Tema: Terraços do Carmo
“Os Verdes” iniciam esta sessão de
perguntas à CML com o tema dos Terraços do Carmo. Inaugurados no passado dia 10
de Junho, ganharam uma placa evocativa descerrada pelo sr. presidente da CML. Porém,
pouco tempo depois, encontram-se de novo encerrados! Essa inauguração poderá
ter decorrido com a devida ‘circunstância’, e não apenas para turista ver, e
com alguma ‘pompa’ para a comunicação social a reportar.
Com
efeito, do projecto desta nova “varanda de Lisboa”, apenas uma parte se
encontra de facto acessível, nomeadamente as escadas de ligação à Rua Garrett e
ao Largo do Carmo, uma obra que durou anos a ser executada, e que recentemente
foi gabada pelo sr. presidente nesta Assembleia Municipal. E porque está de
novo vedada ao público? Porque, afinal, e passada a pompa do momento, ainda há -
pasme-se - trabalhos a decorrer.
No
local a Polícia Municipal voltou a colocar uma barreira metálica vedando o acesso
e alimentado a desilusão dos que pretendem deleitar-se na ‘varanda’ dos
Terraços. Acontece que algumas das estruturas metálicas de resguardo dos visitantes
não apresentam as garantias mínimas de segurança exigíveis, com corrimões nem soldados
nem aparafusados, mas apenas seguros por arames metálicos.
O
mais grave é o facto de os arquitectos paisagistas não terem previsto as
indispensáveis acessibilidades para pessoas portadoras de deficiência. Os
projectistas ter-se-ão também esquecido de papeleiras, vendo-se turistas às
voltas com embalagens nas mãos, para não conspurcarem o chão e relvados, sem
saber onde as largar. A empreitada para a “execução de trabalhos estritamente
necessários e urgentes de estabilização, contenção, reforço, infra-estruturas e
impermeabilização das zonas A e B dos Terraços do Carmo e sua área envolvente”,
reaprovada de novo em Setembro do ano passado nesta AML, pela Proposta nº
483/2014, também se terá esquecido da iluminação, pois a cablagem está ainda
espalhada, em buracos pelo chão, mas sem qualquer ligação à rede pública.
Pergunta-se:
Afinal que trabalhos estão ainda por executar? Como será assegurado o acesso a
deficientes? As lojas sob a muralha, que alertaram para várias patologias e
infiltrações detectadas em paredes e tectos dos seus espaços, têm o seu
problema resolvido? Será que a próxima reinauguração terá somente lugar lá para
mais perto das eleições autárquicas com nova ‘pompa e circunstância’?
Tema: Terreno privado a Norte da Calçada
do Poço
No
vale junto ao cruzamento da Calçada do Poço com a Estrada do Desvio existe um
terreno expectante que já foi usado como área de cultivo junto a uma nascente.
Do lado da Estrada do Desvio, uma via com sentido de trânsito exclusivamente
descendente, não existem sarjetas, ficando esta via atreita a enxurradas aquando
das chuvas de Inverno. Há cerca de 3 meses, o terreno em declive do lado
esquerdo desta via foi isolado pela CML com chapas metálicas de protecção.
Entretanto, várias dessas chapas esvoaçaram e tombaram, felizmente, não para a
via pública, mas para o lado interior do vale. É também por este vale que é
feita a passagem dos níveis freáticos das encostas envolventes.
Acontece
ainda que, recentemente, técnicos da CML estiveram a efectuar um levantamento
topográfico e medições deste terreno privado para uma possível urbanização em
zona de vale de escoamento natural de águas.
Pergunta-se:
Confirma a CML a possibilidade de vir a permitir uma nova urbanização em zona
de vale? Existe algum projecto já aprovado para este local? Quando vai a CML
resolver a actual situação de insegurança para o trânsito das chapas caídas na
margem esquerda da descida da Estrada do Desvio?
Tema: Terreno municipal a Nascente da
Estrada do Desvio
A
Nascente do cruzamento entre a Rua da Quinta das Lavadeiras e a Estrada do
Desvio, a CML identificou uma empreitada da Direcção Municipal de Ambiente
Urbano com o nº 70/CP/DEPS/N.D./2012, para a extensão do Parque Urbano do Vale
da Ameixoeira. Esta empreitada, inserida na campanha publicitária ‘Obra a obra,
Lisboa melhora’, tinha um prazo de conclusão de 150 dias, pelo que já deveria
estar pronta há quase 3 anos.
No
vale deste terreno municipal passam linhas de água, o que implica que o
trânsito da Estrada do Desvio circule sobre uma pequena ponte. Segundo
informação disponibilizada pelos moradores, este vale da Quinta das Lavadeiras
costuma encher no Inverno, havendo por vezes dificuldade no escoamento das
águas pluviais. Através de um visita ao local, “Os Verdes” aperceberam-se que a CML
pretende desviar o curso de água, preparando-se os serviços municipais para conter
estas linhas de água, entubando-as em pequenos condutas, mas omitindo a força
do caudal no período de Invernia.
Pergunta-se:
ultrapassado o prazo do anúncio previsto para construção do Parque Urbano, para
quando prevê agora a CML terminar a empreitada no troço compreendido entre a
Quinta das Lavadeiras e a Estrada do Desvio? E como planeia a CML normalizar e
garantir o efectivo escoamento freático desta zona de vale?
J. L. Sobreda Antunes
Grupo
Municipal de “Os
Verdes”
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