30/04/2007
Livro Verde sobre Transporte Urbano
Assembleia Metropolitana de Lisboa quer que Governo estude outras localizações para o futuro aeroporto
29/04/2007
Fora dos carris
Mas a Carris e a CML não se entendem, e uma diz que a responsabilidade é da outra. O conflito entre a segurança e os custos necessários à operação para remover os carris desactivados em várias ruas de Lisboa parece, por isso, não ter solução à vista, apesar dos 67 quilómetros de carris ainda existentes na cidade.
A alternativa tem sido tapá-los com alcatrão. A situação leva a que haja alguns casos insólitos, com carris até meio de uma estrada e o resto já debaixo de uma nova camada de pavimento, como sucede na Rua Nova de São Mamede, junto ao Príncipe Real. Esta zona tem ainda a Rua do Alecrim, a Rua da Misericórdia e a Rua de São Pedro de Alcântara esventradas por carris que não são usados.
Mas esta não é a questão chave para uma fluida circulação dos transportes públicos em Lisboa. Nós por cá, tal como a ACA-M, também entendemos que “o maior erro na mobilidade da cidade foi mesmo o de retirar os eléctricos”. Este sistema de transporte tem vantagens face aos autocarros. “Os eléctricos no centro da cidade funcionavam também como um controlador da velocidade dos automobilistas, além de que é um meio mais limpo”.
Sinistralidade
A ideia partiu da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) e foi abraçada pela CML, que aproveitou para integrar a iniciativa na semana mundial da Segurança Rodoviária. Os nomes são simbólicos, mas transmitem uma mensagem: uma em cada quatro vítimas de acidentes com automóveis é um peão.
Para o presidente da ACA-M, “é necessário lembrar que os automobilistas devem reduzir a velocidade”, lembrando que metade dos peões atropelados a 50km/h morre e os atropelados a 30km/h sofrem danos irreversíveis. Também o director municipal afirmou que a autarquia está preocupada com a sinistralidade rodoviária. “Há muitos acidentes em passadeiras. A própria cidade é muito agressiva para os peões. Os condutores devem respeitar a sinalização”. Pois sim. E a CML o que faz? Abre mais túneis para trazer viaturas para o centro da cidade.
28/04/2007
Pontos negros
“À luz do que se sabe hoje, dá até ideia de que Carmona Rodrigues esteve a trabalhar mais para o nome na placa de inauguração do que para o bem-estar dos condutores que entram em Lisboa”. Será que o presidente da CML “está consciente de que só um milagre o livrará de ser implicado no processo Bragaparques”? “Toda esta situação é uma espécie de túnel sem saída, irónica para quem ainda há dias inaugurou um túnel a correr, com graves deficiências de sinalização e, segundo dizem várias entidades, sem segurança 2.
Quanto ao Túnel, esse ainda ‘agora’ abriu, já fecha este fim de semana para testes e já lhe detectaram defeitos de fabrico. Foi um parto prematuro...
1. Ver http://dn.sapo.pt/2007/04/28/cidades/tunel_marques_lista_pontos_negros.html
2. Ver http://dn.sapo.pt/2007/04/28/editorial/o_tunel_saida_carmona_rodrigues.html
27/04/2007
Comércio justo
A diferença desta iniciativa passa pela realização de oficinas para crianças e jovens, projecção de filmes e documentários, concertos, debates com os produtores e organizações convidadas, uma feira e um bar solidário. “O grande objectivo é sensibilizar as pessoas para a existência do comércio justo, que é uma alternativa ao comércio industrial”.
No Fórum de Comércio Justo vão estar dois produtores brasileiros, que falarão das suas experiências na produção de brinquedos educativos não-tóxicos e de chá mate. “A escolha dos produtores brasileiros foi pela facilidade da comunicação, que ajuda a aproximar o consumidor a quem produz os alimentos - a ideia principal do fórum”, afirma a responsável da Cores da Globo. “O objectivo é conhecer os produtores, saber quem são e quais as histórias por trás de quem faz do comércio justo a sua vida”.
Em Portugal, a ideia de comércio justo ainda não é muito conhecida. O conceito assenta numa rede comercial nacional que trabalha com produtores das zonas mais pobres do mundo que faz com que os seus produtos cheguem aos países mais desenvolvidos, como é o caso português. Só existem dez lojas de comércio justo espalhadas por todo o país. “Ainda há um grande caminho a percorrer. O que temos de ter em mente é que todos podemos optar (e) o fórum é uma ajuda à sensibilização do consumidor nessa opção”.
Reformas no planeamento...
Presidente da CML notificado no caso Bragaparques
26/04/2007
Um manifesto pela participação colectiva na construção da cidade
A iniciativa, que recebeu cerca de 140 participações, insere-se na Trienal Internacional de Arquitectura de Lisboa, evento que se realiza entre 31 de Maio e 31 de Julho.
Durante o próximo mês, quem passar pela Rua de São Bento vai ficar a conhecer, através de um dos diversos painéis instalados em vários pontos da cidade lisboeta, uma proposta provocadora para a edificação de uma sala de chuto num vazio urbano em frente à Assembleia da República. Num outro painel a montar na Avenida da Índia, vai estar exposto o projecto Tecto Habitado, que preconiza o aproveitamento da estrutura da Ponte 25 de Abril para a construção de uma residência para artistas.
(...) Entre as 15 propostas que vão ser expostas em painéis junto aos locais para os quais foram imaginadas incluem-se ainda a requalificação da antiga fábrica de gás da Matinha, a retirada da cobertura do Teatro Romano para potenciar a sua integração na cidade e a criação de uma casa da música no Largo Duque de Cadaval. A reinterpretação do espaço público na zona de Santa Apolónia, a criação de um novo percurso de acesso ao Castelo de São Jorge e o projecto para abertura de uma piscina no Jardim do Tabaco serão também expostas.
(...) De entre as 140 propostas apresentadas, o júri formado pelos arquitectos Ricardo Aboim Inglez, Ricardo Back Gordon, Manuel Graça Dias, Fernando Pinto Coelho e Pedro Bandeira seleccionou também, para serem mostrados publicamente nos próprios locais a que se destinavam, um projecto de plantação de árvores em espaços degradados, como o miradouro da Travessa das Terras do Monte, ideia que se assume como um manifesto pela participação colectiva na construção da cidade a partir de gestos pequenos mas simbólicos. Escolhida pelo júri constituído por iniciativa da Ordem dos Arquitectos foi ainda uma outra proposta que reivindica a ocupação das casas devolutas da cidade e outra que contempla a criação de uma estrutura móvel que reclama atenção para as questões da sustentabilidade e das energias renováveis.» (Público - 26/4, I. B.)
Uma ideia criativa!
Ruído grátis na desafinada ‘música de Câmara’
1º Fazer um uso prudente do espaço, nomeadamente através do cumprimento das Regras de Utilização do Parque da Bela Vista bem como das que forem definidas no local pela Comissão de Acompanhamento. Esta Assembleia desconhece porém quais são as referidas Regras, porque nada lhe foi entregue.
2º Contratar um seguro de Responsabilidade Civil para cobertura de riscos decorrentes da execução de todos os trabalhos efectuados durante o evento. Concordou a empresa com este requisito e está esse seguro feito?
3º Proceder à recuperação do Parque de acordo com os termos do projecto de requalificação efectuado pela CML. Onde está esse projecto? Desconhecemo-lo.
4º A requalificação deverá ser finalizada até 90 dias após 31 de Maio de 2007. E se não estiver e a recuperação do Parque se arrastar, quais são as penalidades? Será que vai acontecer o mesmo que sucedeu com o Rock in Rio? Ficarão sem compensações?
5º Os custos com a requalificação poderão ascender até ao montante de € 175.000. Porém a organização do Festival, após verificar - com surpresa - que as condições a protocolar não correspondiam ao acordado, negou publicamente ter acordado esse valor com a CML. E agora, qual o ponto de situação?
6º Repor as condições e as infraestruturas existentes no Parque anteriormente à montagem e realização do evento, antes da reabertura ao público no dia 1 de Junho de 2007. Esta cláusula apenas vem confirmar o indesmentível: é que após cada festival o resultado é um verdadeiro crime ecológico para o Parque.
7º Apresentar um plano de segurança que envolva todas as entidades abrangidas no evento de modo a ser aprovado pela CML. E o Conselho Municipal de Lisboa já se pronunciou sobre as medidas deste plano? Há quanto tempo não reúne este Conselho?
8º Minimizar os incómodos provocados aos habitantes das imediações do Parque em especial no período nocturno. Como, se a cada Festival aumentam as queixas com a poluição sonora?
Vejamos agora o que oferece a CML ao promotor do espectáculo?
A proposta pressupõe também a isenção de taxas municipais à organização do festival estimadas em cerca de 3.132.500 €, “na sequência da ocupação da via pública pelo período compreendido entre 5 e 31 de Maio de 2007”. Os moradores já classificaram mesmo como “caricata” esta intenção da CML de isentar do pagamento de milhões de euros em taxas a organização do Festival.
Sobre a isenção de taxas, podíamos até fazer uma comparação curiosa. É que no caso do festival Creamfields, a verba de 1,3 milhões € é metade do valor pelo qual a CML pretende colocar à venda o Palácio Pombal...! Sr. Presidente, não dá para perceber a forma de agir desta CML!
Segundo a vereação, “este pedido de isenção é sustentado pelos dividendos que a realização do evento na cidade de Lisboa trará em termos de animação da capital, bem como para a divulgação do nome e da imagem da cidade em Portugal e no mundo”, pois “é comum os municípios oferecerem este tipo de condições de forma a atrair a si eventos de grande escala”, sublinhando que “a alternativa à não isenção de taxas municipais é não ser realizado qualquer evento na cidade de Lisboa”. Quanto a isso, nestas condições, só podemos afirmar: pois até não se perdia nada se não se realizasse.
O protocolo exige o pagamento de contrapartidas por parte da promotora do Festival, que serão aplicadas directamente na execução do projecto de requalificação do Parque da Bela Vista. Confirma a CML que se inclui a construção de um Skate Park?
Considerando que o Parque da Bela Vista foi previsto como parte integrante da estrutura verde urbana e indissociável dos fluxos ecológicos na cidade, o que têm significado os Festivais de música para Lisboa e para os moradores da freguesia? Um Parque novo em folha que tinha custado umas centenas de milhares de contos, na moeda da altura, e que era a satisfação das pessoas, ficar destroçado e pejado de lixo.
O que ganham desta vez a Freguesia e os moradores de Marvila e arredores? Um espaço cedido a um novo acto de vandalismo ambiental e de ruído. Todavia, os espaços verdes não podem ser olhados como meros pólos de atracção para turismo. A cidade deve ser planeada para garantir a qualidade de vida de todos os que nela vivem e trabalham.
Também segundo o Observatório do Parque da Bela Vista, ‘imoral’ é pouco para se definir o tratamento privilegiado que se pretende dar a quem irá degradar este espaço público.
Mais, é uma vergonha colocar-se sequer a discussão sobre a possibilidade de se isentar o promotor do festival, parecendo caricato que a CML acene com um protocolo como justificação dessa isenção, sabendo-se, como se comprova no local, que semelhante protocolo com o organizador do Rock-in-Rio de 2006, não está, nem estará nos tempos mais próximos, minimamente cumprido pela parte que toca ao promotor.
Outro exemplo. Para quem não saiba, o próximo Rock in Rio 2008 decorrerá nos dias 30 e 31 de Maio, 6, 7 e 8 de Junho no Parque da Bela da Vista, em Lisboa, e, pela primeira vez, também em Madrid, a 27 e 28 de Junho, 4, 5 e 6 de Julho, em Arganda del Rey, numa estratégia de internacionalização do projecto. Em Madrid - claro - o palco principal vai funcionar com energia solar, com a utilização de 240 painéis solares. A medida insere-se na estratégia da organização para a próxima edição do festival, cujo tema central é o ambiente, sensibilizando para o problema das alterações climáticas. Com os painéis, que integram a própria estrutura do palco, esperam produzir 19 mil quilowatts de electricidade, o que equivale, segundo a organização, ao consumo diário de uma localidade com 2.500 habitantes, e evitar a emissão de nove toneladas de CO2. O acordo com a autarquia madrilena tem a validade de três anos, o que implica a realização de pelo menos outras tantas edições.
Resta perguntar se o ‘Ayuntamiento’ em Espanha também planeia deteriorar, como a Câmara de Lisboa, um qualquer parque ajardinado como o da Bela Vista que deveria ser utilizado como espaço público de devaneio e lazer? Claro que não. Na capital espanhola o recinto para a nova “cidade do rock” será construído de raiz nos arredores da cidade, com uma área de 200 mil metros quadrados.
Para finalizar, recordamos que o Festival na Bela Vista promete ainda 16 horas ininterruptas de música para as mais de 30 mil pessoas que adquirirem bilhete para o espectáculo, bem como ruído completamente grátis para os moradores de toda a zona habitacional envolvente.
De todas estas cedências a promotores a única coisa certa que resulta - é a experiência que o demonstra - é que o Parque da Bela Vista corre o risco de, a muito breve trecho, ser cada vez menos um local aprazível para utilização dos lisboetas.
Das 23 às 5
Porém, o túnel vai estar encerrado ao trânsito nas madrugadas de sexta-feira, sábado e eventualmente domingo, entre as 23h e as 5h, para avaliação da realidade, testes de uso e eventuais possíveis correcções. Ou seja abriu para ‘turista’ ver e fecha para testes durante a madrugada.
Esta medida foi “uma decisão técnica cautelar” tomada de véspera, sendo também uma forma de afastar os automobilistas do ‘tunning’, assim como excessos de álcool ou ainda a eventual entrada dos sem-abrigo, colocando a sua própria vida em perigo 2.
Mas porque apenas neste túnel e ao fim-de-semana? Afinal os testes de segurança não estavam ainda totalmente realizados? Porquê a pressa de o abrir no meio da tarde do dia 25? Para fazer ‘concorrência’ às comemorações populares do 25 de Abril?
25/04/2007
Parto não planeado
A notícia chegou célere à AML, apenas uma hora após o início do debate. Logo depois do parecer negativo da ANBP, os Sapadores de Lisboa, instituição dependente da CML, vieram atestar a segurança da nova artéria da cidade e o presidente da Câmara garantiu que o túnel é o mais seguro do país, garantindo que existe um plano de intervenção em caso de emergência para o Túnel do Marquês. De imediato a oposição requereu ao executivo que apresentasse cópia do Plano que diz existir. Mas ninguém o conseguiu ver, talvez por, na sequência de um parto difícil, ainda estar no recobro da incubadora.
Com a memórian o incêndio de 1989, recorda que “na altura, havia um parecer técnico dos Sapadores para a rua do Carmo, ignorado pela Câmara de Lisboa. E a rua do Carmo tornou-se um empecilho no combate ao fogo”. Com este paralelismo o presidente da ANBP acentuou a importância do “papel dos técnicos especializados” numa obra da envergadura do Túnel do Marquês. O plano de segurança, “se existe”, garante, “não foi testado e devia ter sido” 1.
No documento ontem divulgado, a ANBP aponta várias questões relacionadas com “falta de segurança e normas indefinidas”, entre as quais a inexistência de um passeio pedonal com a medida mínima de 90 centímetros, que deve ser, defende, “uma prioridade” que permita, em caso de acidente, uma rápida evacuação dos feridos. Outras alegadas falhas apontadas é a inexistência de uma central de bombagem autónoma, que deveria alimentar as bocas-de-incêndio, e não a rede da EPAL, e de sprinklers (sistema automático de extinção de incêndios), “nomeadamente nos locais de maior risco”. “Não podem ser consideradas saídas de emergência as rampas de entrada e saída de viaturas”, afirma a ANBP, alertando ainda que tem de ser retirado um separador com cerca de 30 centímetros de altura no acesso a viaturas de socorro do lado nascente na Avenida Fontes Pereira de Melo, que “impede o fácil acesso”. Por outro lado, não existe “um plano prévio de intervenção nem um plano de emergência apresentado pela entidade exploradora do túnel” e que deve ser “terminado e testado durante o próximo mês e com a circulação de veículos para que seja mais fácil detectar as correcções que devem ser efectuadas”. Entre os aspectos positivos apontados pelos bombeiros profissionais, encontram-se um “sistema de desenfumagem muito bom e de fugas de 250 em 250 metros” 2.
Quem duvida que, para nossa segurança, os técnicos devem ser “livres” e “responsáveis” pelos seus pareceres? Porém, enquanto a gestão fica entregue à EMEL, "apenas duas pessoas por turno vão estar a vigiar as 40 câmaras instaladas e os milhares de veículos - cerca de 50 mil" 3.
Também segundo a Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) “nasce um ponto negro no Marquês”, pois a CML segue a Directiva da U.E. sobre segurança em túneis, de Abril de 2004, que indica não se ultrapasse a inclinação máxima de 5% em túneis da Rede Europeia de Estradas, mas não tem normas específicas sobre segurança em túneis. Segue as normas da Estradas de Portugal (ex-JAE) que, por sua vez transcreve a Directiva Europeia como referência para todos os túneis portugueses 4.
Mais estranho foi o convite entregue hoje na AML aos deputados municipais para participarem numa visita pedestre ao Túnel à mesma em que se inicia e realiza o desfile do aniversário das Comemorações Populares do 25 de Abril, entre o Marquês e o Rossio. Pelo menos este rebento leva já 33 anos de idade.
Onde há fumo… alguém sai queimado
Nas últimas semanas “ameaçava regressar à Câmara de Lisboa, o que estava a criar algum desconforto no PSD”. Apesar de se encontrar com o mandato suspenso, o ex-vice-presidente tem-se deslocado com alguma frequência às instalações camarárias, aparentemente para ajudar a resolver matérias relacionadas com o seu principal pelouro, o das finanças. Restava saber se, perante a sua constituição como arguido num caso de gravidade muito superior aos prémios de desempenho, optaria pela renúncia ao mandato. Tal facto foi já anunciado pelo presidente da CML durante a sessão de ontem da AML.
Quer a Bragaparques quer a CML foram alvo de buscas pelas autoridades, bem como as residências do ex-vice-presidente e das últimas vereadoras com o pelouro do urbanismo, todos do PSD. A troca dos terrenos do Parque Mayer, propriedade da Bragaparques, por cerca de metade dos terrenos camarários onde se encontrava a Feira Popular, em Entrecampos, é um dos negócios sob suspeita. O outro diz respeito ao facto de a autarquia ter concedido direito de preferência à mesma empresa na hasta pública em que foi vendido o resto da área da Feira Popular 1.
“A CDU fez a 1 de Agosto de 2005 uma participação ao Ministério Público junto do Tribunal Administrativo de Lisboa, pedindo a impugnação judicial da permuta dos terrenos privados do Parque Mayer com parte dos terrenos municipais de Entrecampos. O processo previa ainda a venda em hasta pública da parte restante dos terrenos da antiga Feira Popular (que não estava incluída na permuta), que viria a ser comprada pela P.Mayer SA, antiga proprietária dos terrenos do Parque Mayer. A empresa, propriedade da Bragaparques, passou assim a deter a totalidade d o espaço do antigo parque de diversões” 2.
“Os Verdes” por repetidas vezes têm denunciado a situação. Outras denúncias podem ser consultadas neste blogue, seleccionando (no lado direito da página) a etiqueta “Parque Mayer”.
Quanto às arguições, lá diz o ditado, onde há fumo, há fogo.
1. Ver www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1292105
2. Ver http://jn.sapo.pt/2007/04/24/ultimas/Font_o_de_Carvalho_constitu_do.html
24/04/2007
Em Oslo
Ainda os plátanos
Que requalificação da frente ribeirinha?
23/04/2007
Recortes de imprensa
21.04.2007, Inês Boaventura
O partido Os Verdes quer que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) explique "como foi possível deixar danificar de forma irremediável um tão elevado número de árvores" no jardim do Campo Pequeno durante a requalificação da praça de touros, obra que foi "supostamente acompanhada por técnicos do Departamento de Espaços Verdes". Num requerimento entregue ontem na Assembleia Municipal de Lisboa, o deputado José Antunes pede explicações a Carmona Rodrigues sobre o abate anunciado de 97 plátanos, afirmando que, "desde o início das obras do Campo Pequeno", aquele departamento tinha assegurado que ia ser "garantida a integridade de todas as árvores ali existentes". O partido Os Verdes também quer saber "que diligências foram desencadeadas pela CML no sentido de responsabilizar o empreiteiro que procedeu às obras que danificaram as árvores" e "qual o destino" que vai ser dado aos plátanos abatidos, considerando o seu "valor patrimonial". O abate destes exemplares tem sido criticado nos últimos dias pelo Fórum Cidadania Lisboa, que ontem, depois de uma visita ao local, constatou que "a maioria esmagadora das árvores já abatidas no lado sul não apresentava sintomas de doença". Em comunicado, o movimento explica que "os seus cotos apresentavam-se em excelente forma, tal como a folhagem", acrescentando que existem fotografias de técnicos da Quercus e da Associação Lisboa Verde que o comprovam."Uma reabilitação de um jardim passa por muitas coisas, mas não passa pelo abate de árvores quase centenárias", conclui o fórum." (Público)
CDU quer ver contrapartidas do Casino
"O 'El Dorado' da Ota"
Os negócios que por aí andam...
20/04/2007
Abate de Árvores no Campo Pequeno
Abate de árvores no Campo Pequeno
Ao abrigo da al. j) do artº. 12º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, venho por este meio requerer a V. Exª se digne diligenciar junto do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa no sentido de me ser facultada a seguinte informação.
Desde o início das obras do Campo Pequeno, foram dadas garantias pelo Departamento de Espaços Verdes da CML, que todo o processo, dadas as suas características iria ser seguido permanentemente por técnicos daquele serviço, e que o coberto vegetal da Praça estaria sempre assegurado e garantida a integridade de todas as árvores ali existentes.
Considerando que, os espaços verdes são fundamentalmente um factor de conforto, amenidade do ambiente e valor estético, que permitem contribuir para a melhoria da qualidade do ar.
Considerando que a CML já iniciou os trabalhos de abate de 97 plátanos existentes no jardim Marquês de Marialva, junto à praça de touros do Campo Pequeno.
Requeiro nos termos regimentais aplicáveis a seguinte informação:
1 - Uma vez que foram dadas garantias desde o início da obra de que todo o coberto vegetal seria assegurado e protegido, e tendo esta sido supostamente acompanhada por técnicos do Departamento de Espaços Verdes da CML, como é que foi possível deixar danificar de forma irremediável um tão elevado número de árvores devido às referidas obras?
2 - Se as árvores a abater se encontram localizadas nas alamedas envolventes ao referido jardim, qual a razão para as suas raízes se encontrarem danificadas pelas obras?
3 - Que diligências foram desencadeadas pela CML no sentido de responsabilizar o empreiteiro que procedeu às obras que danificaram as árvores?
4 - Considerando o valor patrimonial do coberto vegetal já abatido e a abater, qual o destino que lhe vai ser dado e que compensação se prevê seja oferecida por essas árvores?
5 - Para quando prevê a CML o início da requalificação do Jardim do Campo Pequeno e a correcta reposição dos seus espaços verdes?
Assembleia Municipal de Lisboa, 20 de Abril de 2007
O Grupo Municipal de “Os Verdes”
Plano Municipal do Ambiente
19/04/2007
Incineradora de resíduos hospitalares - novos receios
Os receios foram manifestados à Rádio Renascença pelo epidemiologista Massano Cardoso, o qual salienta que, apesar dos novos testes realizados no início de Abril terem revelado emissões 14 vezes abaixo dos limites legais, o que foi classificado como um episódio pontual pode voltar a repetir-se.
Este professor da Universidade de Coimbra recorda os malefícios resultantes da exposição a longo prazo a este tipo de emissões, como sejam os «riscos, nomeadamente, de certas formas de doenças tumorais, assim como alterações hormonais porque, quer queiramos quer não, essas substâncias actuam como disrruptores endócrinos capazes de provocar alterações fisiológicas sobretudo nas crianças e nas grávidas». " (Diário Digital)
Parque da Bela Vista - o 1º relatório
Amigos do Jardim Botânico
18/04/2007
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios - Comunicado de "Os Verdes"
O tema escolhido pelo IPPAR - Instituto Português do Património Arquitectónico para o ano de 2007 - “Território : um património plural” -, pretende explorar a ideia base de que todas as comunidades possuem os seus monumentos de referência, mas que é importante ter em consideração que tais realizações não estão isoladas do tecido cultural que as envolve e que as justifica.
Para "Os Verdes", defender os monumentos de referência de cada comunidade é uma exigência que se coloca.
Foi nesse sentido que “Os Verdes” apresentaram ontem na AML - Assembleia Municipal de Lisboa duas recomendações incidindo sobre o património natural de Lisboa, concretamente sobre os seus geomonumentos.
Uma, numa perspectiva global, que procura que se dê finalmente concretização no terreno a um exomuseu, constituído por uma rede de geomonumentos, de acordo com um protocolo já existente, datado de 1998, entre a Câmara e o Museu de História Natural, valorizando e potenciando assim este importante património natural, que há anos está ao abandono.
A outra, relativa especificamente a Rio Seco, na Ajuda, pela concretização do projecto de Parque Urbano, com um núcleo museológico da geologia da cidade, por forma a continuar o processo de dar uma nova dinâmica a esta área da cidade, integrando património natural e vivência da comunidade local.
As recomendações foram aprovadas por unanimidade e, agora, "Os Verdes" aguardam os resultados no terreno e vão continuar vigilantes e activos na salvaguarda e valorização do nosso património natural.
Território, um Património Plural
O Património sempre participou activamente no território, organizando-o. A humanização da paisagem integra, por isso, uma dimensão profunda tanto na nossa memória colectiva como nas opções políticas de planeamento. Há uma visão cada vez mais globalizante sobre o território, sobre os aspectos urbanísticos, paisagísticos e sociológicos.
O Programa Temático pressupõe, por isso, “sair” do monumento e tentar compreendê-lo nas múltiplas vertentes que caracterizam a sua envolvente, num passo consciente rumo à mudança e à escala do conceito de Património, uma escala territorial e plural 1.
Nas cerimónias, que acontecerão em Lisboa, juntam-se ao IPPAR cem entidades com as quais foram celebradas parcerias no âmbito desta jornada, entre elas, várias autarquias, nomeadamente as que têm monumentos classificados como Património Mundial 2.
Recorda-se que foram ontem aprovadas na AML - por Unanimidade - duas Recomendações de “Os Verdes” sobre a rede de Geomonumentos de Lisboa, cuja notícia passou completamente à margem dos órgãos de comunicação social 3.
Recomendação “Geomonumentos de Lisboa”
Lisboa foi uma cidade que se distinguiu pelo avanço no domínio da salvaguarda deste património. Em 1996, iniciou-se um Plano de Valorização e Salvaguarda das Ocorrências Geológicas de Lisboa, envolvendo a Câmara Municipal de Lisboa e o Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa. Na sequência desse Plano, foram referenciados onze geomonumentos, dos quais nove ficaram abrangidos por um protocolo entre ambas as instituições.
Neste protocolo, assinado em Junho de 1998 e renovável automaticamente por períodos de quatro anos, ficou definido que o Município de Lisboa deverá gerir os geomonumentos considerados pólos museológicos, no respeito pelas normas científicas e pedagógicas acordadas com o Museu Nacional de História Natural.
Actualmente só em três dos geomonumentos de Lisboa houve intervenção, sendo de destacar o caso exemplar do Pólo Sampaio Bruno. Contudo, apesar da existência de vários projectos para os restantes, não tem havido acompanhamento ou qualquer avanço sobre a sua situação, pelo que, nalguns casos, se estão a degradar, como aconteceu com o roubo do painel do pólo da Av. Gulbenkian.
Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta dos eleitos do Partido Ecologista "Os Verdes", recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que:
- Assegure a vigilância, manutenção, apoio ao funcionamento e divulgação dos pólos existentes onde, na sequência do protocolo, já houve intervenção camarária;
- Promova diligências no sentido de assegurar a musealização dos restantes geomonumentos definidos, enquanto pólos da rede de geomonumentos de Lisboa e integrados num Exomuseu da Natureza de âmbito nacional.
- Deligencie no sentido de divulgar este tipo de monumentos, contribuindo para a sensibilização cultural e ambiental e a promoção turística.
Recomendação Rio Seco
Em visita ao local, "Os Verdes" constataram o impecável estado da zona concretizada como 1ª fase, quer do polidesportivo, quer do jardim envolvente. Por sua vez, a 2ª fase dispõe de um projecto de execução datado de 2004, havendo para a 3ª fase um estudo prévio. Detectou-se, porém, a incorrecta utilização da área a abranger na 2ª fase, entretanto usada como poluente depósito de "monstros" urbanos, e o total abandono da zona a ser intervencionada numa 3ª fase.
Assim, considerando que se propõe na 2ª fase a construção de uma zona verde de enquadramento paisagístico do geomonumento, que a recuperação da gruta para a constituição do núcleo arqueológico antevê que se preserve a memória local dos fornos de cal, através da sua limpeza, iluminação e sinalética, funcionando a gruta como cenário para quem passa ou usufrui do espaço verde envolvente.
Considerando também que se prevê a constituição de um núcleo museológico e que se pretende concretizar a construção de um pavilhão desportivo coberto destinado à realização de treinos e provas de escalada, que as construções deverão ser realizadas a par da realização das 3 fases do Parque Urbano, não só pela sua utilidade e integração no projecto de conjunto, como para dinamizar o local como pólo de atracção turística pelas suas características particulares.
Considerando ainda que, em reportagens aí realizadas, é referenciada a presença de vestígios de história do local, como espaços de oposição à monarquia e a Salazar, que este projecto é importante para a valorização da zona, tanto em termos sociais, pela integração da comunidade local, pela dinamização da prática desportiva e de actividades de lazer, como em termos científicos, culturais e turísticos, através da sua inserção no núcleo museológico da rede dos geomonumentos de Lisboa.
Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta dos eleitos do Partido Ecologista "Os Verdes", recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que:
- Dê seguimento à concretização do projecto de Parque Urbano do Rio Seco, concretizando as suas 2ª e 3ª fases;
- Providencie para que a construção dos edifícios do pavilhão desportivo coberto e do núcleo museológico sejam construídos acompanhando as fases de concretização do projecto de Parque Urbano do Rio Seco;
- Promova diligências, junto de entidades científicas competentes, no sentido de avaliar o potencial arqueológico e histórico do local;
- Inclua o Rio Seco na rede museológica dos geomonumentos de Lisboa.
17/04/2007
Aprovadas por unanimidade
Recomendações de "Os Verdes" discutidas hoje na AML
Loteamentos, Sporting e espaços verdes
Mobilidade a Metro
Esta preocupação é partilhada pelos responsáveis dos equipamentos que rodeiam o bairro, para quem a segurança das pessoas é uma prioridade. A Comissão de Moradores do Bairro Azul tem também vindo a insistir junto da CML e do Metropolitano de Lisboa, no sentido de ser acordado com o ‘El Corte Inglés’ a alteração do horário de abertura da saída do metropolitano que dá acesso directo ao mega-armazém, para que esta possa ser utilizada, desde as 6h30 horas, por toda a população. Afirmam que é urgente criar condições de segurança para os cerca de 200 alunos da Escola Marquesa de Alorna que utilizam diariamente o metropolitano e para os restantes utilizadores desta estação, em especial crianças e idosos, utentes do centro de saúde, SAMS, mesquita, e turistas que se dirigem aos hotéis da Av. José Malhoa.
Em relação às alterações de trânsito que foram efectuadas no interior do bairro, a comissão de moradores reafirma a necessidade de existir uma fiscalização eficaz, por parte da PSP e da EMEL, de forma a evitar situações que se verificam continuamente, como o excesso de velocidade no interior do bairro para ocupar os reduzidos espaços existentes para estacionamento, carros em contramão, estacionamento em segunda fila, etc. (...).
Segundo a Comissão de Moradores do Bairro Azul, a abertura mais cedo da saída do metropolitano pelo El Corte Inglés só poderá trazer com ovantagem o evitar situações de perigo para os peões.
1. “Obras do metro ameaçam peões”, Público 2007-04-16
16/04/2007
Geomonumentos em Lisboa - páginas da história da Terra
"A pobreza acaba por afectar a liberdade"
Miradouros de Lisboa
15/04/2007
Lisboa 0 - Madrid 1
Resta perguntar se o ‘Ayuntamiento’ em Espanha também planeia deteriorar, como a CML, um qualquer parque ajardinado como o da Bela Vista que deveria ser utilizado como espaço público de devaneio e lazer? Claro que não. Na capital espanhola o recinto para a nova “cidade do rock” será construído de raiz nos arredores da cidade, com uma área de 200 mil metros quadrados 4.
«Localizada a cerca de 15 minutos de Madrid, será construida de raíz para la primera edición del evento en España, las infraestructuras se mantendrán para otros grandes eventos a lo largo de los años. El acuerdo entre la organización del festival y el Ayuntamiento de Arganda tiene validad de 10 años, o sea, garantiza por lo menos 3 ediciones del evento, pudiendo ser prorrogado.
Para la organización, la creación de la Ciudad del Rock es un desafío para los proyectistas que desenvolvieron una propuesta “arrojada, contemporánea y al mismo tiempo integrada en las condiciones de conforto ambiental”.
El reto ha sido diseñar a pocos kilómetros del centro de Madrid una Ciudad del Rock, que cumpliese todos los requisitos: un proyecto flexible pero capaz de atender todas las necesidades para convertir a la Ciudad del Rock en una referencia en Europa y en todo el mundo, como ejemplo de un espacio multiusos.
Sin ninguna duda el proyecto responde a las leyes naturales: jardines, pérgolas, fuentes, un amplio espacio de entrada y áreas cubiertas con todas las infraestructuras necesarias para la comodidad de los visitantes y para atender a las diversas actividades que se van a desarrollar durante la celebración de Rock in Río-Madrid 2008.
Las construcciones - que se distribuyen por el parque - representan la libertad formal encontrada en la mayoría de los proyectos contemporáneos. El volumen, el ritmo, los colores y los materiales, son el espejo de la diversidad del estilo y la preocupación por lo que hoy es el mayor desafío de los arquitectos: encontrar el equilibrio entre el ambiente natural y el espacio construido.
La integración entre las técnicas modernas de construcción y el ambiente natural ha dado como resultado el Parque de Música y Cultura de Arganda Del Rey, que destaca por ser algo único y osado en el escenario mundial para todo tipo de actividades: espectáculos, convenciones, ferias o por qué no, para la simple contemplación».
Resultado final: Bela Vista 0 - Arganda del Rey 1.
2. Ver http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=271623
3. Ver http://observatorioparquebelavista.blogspot.com/2007/04/brincar-com-o-parque-da-bela-vista.html
4. Ver http://rockinriomadrid.sapo.pt/ciudaderock.html
13/04/2007
Ensaios de transgénicos
“A autorização tem de ser imediatamente revogada visto que o principal argumento em que se sustenta - a existência de uma faixa de segurança de 400 metros em torno do terreno previsto por forma a evitar a contaminação - acabou de se revelar inválido. Em Alcochete e em Salvaterra de Magos, outros dois concelhos visados no pedido, a autorização foi negada pois o MA considerou que nesses locais a distância mínima de segurança de 400 metros até aos restantes campos de milho não estava salvaguardada. No entanto, no caso de Rio Maior, a empresa Syngenta apresentou duas declarações de vizinhos do terreno visado, dando assim a entender que os tais 400 metros exigidos de faixa de segurança estavam garantidos. Baseado nessa informação, o MA aprovou os ensaios. A verdade acabou de vir ao de cima: as empresas esconderam o facto de que havia mais vizinhos no perímetro da zona de segurança, vizinhos esses que não se comprometeram a prescindir do cultivo de milho e que não foram sequer avisados ou contactados. O MA já se encontra neste momento na posse da declaração de um desses vizinhos, que aliás tem milho doce semeado no seu terreno, situado a não mais de 150 metros da zona de ensaios”.
Segundo a Plataforma Transgénicos Fora, “ao Ministério do Ambiente não resta outra alternativa senão revogar imediatamente a sua decisão de aprovação dos ensaios experimentais e colocar uma moratória a quaisquer novos ensaios durante um período mínimo de 3 anos. No interesse dos cidadãos e dos agricultores que colocou em risco, deverá também apresentar a sua justificação perante esta grave negligência” 1.Muitas outras razões haveria para chumbar os ensaios, pelo que a Plataforma Transgénicos Fora emitiu, durante a consulta pública, um parecer técnico fundamentado onde expõe numerosas falhas de segurança e questões de fundo que não estão devidamente salvaguardadas pelas empresas... parecer esse que o Ministério optou por ignorar 2.
Mais de 10 mil cidadãos portugueses reiteraram já por escrito a sua oposição aos transgénicos. Para mais informações contactar info@stopogm.net ou www.stopogm.net
2. O documento está disponível em www.stopogm.net/?q=taxonomy/term/31
12/04/2007
A necessária recuperação do património
A Associação de Estudos e Defesa do Património Histórico-Cultural da Freguesia da Ameixoeira bem tem repetidamente alegado a legislação em vigor de modo a que “sejam tomadas medidas tendentes a evitar que a degradação daquele património assuma consequências irreversíveis”, medidas essas que permitiriam “a intervenção expedita da Câmara Municipal de Lisboa, tendo em vista a execução do respectivo programa de reabilitação urbana”, visto competir à CML “promover as acções e o processo de recuperação e reconversão urbanística da área”. " (Blogue CDU Lumiar)
Protesto dos bairros
Uma boa dinâmica, por um direito à habitação.
WC para canídeos
Em Lisboa, existe um exíguo WC destinado a canídeos na Alameda Roentgen, na 'fronteira' entre as Freguesias de Carnide e do Lumiar.
Câmara emprestada...
O executivo não esclareceu porém os “problemas de liquidez”, nem apresentou “um plano em que diga a forma como quer combater esta situação”, mas insiste em “propor isenções de taxas de milhões de euros ao Sporting e ao festival Creamfileds, ao mesmo tempo que propõe empréstimos de 30 milhões de euros para dificuldades de tesouraria”.
1. Ver http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=271150
2. Ver www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1290912&idCanal=76
11/04/2007
ECOXXI
Planos e discussão pública
Noisy Fields of Cream
A proposta que será discutida hoje pelo executivo em reunião de Câmara pressupõe a isenção de taxas municipais à organização do festival de música Creamfields, estimadas em cerca de 3,5 milhões de euros, “na sequência da ocupação da via pública pelo período compreendido entre 5 e 31 de Maio de 2007”, ou seja, do Parque da Bela Vista, em Marvila 1.
Segundo o vereador, “este pedido de isenção é sustentado pelos dividendos que a realização do evento Creamfields na cidade de Lisboa trará em termos de animação (??) da capital, bem como para a divulgação do nome e da imagem (??) da cidade em Portugal e no mundo”, pois “é comum os municípios oferecerem este tipo de condições de forma a atrair a si eventos de grande escala”, sublinhando que “a alternativa à não isenção de taxas municipais é não ser realizado qualquer evento na cidade de Lisboa” !!
O protocolo a celebrar com a empresa Smart Events, que organiza o evento, “exige o pagamento de contrapartidas por parte da promotora do festival Creamfields, que serão aplicadas directamente na execução do projecto de requalificação do Parque da Bela Vista, através da construção de um Skate Park”. Em que moldes? Segundo o protocolo, cabe à organização “proceder à realização da requalificação do parque de acordo e nos termos exactos do projecto de requalificação efectuado pela Câmara Municipal de Lisboa até ao montante de 175.000 euros”.
Porém, fonte da organização do Festival já afirmou à comunicação social que este valor não corresponde ao montante previamente acordado com a CML, reiterando que não foi esse o valor inicialmente acordado, acrescentando que “as questões foram concertadas desde Setembro do ano passado, com reuniões na Câmara, com actas. O valor era diferente” 3.
De todas estas cedências a promotores a única coisa certa que resulta - é a experiência que o demonstra - é que o Parque da Bela Vista corre o risco de a muito breve trecho ser cada vez menos um local aprazível para utilização dos lisboetas. E isso é lamentável.
Onde estão os sonhados “Strawberry Fields forever” ? 4
3. Lusa, SIR-8907933 e "Creamfields não quer pagar 175 mil euros à Câmara", Público 2007-04-10
Nothing is real and nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever". Lennon-McCartney