08/09/2009

Conselho da Juventude apresenta 20 propostas para Portugal

Nos últimos meses, o Conselho Nacional da Juventude (CNJ) recolheu opiniões e propostas de jovens de todo o país, de diferentes quadrantes políticos e diferentes gostos. O resultado são ‘20 Propostas Jovens para Portugal’ e entre elas está o alargamento do programa de apoio financeiro ao arrendamento jovem, actualmente atribuído a arrendatários entre os 18 e os 30 anos. O CNJ defende que o Porta 65 deveria ser mais abrangente e “englobar jovens até aos 35 anos”.
As ‘20 ideias para Portugal’ serão apresentadas hoje em Lisboa e, de acordo com o presidente do CNJ, o “objectivo é que todos os órgãos de soberania, desde a Assembleia da República às juntas de Freguesia, possam assumir de forma muito clara um investimento nos jovens”.
O CNJ irá depois pedir uma reunião aos partidos políticos para apresentar as suas propostas, esperando que “as recebam e as adoptem”.
Algumas das sugestões agora feitas pelos jovens são “a consolidação de instrumentos que já existem e que devem ser melhorados”. Mas também existem “algumas propostas altamente inovadoras”. Entre elas está a hipótese de as pessoas “trabalharem menos horas” para se poderem dedicar à família e terem mais qualidade de vida.
O presidente do CNJ considera importante “permitir que um dos cônjuges possa estar mais cedo em casa: Hoje, a maior parte das pessoas trabalha até muito tarde e não tem tempo para se dedicar à família”. “Os factores 'tempo livre' e 'lazer' são extremamente relevantes na qualidade de vida e na saúde das pessoas”, lembrou o representante dos jovens, sublinhando que “a saúde não é só ausência de doença”.
Para acabar com o abandono dos filhos que ficam à sua mercê depois das aulas, enquanto os pais estão a trabalhar, o CNJ entende que se deveria criar a personagem do “trabalhador social juvenil”: profissionais qualificados que trabalhariam nas associações enquanto animadores. “Haveria um programa a pensar nas associações juvenis que permitiria empregar jovens, enquanto animadores sociais, que trabalhariam nos tempos livres dos jovens tornando-os mais incluídos, dando-lhes um conjunto de competências”.
Outra das propostas é a “consolidação da vida laboral com a vida familiar”, através do reforço de serviços sociais, como o alargamento do horário das creches.
Lembrando que “a esperança média de vida está a decrescer devido aos erros associados à obesidade”, o CNJ defende que deveria haver um combate ao sedentarismo e uma aposta nas práticas desportivas, nomeadamente através do apoio ao desporto escolar.
O combate ao desemprego juvenil e à precariedade e a criação de mais estágios profissionais são outras das medidas que os jovens gostariam que os partidos políticos assumissem como prioritárias.

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