24/05/2009

Oposição chumba instalação de estação eléctrica em Monsanto

Toda a oposição na CML chumbou na passada 4ª fª a instalação de uma nova sub-estação da Rede Nacional de Transportes e Electricidade (REN) em pleno Parque Florestal de Monsanto, o que obrigaria a mais uma suspensão parcial do Plano Director Municipal (PDM).
A proposta do vereador do Urbanismo foi assim rejeitada por todos os partidos da oposição, recebendo os votos favoráveis exclusivamente do PS e do vereador independente, ex-BE.
“Ninguém está acima da lei. A REN que faça o estudo de impacto ambiental”, afirmou a vereadora comunista Rita Magrinho, sublinhando que a instalação da sub-estação iria “sacrificar dezenas e dezenas de árvores”. Para a vereadora do PCP, “a REN não pode destruir uma parte de Monsanto, por mínima que seja”.
O vereador (pretensamente) do Ambiente (ex-BE) retorquiu que a “obra não carece de estudo de impacte ambiental porque se trata de uma rede eléctrica de cabos subterrâneos”, tendo, contudo, sido feito um estudo de incidências ambientais, defendendo que a obra tem vindo a ser adiada desde há cinco anos e que seria “fundamental” para o abastecimento de electricidade na zona ribeirinha, desde a Ajuda ao Cais do Sodré, bem como nas Freguesias de Carnaxide e Algés, do Concelho de Oeiras.
A autorização da autarquia, pedida pelo Ministério da Economia, seria condicionada ao cumprimento por parte da concessionária de medidas “minimizadoras” que passavam pela plantação em Monsanto do mesmo número de árvores cujo derrube fosse necessário para a instalação da sub-estação e a redução da largura do novo caminho de acesso previsto para 3,5 metros.
Estabelecia-se ainda que a compensação pelo derrube das árvores far-se-ia de acordo com as normas de Granada - um sistema de valorização do arvoredo, sobretudo árvores e arbustos ornamentais 1.
O chumbo da proposta por parte da oposição vai ao encontro das reivindicações da Plataforma por Monsanto, que argumentava que a área do parque florestal tem vindo, “de excepção em excepção”, a diminuir “drasticamente” ao longo dos anos.
A Plataforma apelara há dias para que as forças políticas do executivo municipal de Lisboa chumbassem a instalação desta subestação da Rede Nacional de Transportes e Electricidade no parque florestal 2.
Os Parques e Jardins da cidade de Lisboa ganharam esta ronda, mas, pela amostra, com este pretenso vereador ‘defensor’ dos espaços verdes a preservação do futuro ‘verde’ da capital continua a não estar garantido.

1. Ver Lusa doc. nº 9698540, 21/05/2009 - 00:18
2. Ver
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1380182&idCanal=2100

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