Com o apoio público que está a ser dado aos biocombustíveis, 13% da produção mundial de cereais poderá acabar nos tanques dos automóveis a médio prazo, prevê a OCDE, que alerta que existe um impacto destas políticas nos preços dos alimentos, o qual não deve ser ‘sobrestimado’.
Ainda por cima, são caros, têm um impacto reduzido nas emissões de gases de efeito de estufa e na independência energética e aumentam os preços das matérias-primas.
Segundo o relatório ‘Avaliação económica das políticas de apoio aos biocombustíveis’, a viabilidade dos biocombustíveis só é possível devido aos apoios públicos dados à sua produção. Os cálculos feitos no estudo indicam que os subsídios ou isenções fiscais atribuídos fazem com que cada tonelada de carbono evitada pelos biocombustíveis custe entre 600 e 1070 euros.
Em 2006, os EUA, a U.E. e o Canadá atribuíram 6,9 mil milhões de euros à produção de etanol e biodiesel. E calcula-se que, em 2015, se atinjam os 15,7 mil milhões. As medidas de apoio vão desde as isenções fiscais e os subsídios à produção até às metas de incorporação destes combustíveis nos tradicionais e as barreiras à importação.
O relatório considera que a prioridade política dada a estes combustíveis acaba por não ter tradução nos objectivos que se querem alcançar, criando-se até outros problemas. Em relação às emissões de gases com efeito de estufa, os seus efeitos são limitados.
No total, se o apoio aos biocombustíveis se mantiver inalterado, a redução das emissões de gases com efeito de estufa por via do uso destes carburantes alternativos ficar-se-á pelos 0,8% em 2015. Por isso, a OCDE incentiva os Governos a dar antes prioridade à poupança energética.
Segundo as estimativas, a aposta nos biocombustíveis poderá conduzir, no médio prazo, a um aumento dos preços da cevada, do milho e dos óleos vegetais de sete e 19% respectivamente. Isto, porque 12% dos cereais e 14% de óleos vegetais poderão ser desviados para a produção de biocombustíveis, caso se mantenham os apoios actuais. A entrada em vigor de nova legislação americana e europeia pode elevar este desvio para 13$ dos cereais e 20% dos óleos vegetais.
Mesmo em relação à independência energética, a redução do consumo dos combustíveis fósseis induzida pelos biocombustíveis é inferior a 1% na maior parte dos transportes e pode ir até dois ou três por cento no caso europeu devido à substituição do gasóleo por biodiesel.
Além disso, a aposta pode vir a criar outros problemas, como é o caso dos preços das matérias-primas agrícolas. Em relação ao que se passou nos últimos tempos, o impacto dos biocombustíveis, devido ao aumento da procura de cereais e óleos vegetais, ainda “é significante mas não deve ser sobrestimado”, defende a OCDE.
O pior é que, a médio prazo, 13% da produção de cereais poderá (lamentavelmente) acabar nos tanques dos automóveis, conclui a OCDE.
Ainda por cima, são caros, têm um impacto reduzido nas emissões de gases de efeito de estufa e na independência energética e aumentam os preços das matérias-primas.
Segundo o relatório ‘Avaliação económica das políticas de apoio aos biocombustíveis’, a viabilidade dos biocombustíveis só é possível devido aos apoios públicos dados à sua produção. Os cálculos feitos no estudo indicam que os subsídios ou isenções fiscais atribuídos fazem com que cada tonelada de carbono evitada pelos biocombustíveis custe entre 600 e 1070 euros.
Em 2006, os EUA, a U.E. e o Canadá atribuíram 6,9 mil milhões de euros à produção de etanol e biodiesel. E calcula-se que, em 2015, se atinjam os 15,7 mil milhões. As medidas de apoio vão desde as isenções fiscais e os subsídios à produção até às metas de incorporação destes combustíveis nos tradicionais e as barreiras à importação.
O relatório considera que a prioridade política dada a estes combustíveis acaba por não ter tradução nos objectivos que se querem alcançar, criando-se até outros problemas. Em relação às emissões de gases com efeito de estufa, os seus efeitos são limitados.
No total, se o apoio aos biocombustíveis se mantiver inalterado, a redução das emissões de gases com efeito de estufa por via do uso destes carburantes alternativos ficar-se-á pelos 0,8% em 2015. Por isso, a OCDE incentiva os Governos a dar antes prioridade à poupança energética.
Segundo as estimativas, a aposta nos biocombustíveis poderá conduzir, no médio prazo, a um aumento dos preços da cevada, do milho e dos óleos vegetais de sete e 19% respectivamente. Isto, porque 12% dos cereais e 14% de óleos vegetais poderão ser desviados para a produção de biocombustíveis, caso se mantenham os apoios actuais. A entrada em vigor de nova legislação americana e europeia pode elevar este desvio para 13$ dos cereais e 20% dos óleos vegetais.
Mesmo em relação à independência energética, a redução do consumo dos combustíveis fósseis induzida pelos biocombustíveis é inferior a 1% na maior parte dos transportes e pode ir até dois ou três por cento no caso europeu devido à substituição do gasóleo por biodiesel.
Além disso, a aposta pode vir a criar outros problemas, como é o caso dos preços das matérias-primas agrícolas. Em relação ao que se passou nos últimos tempos, o impacto dos biocombustíveis, devido ao aumento da procura de cereais e óleos vegetais, ainda “é significante mas não deve ser sobrestimado”, defende a OCDE.
O pior é que, a médio prazo, 13% da produção de cereais poderá (lamentavelmente) acabar nos tanques dos automóveis, conclui a OCDE.
Ver Público 2008-07-17 e http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1335595&idCanal=57
Sem comentários:
Enviar um comentário