08/09/2007

Renovação do Jardim Marquês de Marialva

O Jardim Marquês de Marialva, vulgo do Campo Pequeno, deve reabrir em meados de Setembro, seis meses depois de terem arrancado as polémicas obras de requalificação daquele espaço em redor da praça de touros do Campo Pequeno, que implicaram o abate de 97 plátanos de grandes dimensões.
Segundo a assessora de imprensa do vereador dos Espaços Verdes, “está previsto que as vedações da obra sejam retiradas a 15 de Setembro”, pelo que a inauguração do jardim “deverá ocorrer em meados” deste mês.
Até lá, a CML terá de proceder à recepção provisória da obra, que abrangeu uma área de intervenção de cerca de 22 mil metros quadrados e foi desenvolvida pela Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno.
Essa recepção chegou a estar prevista para dia 24 de Agosto, mas acabou por ser adiada depois de os técnicos camarários terem verificado a existência de “algumas insuficiências” na concretização do projecto de reabilitação do Jardim Marquês de Marialva. A recepção da obra pela autarquia implica a realização de uma inspecção sanitária, ao parque infantil e à iluminação pública, e de uma vistoria aos espaços ajardinados e pavimentados.
No local, onde ainda é visível o estaleiro da obra e alguns materiais de construção abandonados, não há qualquer indicação sobre a data de abertura do jardim, mas continua afixada uma informação da CML em que se justifica a “necessidade de proceder à substituição de 97 plátanos”.
Na missiva dirigida aos munícipes, a autarquia lisboeta garante que nenhuma daquelas árvores de grande dimensão foi “abatida discricionariamente” e assume o compromisso de plantar em seu lugar 153 plátanos, três jacarandás, cinco olaias e seis tílias.
Além da plantação destas árvores, a requalificação do Jardim Marquês de Marialva contemplou, de acordo com o projecto concebido pela CML, a recuperação dos espaços pedonais, o redesenho dos canteiros, a reorganização da vegetação existente, a instalação de sistemas de rega automática e de drenagem de águas e a revitalização do parque infantil, entre outras medidas. Segundo informação afixada no local, a obra custou 980 mil euros 1.
Entretanto, o grupo de cidadãos que integram o Fórum Cidadania Lisboa já se manifestou contra os trabalhos desenvolvidos no Campo Pequeno, afirmando que um jardim do século XIX foi “transformado em ‘jardim playstation’, com iluminação do século XXI, bancos colados uns aos outros”, e questionando “onde param as árvores que era suposto serem plantadas dentro dos canteiros” 2.

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