01/11/pais/utentes_carris_contra_reducao_carrei.html
3. Ver www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MF/Comunicacao/Notas_de_Imprensa/20071219_MEF_Com_IUC.htm
4. Ver http://osverdesemlisboa.blogspot.com/2007/09/o-passeio-do-equvoco.html
1 comentário:
Só mesmo o palhaço do Santana para fazer uma coisa daquelas...
Ainda não acredito que passou pela CML e pelo Governo... E vamos lá a ver se não volta.
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