As fraldas são dos piores resíduos domésticos e aqueles que mais urge retirar dos aterros. Este material, juntamente com outros têxteis sanitários - como as fraldas de incontinência, os pensos higiénicos ou as batas e toucas usadas na saúde -, já representa quase 10% do lixo doméstico.
Sabia que, até utilizar o bacio, um bebé chega a usar cinco mil fraldas, o que equivale a uma tonelada? E que cada uma demora cerca de 500 anos a deteriorar-se num aterro? A estimativa excede o nosso tempo de vida mas as empresas especializadas do sector garantem que não há engano.
Sabia que, até utilizar o bacio, um bebé chega a usar cinco mil fraldas, o que equivale a uma tonelada? E que cada uma demora cerca de 500 anos a deteriorar-se num aterro? A estimativa excede o nosso tempo de vida mas as empresas especializadas do sector garantem que não há engano.
A tecnologia que permite separar o plástico e a componente orgânica existente na fralda já existe na Europa e pode estar prestes a chegar a Portugal. Mas para montar um sistema de reciclagem não basta haver solução de tratamento para os resíduos, realça a vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente. “A constituição dos fluxos de reciclagem tem de ser bem construída de raiz. Tem de se definir a partilha de responsabilidades dentro do sistema e o modelo económico-financeiro adequado”.
Tal como nas embalagens ou nas pilhas, há que estudar o mercado e o público alvo, definir a logística da recolha, os custos e contrapartidas financeiras para cada interveniente: produtor, consumidor e reciclador. O Ministério do Ambiente considera que o sistema deve arrancar, a título experimental, junto dos grandes produtores, como as unidades de saúde ou as creches. Com esta reciclagem, seria desviada dos aterros grande parte da matéria orgânica, para além de ainda ser possível reciclar o plástico.
Este é, contudo, um resíduo com algumas especificidades, pelo que não basta copiar o modelo das outras fileiras geridas por entidades gestoras. Não é expectável que seja criado um ecoponto próprio para colocar as fraldas, nem que estas sejam recolhidas porta-a-porta a um determinado dia da semana, como acontece com os resíduos orgânicos. É que, além de serem produzidas em grande quantidade, não são um resíduo generalizado existente em todos os lares, e possuem um grande problema: cheiram mal.
Para a indústria, as fraldas não são um negócio descartável. Longe vão os tempos das reutilizáveis fraldas de pano de algodão, que requeriam ser higienicamente lavadas e passadas a ferro.
Tal como nas embalagens ou nas pilhas, há que estudar o mercado e o público alvo, definir a logística da recolha, os custos e contrapartidas financeiras para cada interveniente: produtor, consumidor e reciclador. O Ministério do Ambiente considera que o sistema deve arrancar, a título experimental, junto dos grandes produtores, como as unidades de saúde ou as creches. Com esta reciclagem, seria desviada dos aterros grande parte da matéria orgânica, para além de ainda ser possível reciclar o plástico.
Este é, contudo, um resíduo com algumas especificidades, pelo que não basta copiar o modelo das outras fileiras geridas por entidades gestoras. Não é expectável que seja criado um ecoponto próprio para colocar as fraldas, nem que estas sejam recolhidas porta-a-porta a um determinado dia da semana, como acontece com os resíduos orgânicos. É que, além de serem produzidas em grande quantidade, não são um resíduo generalizado existente em todos os lares, e possuem um grande problema: cheiram mal.
Para a indústria, as fraldas não são um negócio descartável. Longe vão os tempos das reutilizáveis fraldas de pano de algodão, que requeriam ser higienicamente lavadas e passadas a ferro.
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