Em primeiro
lugar, o Grupo Municipal do Partido Ecologista «Os
Verdes» gostaria de saudar esta iniciativa e os peticionários
que, com a presente petição, alertaram para a necessidade e o direito de os
moradores, comerciantes e amigos das Avenidas Novas, serem ouvidos previamente
sobre a venda dos terrenos da antiga Feira Popular em Entrecampos.
Os
peticionários alegam que tiveram conhecimento da intenção de venda destes
terrenos por parte da Câmara através da comunicação social entre Março e Abril,
e que a autarquia o pretendia fazer ainda durante o primeiro semestre deste
ano. Portanto, num prazo de dois meses após ter sido tornada pública esta
intenção.
Referem
também a pouquíssima informação disponibilizada pela autarquia, estando
prevista a possibilidade de construção de habitação, serviços, comércio a
retalho e hotelaria.
Ou seja, tudo
isto seria possível construir nos terrenos onde funcionou a Feira Popular.
Interrogam-se
sobre se haverá espaços de lazer e cultura e defendem que é necessário promover
uma oposição a esta venda precipitada, sem que os moradores da área
circundante, os seus representantes, os eleitos locais, a população em geral e
a cidade tenham tido direito a serem ouvidos num processo transparente de
discussão pública sobre o que ali poderá e deverá ser construído.
Perante o que
nos é apresentado na petição que agora apreciamos, «Os
Verdes» partilham destas preocupações e diligenciaram,
inclusivamente, no sentido de haver uma maior transparência no processo de
alienação dos terrenos da antiga Feira Popular, envolvendo e auscultando todos
os interessados, dada a importância estratégica destes terrenos. Entendemos que
o que vier a ser construído nestes terrenos terá não só implicações directas na
zona circundante, mas também em toda a cidade de Lisboa.
Da forma como as notícias surgiram e tendo em conta a
importância destes terrenos defendemos, acima de tudo, transparência nesta
parte do processo, já que no passado o processo Parque Mayer/Feira Popular ficou
marcado pelas piores razões. Já na altura defendemos a legalidade e a
transparência do processo, e agora continuamos a defendemos estas duas
características absolutamente fundamentais e que, na nossa opinião, deverão
estar sempre presentes nas intenções da Câmara Municipal de Lisboa.
Por tudo isto
e por entendermos que esta iniciativa veio, e bem, alertar para a necessidade
de haver mais auscultação, discussão, partilha e clareza em processos que dizem
respeito à cidade e aos cidadãos, reiteramos a nossa saudação a esta petição e aos
seus peticionários.
Cláudia Madeira
Grupo
Municipal de “Os Verdes”
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