07/03/2009

Casas degradadas deixam lisboetas insatisfeitos

Um estudo encomendado pela CML mostra que os habitantes de Lisboa estão mais descontentes do que os que moram na periferia e a sua vontade de voltar a morar em Lisboa é cada vez menor.
Lisboa já teve 800 mil habitantes, hoje são pouco mais de 500 mil. Por isso, este estudo encomendado pela CML, e integrado no Programa Local de Habitação (PLH), tentou perceber o porquê da ‘fuga’ da capital e o que se podia fazer para inverter a situação.
E se um dos objectivos do PLH é devolver habitantes à cidade, há um outro factor que se torna relevante: a maioria das pessoas que vive em Lisboa está satisfeita com a sua casa, com a média dos inquiridos a atingir os 7,73, numa escala de zero a dez.
Todavia, naqueles que estão insatisfeitos há uma constante: a degradação das habitações. Destes, mais de 31% estão insatisfeitos porque a casa “precisa de obras” aos quais se juntam mais 30% que se queixam do facto da sua moradia ser “antiga/velha”.
O facto das habitações “precisarem de obras” e “serem antigas” lideram os motivos de insatisfação dos moradores de Lisboa, deixando identificada uma das principais causas do êxodo de moradores na capital: o mau estado das habitações.
Por outro lado, a indignação dos moradores com a degradação dos edifícios não fica dentro das paredes da sua moradia. No ranking de insatisfação, os “espaços degradados” ocupam um “assinalável” terceiro lugar, com 24,4% dos inquiridos a queixarem-se deste factor, sendo que destes 47,4% residem em Lisboa.
Esse mau estado dos edifícios é no entanto batido pela “poluição” e pela “insegurança” que deixam insatisfeitos 40,3% e 26,9%, respectivamente.
Além da qualidade do ambiente e da insegurança, a “relação preço/qualidade das habitações” e o “estacionamento” foram factores que os lisboetas classificaram abaixo de cinco, numa escala de zero a dez.

Ver
http://dn.sapo.pt/2009/03/06/cidades/casas_degradadas_deixam_lisboetas_in.html

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