O Solar XXI aloja gabinetes e serviços do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), mas é especial porque o próprio edifício foi planeado para estudar tecnologias de eficiência energética na construção.
O painel à entrada avisa que até 6ª fª, Dia Mundial da Energia, o edifício já produziu 45 276 kilowatts. O Solar XXI, em Lisboa, gera 80% do seu consumo energético e pretende ser um exemplo de eficiência para outros edifícios.
Os dados sobre a produção e consumos neste edifício são permanentemente actualizados num painel electrónico que permite a quem entra saber, por exemplo, que o interior está a 20º e que a eficiência desta construção já evitou a emissão de 31.693 quilogramas de CO2 para a atmosfera, contribuindo desta forma para a redução das alterações climáticas.
“Enquanto edifício de serviços, que tem um funcionamento diurno, este é um exemplo que pode ser copiado pelos edifícios de escritórios e serviços nas cidades”, considerou a presidente do LNEG, salientando que este aumento da eficiência ocorre sem aumento de custos de construção em relação a um edifício normal.
Para o investigador, autor e responsável pelo projecto do LNEG, a ideia foi “provar que, mesmo para o clima português, era possível ter um edifício sem ar condicionado no Verão e que no Inverno também tivesse consumos reduzidíssimos para aquecimento”.
Para concretizar este plano, as tecnologias integradas no Solar XXI baseiam-se em premissas simples: “no Inverno captam o máximo de energia solar, que é aquilo que temos disponível e gratuitamente, e no Verão, em vez de ar condicionado, adaptámos o edifício para que não aqueça tanto como os outros e seja arrefecido pela fonte fria que temos ao nosso dispor, que é o solo”.
A integração arquitectónica de células fotovoltaicas na fachada do Solar XXI permite aquecer água e produzir electricidade, mas também aproveitar o calor das próprias placas que captam a radiação solar para aquecer no Inverno os gabinetes, que não precisam de aquecedores.
“Todos os gabinetes têm também umas pequenas portas de arrefecimento, através das quais cada utilizador pode injectar ar frio no escritório proveniente do sistema de arrefecimento do edifício, que aproveita as baixas temperaturas verificadas debaixo de terra”.
O projecto aproveita ainda a iluminação natural para evitar luzes acesas e procurou optimizar o espaço envolvente, onde até os lugares de estacionamento têm placas solares em vez de telhas, sendo de destacar que algumas destas técnicas começam agora a ser aplicadas em arranha-céus e edifícios públicos noutros países.
Para resultados óptimos em eficiência energética o melhor é que o edifício integre esta tecnologia de raiz, mas os escritórios que já estão construídos também podem sofrer melhorias: “basta melhorar a envolvente do edifício, para melhorar o consumo energético”.
O responsável salienta que o desafio que agora se discute a nível internacional é a construção de um edifício “energia zero”, que terá “todas as suas necessidades energéticas cobertas pela energia produzida pelo próprio edifício”.
“Este conceito pode ser extensivo a um edifício, mas também a um bairro ou a uma parte da cidade, de forma que as novas construções se constituam quase como autónomas em relação à origem da energia que consomem, o que poderá ser muito interessante”, explicou.
O painel à entrada avisa que até 6ª fª, Dia Mundial da Energia, o edifício já produziu 45 276 kilowatts. O Solar XXI, em Lisboa, gera 80% do seu consumo energético e pretende ser um exemplo de eficiência para outros edifícios.
Os dados sobre a produção e consumos neste edifício são permanentemente actualizados num painel electrónico que permite a quem entra saber, por exemplo, que o interior está a 20º e que a eficiência desta construção já evitou a emissão de 31.693 quilogramas de CO2 para a atmosfera, contribuindo desta forma para a redução das alterações climáticas.
“Enquanto edifício de serviços, que tem um funcionamento diurno, este é um exemplo que pode ser copiado pelos edifícios de escritórios e serviços nas cidades”, considerou a presidente do LNEG, salientando que este aumento da eficiência ocorre sem aumento de custos de construção em relação a um edifício normal.
Para o investigador, autor e responsável pelo projecto do LNEG, a ideia foi “provar que, mesmo para o clima português, era possível ter um edifício sem ar condicionado no Verão e que no Inverno também tivesse consumos reduzidíssimos para aquecimento”.
Para concretizar este plano, as tecnologias integradas no Solar XXI baseiam-se em premissas simples: “no Inverno captam o máximo de energia solar, que é aquilo que temos disponível e gratuitamente, e no Verão, em vez de ar condicionado, adaptámos o edifício para que não aqueça tanto como os outros e seja arrefecido pela fonte fria que temos ao nosso dispor, que é o solo”.
A integração arquitectónica de células fotovoltaicas na fachada do Solar XXI permite aquecer água e produzir electricidade, mas também aproveitar o calor das próprias placas que captam a radiação solar para aquecer no Inverno os gabinetes, que não precisam de aquecedores.
“Todos os gabinetes têm também umas pequenas portas de arrefecimento, através das quais cada utilizador pode injectar ar frio no escritório proveniente do sistema de arrefecimento do edifício, que aproveita as baixas temperaturas verificadas debaixo de terra”.
O projecto aproveita ainda a iluminação natural para evitar luzes acesas e procurou optimizar o espaço envolvente, onde até os lugares de estacionamento têm placas solares em vez de telhas, sendo de destacar que algumas destas técnicas começam agora a ser aplicadas em arranha-céus e edifícios públicos noutros países.
Para resultados óptimos em eficiência energética o melhor é que o edifício integre esta tecnologia de raiz, mas os escritórios que já estão construídos também podem sofrer melhorias: “basta melhorar a envolvente do edifício, para melhorar o consumo energético”.
O responsável salienta que o desafio que agora se discute a nível internacional é a construção de um edifício “energia zero”, que terá “todas as suas necessidades energéticas cobertas pela energia produzida pelo próprio edifício”.
“Este conceito pode ser extensivo a um edifício, mas também a um bairro ou a uma parte da cidade, de forma que as novas construções se constituam quase como autónomas em relação à origem da energia que consomem, o que poderá ser muito interessante”, explicou.
Ver http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1247676&seccao=Biosfera
Sem comentários:
Enviar um comentário