17/07/2008

Dístico de morador já não é suficiente?

Um cidadão lisboeta acusa a EMEL de ter rebocado indevidamente a sua viatura e de obrigá-lo a pagar uma multa de 90 euros, apesar do carro estar devidamente estacionado e com o respectivo dístico de morador.
O ‘erro’ tem custado muitas dores de cabeça ao proprietário do carro, que desde Maio tenta reaver o montante e mostra-se disposto a ir “até às últimas consequências” para denunciar e evitar erros destes por parte da empresa que gere o estacionamento da cidade de Lisboa. “Então uma pessoa identifica a viatura para esta estar legalmente estacionada num parque da EMEL e, apesar disso, vê o seu carro rebocado ilegalmente, tem de pagar uma multa e depois ninguém assume o erro?”, questiona.
O proprietário da viatura contou que o caso ocorreu a 23 de Maio, quando se deparou com a ausência do carro onde o estacionara, perto da Avenida Columbano Bordalo Pinheiro. No início pensou que o mesmo tinha sido roubado, mas depois de uma série de contactos percebeu que não era esse o caso. Lembrou-se então de averiguar se o carro teria sido rebocado, embora soubesse que tinha a viatura devidamente identificada com o dístico da EMEL para moradores. Foi o que aconteceu. A sua viatura tinha seguido para o parque de carros rebocados, em Sete Rios.
Quando chegou ao pé da viatura, mostrou a dois funcionários - cujo nome guardou para arrolar como testemunhas - o dístico da viatura, o qual provava que o carro estava devidamente identificado com o cartão de estacionamento de residente e que, por isso, não podia ser rebocado. Apesar disso, teve de pagar a multa (de 90 euros), pois precisava da viatura, “convencido que depois trataria do assunto”, contou. No entanto, desde então que tenta reaver o montante da multa, sem o conseguir. A indignação já o fez perder dezenas de horas a reclamar e a solicitar a devolução do montante e, principalmente, “o reconhecimento do erro”.
Fonte da EMEL confirmou que existe uma reclamação que está a ser analisada, mas alega que a viatura só foi rebocada porque o dístico não estava visível.
O queixoso, que só quer ver “o imbróglio” resolvido, lamenta que a EMEL tenha esta forma “tão má de trabalhar”. Por seu lado, e apesar da justificação de que o facto do dístico “não estar visível” levou ao reboque da viatura, a EMEL adiantou que irá solicitar a anulação do auto (multa).
O condutor continua à espera de ver a sua viatura estacionada no mesmo local, com o mesmo dístico, colocado no mesmo sítio, pois parece que, para a EMEL, ter dístico de residente já não é suficiente.

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