Com mais de 300 espécies para tratar, o dia a dia dos veterinários do Zoo de Lisboa é tudo menos rotineiro. A rotina é feita de partos e cesarianas, patas magoadas, conjuntivites, problemas gastro-intestinais e traumatismos resultantes de lutas: “todos os dias pode haver algo de novo, é imprevisível”.
O mais grave é que pelas suas mãos passam, para além das constipações banais, doenças causadas por objectos atirados pelos visitantes e que os animais engolem. Muitos acabam por morrer.
Foi o que aconteceu na semana passada a um aligátor, em cujo estômago foram encontradas duas garrafas de plástico e outros ‘alimentos’ pouco convencionais, incluindo uma moeda do tempo do escudo, como contou uma das especialistas que trabalham no hospital do Zoo. Segundo a veterinária “as garrafas nunca iriam passar para o intestino, porque o orifício é bastante estreito, e acabaram por lhe provocar a morte”.
Infelizmente, apesar dos apelos contrários dos cartazes, o público insiste em atirar aos animais garrafas e sacos de plástico, latas de coca-cola, amendoins e bolachas que podem provocar gastrites e diarreias.
Preferencialmente, o tratamento é feito no local onde os animais se encontram, para evitar o stress que implica uma deslocação. O hospital actual, que substituiu a antiga clínica, inclui os cuidados hospitalares, uma enfermaria e uma zona de quarentena.
É neste espaço isolado que ficam todos os animais que são recebidos de outros zoos para evitar a transmissão de doenças, sublinhou o administrador do Jardim Zoológico. Nalguns casos - carnívoros ou grandes primatas - o internamento pode ir até três meses.
O hospital, que já mereceu os elogios da Associação Europeia de Veterinários da Vida Selvagem e de Jardins Zoológicos, dispõe ainda de um laboratório de apoio de apoio à inseminação artificial. O processo está a ser realizado agora em chitas e já deu frutos em 2001 com uma ninhada de tigres da Sibéria.
No jardim zoológico trabalham cinco veterinários vocacionados para animais marinhos, clínica geral e cirurgia, que actualizam permanentemente os seus conhecimentos face às 250 espécies diferentes que têm de tratar.
Actualmente, os animais, mesmos os mais perigosos, podem ser tratados sem necessidade de anestesia, graças a sistemas de contenção que os imobilizam, impedindo ataques aos veterinários. Apesar de tudo, a vigilância deve ser constante e os ‘sustos’ também fazem parte da rotina destes profissionais.
E “este trabalho envolve riscos”, recorda o veterinário. É que a filosofia do zoo passa por manter os animais selvagens. “Queremos que os animais mantenham a sua natureza, vitalidade e agressividade”, que garante combater “a humanização”. “É importante garantir a segurança das pessoas, mas também pensamos em maneiras de defender os animais dos visitantes”, ficando o apelo para que não se atire comida ou objectos aos animais.
O mais grave é que pelas suas mãos passam, para além das constipações banais, doenças causadas por objectos atirados pelos visitantes e que os animais engolem. Muitos acabam por morrer.
Foi o que aconteceu na semana passada a um aligátor, em cujo estômago foram encontradas duas garrafas de plástico e outros ‘alimentos’ pouco convencionais, incluindo uma moeda do tempo do escudo, como contou uma das especialistas que trabalham no hospital do Zoo. Segundo a veterinária “as garrafas nunca iriam passar para o intestino, porque o orifício é bastante estreito, e acabaram por lhe provocar a morte”.
Infelizmente, apesar dos apelos contrários dos cartazes, o público insiste em atirar aos animais garrafas e sacos de plástico, latas de coca-cola, amendoins e bolachas que podem provocar gastrites e diarreias.
Preferencialmente, o tratamento é feito no local onde os animais se encontram, para evitar o stress que implica uma deslocação. O hospital actual, que substituiu a antiga clínica, inclui os cuidados hospitalares, uma enfermaria e uma zona de quarentena.
É neste espaço isolado que ficam todos os animais que são recebidos de outros zoos para evitar a transmissão de doenças, sublinhou o administrador do Jardim Zoológico. Nalguns casos - carnívoros ou grandes primatas - o internamento pode ir até três meses.
O hospital, que já mereceu os elogios da Associação Europeia de Veterinários da Vida Selvagem e de Jardins Zoológicos, dispõe ainda de um laboratório de apoio de apoio à inseminação artificial. O processo está a ser realizado agora em chitas e já deu frutos em 2001 com uma ninhada de tigres da Sibéria.
No jardim zoológico trabalham cinco veterinários vocacionados para animais marinhos, clínica geral e cirurgia, que actualizam permanentemente os seus conhecimentos face às 250 espécies diferentes que têm de tratar.
Actualmente, os animais, mesmos os mais perigosos, podem ser tratados sem necessidade de anestesia, graças a sistemas de contenção que os imobilizam, impedindo ataques aos veterinários. Apesar de tudo, a vigilância deve ser constante e os ‘sustos’ também fazem parte da rotina destes profissionais.
E “este trabalho envolve riscos”, recorda o veterinário. É que a filosofia do zoo passa por manter os animais selvagens. “Queremos que os animais mantenham a sua natureza, vitalidade e agressividade”, que garante combater “a humanização”. “É importante garantir a segurança das pessoas, mas também pensamos em maneiras de defender os animais dos visitantes”, ficando o apelo para que não se atire comida ou objectos aos animais.
Ver www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=28985&idSeccao=479&Action=noticia
Sem comentários:
Enviar um comentário