A água é um recurso escasso. A ONU, que celebrou no passado sábado, dia 22 de Março, o Dia Mundial da Água 1, quer reduzir o número de pessoas sem acesso a água para metade, até 2015. Este objectivo é uma verdadeira corrida contra o tempo e será difícil de alcançar. De um lado, estão as alterações climáticas ou os problemas económicos; do outro, avanços tecnológicos e novas técnicas de gestão.
As crescentes necessidades deste bem estão a colocar outra pergunta: até que ponto existe uma crise mundial no acesso à água potável? A ciência reconhece que a cada 20 segundos, morre uma criança com alguma doença relacionada com a falta de água potável. Isto origina um holocausto anual de 1,5 milhões de vidas. Mais de mil milhões de pessoas têm dificuldades de acesso a água segura e 2,6 mil milhões não dispõem de instalações sanitárias.
No Médio Oriente, por exemplo, a crescente escassez está a preocupar os decisores políticos, pois os aquíferos debilitados e as unidades de dessalinização encontram-se a um terço do necessário, com os governos a terem de reduzir para metade a água agrícola e a apostar na reciclagem. Partes de África estão em situação complicada. O lago Chade abastece 30 milhões de pessoas mas, no espaço de uma geração, encolheu para um décimo do tamanho original, o que é visível em imagens de satélite.
Um estudo publicado na revista Nature aponta para soluções práticas na crise de água no planeta 2. A potável equivale a 3% da que existe na Terra; dois terços dessa água segura encontram-se em glaciares que o aquecimento global está a destruir; a de superfície equivale a menos de 1% da potável, ou 0,03% do total; e só 2% destes 0,03% estão em rios. O estudo alerta que as mudanças climáticas estão a ter impacto na escassez. E o sector da agricultura terá de reduzir o seu consumo, que se calcula seja, nos EUA, de 40% do total de água potável extraída.
A dessalinização é um processo dispendioso em energia e as técnicas de desinfecção causam problemas ambientais. Mas o problema é também económico, com os países pobres a sofrerem mais. A falta de água potável é uma das causas da pobreza, para além de 6% de todas as doenças serem causadas por falta de água segura e de saneamento básico.
As crescentes necessidades deste bem estão a colocar outra pergunta: até que ponto existe uma crise mundial no acesso à água potável? A ciência reconhece que a cada 20 segundos, morre uma criança com alguma doença relacionada com a falta de água potável. Isto origina um holocausto anual de 1,5 milhões de vidas. Mais de mil milhões de pessoas têm dificuldades de acesso a água segura e 2,6 mil milhões não dispõem de instalações sanitárias.
No Médio Oriente, por exemplo, a crescente escassez está a preocupar os decisores políticos, pois os aquíferos debilitados e as unidades de dessalinização encontram-se a um terço do necessário, com os governos a terem de reduzir para metade a água agrícola e a apostar na reciclagem. Partes de África estão em situação complicada. O lago Chade abastece 30 milhões de pessoas mas, no espaço de uma geração, encolheu para um décimo do tamanho original, o que é visível em imagens de satélite.
Um estudo publicado na revista Nature aponta para soluções práticas na crise de água no planeta 2. A potável equivale a 3% da que existe na Terra; dois terços dessa água segura encontram-se em glaciares que o aquecimento global está a destruir; a de superfície equivale a menos de 1% da potável, ou 0,03% do total; e só 2% destes 0,03% estão em rios. O estudo alerta que as mudanças climáticas estão a ter impacto na escassez. E o sector da agricultura terá de reduzir o seu consumo, que se calcula seja, nos EUA, de 40% do total de água potável extraída.
A dessalinização é um processo dispendioso em energia e as técnicas de desinfecção causam problemas ambientais. Mas o problema é também económico, com os países pobres a sofrerem mais. A falta de água potável é uma das causas da pobreza, para além de 6% de todas as doenças serem causadas por falta de água segura e de saneamento básico.
Não admira que a ONU esteja pessimista em relação aos seus objectivos de 2015. Segundo escrevia o seu secretário-geral numa mensagem por ocasião do Dia Mundial da Água, “em 2015, 2,1 mil milhões de pessoas não terão saneamento básico. Ao actual ritmo, a África subsariana não atingirá a meta [da ONU] antes de 2076” 3.
Por tudo isto, em Lisboa, “Os Verdes” têm repetidamente alertado para a necessidade de o município dar o exemplo e introduzir medidas (que tardam) de redução de desperdícios e de poupança nos consumos de água potável 4.
Subscreva também a petição “Pelo direito à água - Por uma gestão pública de qualidade” promovida pela Associação Água Pública, CGTP e o STAL 5, pois há que garantir o acesso de todos à água potável como um serviço público.
Por tudo isto, em Lisboa, “Os Verdes” têm repetidamente alertado para a necessidade de o município dar o exemplo e introduzir medidas (que tardam) de redução de desperdícios e de poupança nos consumos de água potável 4.
Subscreva também a petição “Pelo direito à água - Por uma gestão pública de qualidade” promovida pela Associação Água Pública, CGTP e o STAL 5, pois há que garantir o acesso de todos à água potável como um serviço público.
1. Ver www.unwater.org/worldwaterday/flashindex.html
2. Ver ‘Water under pressure’, Nature, vol. 452, nº 7185 IN www.nature.com/nature/journal/v452/n7185
3. Ver http://dn.sapo.pt/2008/03/23/ciencia/uma_grave_crise_mundial_fontes_agua_.html
4. Ver http://pev.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=124&Itemid=33 e http://pev.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=99&Itemid=33
5. Ver www.petitiononline.com/AGUA/petition.html e http://aguapublica.no.sapo.pt
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