A ‘Lista Vermelha’ de 2007 contendo as espécies ameaçadas, elaborado pela União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN www.iucn.org) - um barómetro que mostra os efeitos no planeta da perda e degradação dos habitat, sobreexploração, poluição, introdução de espécies invasivas e das alterações climáticas - inclui quatro categorias: espécie extinta, criticamente ameaçada de extinção, ameaçada e vulnerável.
Um em cada quatro mamíferos, uma em cada oito aves, um terço dos anfíbios e 70% das plantas avaliadas estão em risco. A referida Lista vem demonstrar que continuam a aumentar em todo o planeta o número de espécies ameaçadas de extinção, tendo nela agora entrado pela primeira vez os corais, enquanto os orangotangos, os gorilas e alguns golfinhos pioraram as condições de sobrevivência, revelou a organização.
“Estamos no sinal vermelho”, afirmou a directora do programa para as espécies do Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF), no comunicado divulgado esta semana, defendendo que “é tempo de os responsáveis perceberem que isto não é um jogo” e que “está em causa o futuro do planeta”. Lamenta porém que “os líderes mundiais fizeram vários encontros para discutir a perda de biodiversidade, mas neste momento o assunto foi um pouco esquecido das agendas políticas”. Também o director do programa marítimo da WWF considerou que “o facto de os corais estarem agora na Lista Vermelha deveria soar como campainha de aviso ao mundo de que os oceanos estão em sérios problemas”. Os recifes são cruciais para milhares de espécies de peixes e invertebrados. Em todo o mundo os corais estão a ser destruídos pelo aumento da pesca e as alterações climáticas.
Entre as espécies que viram a situação agravada no último ano está o gorila, que passou da classificação de ‘ameaçada’ para ‘criticamente ameaçada de extinção’, devido à caça para fins comerciais e a um surto do vírus do ébola. Os orangotangos também estão em situação de ameaça crítica de extinção, principalmente devido à destruição do seu habitat para actividades como as plantações de óleo de palma. Os golfinhos de água doce também estão em dificuldades, devido à construção de barragens, redes de pesca, tráfego marítimo e poluição. Na lista do ano passado da IUCN tinham sido incluídas mais espécies de tubarões de alto mar, com três espécies de tubarão raposo classificadas como vulneráveis, além do tubarão anequim. Cinco espécies de abutres estão também em maior perigo por causa do uso de um químico usado para tratamento de gado 1.
A Lista de espécies ameaçadas inclui já 41.415 espécies. Este ano a Lista contabiliza, entre as espécies ameaçadas, 16.306 em risco de extinção, mais 188 espécies do que na Lista de 2006. O número total de espécies extintas é de 785, a que se juntam outras 65 que só subsistem porque são cuidadas em cativeiro ou cultivo. Também foram incluídas na Lista 74 algas das Ilhas Galápagos, das quais dez na categoria de espécie em perigo crítico e das quais seis consideradas como possivelmente extintas. Ao todo a Lista regista 12.043 plantas, das quais 8.447 consideradas espécies ameaçadas.
O crocodilo da Índia e Nepal também está ameaçado pela degradação do habitat e passou da categoria de espécie em perigo para a de perigo crítico, tendo a sua população diminuído 58% ao passar dos 436 adultos reprodutores em 1997 para apenas 182 em 2006. As barragens, os projectos de irrigação, a extracção de areia e os diques ocuparam grande parte do habitat deste crocodilo, que agora tem apenas cerca de 2% do que era anteriormente. Mais de 700 répteis da América do Norte também entraram na Lista Vermelha, em resultado da avaliação desta espécie no México e América do Norte, dos quais 90 estão ameaçadas de extinção.
A directora-geral da IUCN, salientou que “o ritmo da perda de biodiversidade está a aumentar e necessitamos de actuar já para o reduzir de maneira significativa e impedir esta crise global de extinção. É possível fazê-lo, mas só mediante um esforço concertado por toda a sociedade” 2.
Um em cada quatro mamíferos, uma em cada oito aves, um terço dos anfíbios e 70% das plantas avaliadas estão em risco. A referida Lista vem demonstrar que continuam a aumentar em todo o planeta o número de espécies ameaçadas de extinção, tendo nela agora entrado pela primeira vez os corais, enquanto os orangotangos, os gorilas e alguns golfinhos pioraram as condições de sobrevivência, revelou a organização.
“Estamos no sinal vermelho”, afirmou a directora do programa para as espécies do Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF), no comunicado divulgado esta semana, defendendo que “é tempo de os responsáveis perceberem que isto não é um jogo” e que “está em causa o futuro do planeta”. Lamenta porém que “os líderes mundiais fizeram vários encontros para discutir a perda de biodiversidade, mas neste momento o assunto foi um pouco esquecido das agendas políticas”. Também o director do programa marítimo da WWF considerou que “o facto de os corais estarem agora na Lista Vermelha deveria soar como campainha de aviso ao mundo de que os oceanos estão em sérios problemas”. Os recifes são cruciais para milhares de espécies de peixes e invertebrados. Em todo o mundo os corais estão a ser destruídos pelo aumento da pesca e as alterações climáticas.
Entre as espécies que viram a situação agravada no último ano está o gorila, que passou da classificação de ‘ameaçada’ para ‘criticamente ameaçada de extinção’, devido à caça para fins comerciais e a um surto do vírus do ébola. Os orangotangos também estão em situação de ameaça crítica de extinção, principalmente devido à destruição do seu habitat para actividades como as plantações de óleo de palma. Os golfinhos de água doce também estão em dificuldades, devido à construção de barragens, redes de pesca, tráfego marítimo e poluição. Na lista do ano passado da IUCN tinham sido incluídas mais espécies de tubarões de alto mar, com três espécies de tubarão raposo classificadas como vulneráveis, além do tubarão anequim. Cinco espécies de abutres estão também em maior perigo por causa do uso de um químico usado para tratamento de gado 1.
A Lista de espécies ameaçadas inclui já 41.415 espécies. Este ano a Lista contabiliza, entre as espécies ameaçadas, 16.306 em risco de extinção, mais 188 espécies do que na Lista de 2006. O número total de espécies extintas é de 785, a que se juntam outras 65 que só subsistem porque são cuidadas em cativeiro ou cultivo. Também foram incluídas na Lista 74 algas das Ilhas Galápagos, das quais dez na categoria de espécie em perigo crítico e das quais seis consideradas como possivelmente extintas. Ao todo a Lista regista 12.043 plantas, das quais 8.447 consideradas espécies ameaçadas.
O crocodilo da Índia e Nepal também está ameaçado pela degradação do habitat e passou da categoria de espécie em perigo para a de perigo crítico, tendo a sua população diminuído 58% ao passar dos 436 adultos reprodutores em 1997 para apenas 182 em 2006. As barragens, os projectos de irrigação, a extracção de areia e os diques ocuparam grande parte do habitat deste crocodilo, que agora tem apenas cerca de 2% do que era anteriormente. Mais de 700 répteis da América do Norte também entraram na Lista Vermelha, em resultado da avaliação desta espécie no México e América do Norte, dos quais 90 estão ameaçadas de extinção.
A directora-geral da IUCN, salientou que “o ritmo da perda de biodiversidade está a aumentar e necessitamos de actuar já para o reduzir de maneira significativa e impedir esta crise global de extinção. É possível fazê-lo, mas só mediante um esforço concertado por toda a sociedade” 2.
1. Ver Lusa doc. nº 7480133, 12/09/2007 - 12:27
2. Ver Lusa doc. nº 7481141, 12/09/2007 - 17:45
2 comentários:
Adimiro muito o vosso trabalho continnuem assim!
xD fui o unico que enviei um comentario xDDD
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