22/09/2009

Hoje é Dia sem Carros

Há mais pessoas a optar pela bicicleta diariamente em Lisboa. Desde 2006, o número de utilizadores cresceu 40%. É que trocar carro por bicicleta pode permitir poupar até 1.700 euros/ano.
No Dia Europeu sem Carros, data instituída pela Comissão Europeia para diminuir o tráfego automóvel nas cidades, ciclistas que pedalam diariamente pelos percursos antes feitos de carro descobrem benefícios ambientais e também financeiros.
Um ex-utilizador intensivo do carro fez as contas de quanto poupa desde que pedala: 500 euros em ginásio, 1.000 em combustível e 200 em manutenção mecânica. Conjugando a bicicleta com os meios de transporte, no fim do ano, diz ter a mais na conta 1.700 euros.
“A última vez que coloquei combustível no carro foi em Outubro de 2008”, disse no debate "Mobilidade Sustentável e a Bicicleta em Lisboa", organizado pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB).
Também o autor do projecto ‘100 dias de Bicicleta em Lisboa’ 1, trabalho de campo para uma tese que este engenheiro civil desenvolveu, verificou gastar menos 150 euros por mês (1.800 por ano) “enquanto destruía o mito das sete colinas”. A capital afinal é feita de muitos planaltos, descobriu. Acabou por pedalar 200 dias num ano, sem incidentes, e continua a fazê-lo.
No entanto, a falta de segurança para velocípedes nas estradas é o maior risco. A revisão do Código da Estrada (CE) operada pelo Decreto-Lei nº 44/2005, a 23 de Fevereiro, não contemplou as alterações há muito pedidas pelos ciclistas para que a bicicleta seja vista como um meio de transporte.
Por exemplo, o artigo 90º obriga a transitar o mais próximo possível das bermas ou passeio e proíbe o ciclista de seguir a par, a menos que se circule numa pista especial. O que para o presidente da FPCUB “constitui um entrave por se revelar inseguro”. No entanto, a FPCUB estima que em 2008, em Lisboa, o número de ciclistas a optar pela bicicleta aumentou 40%, o dobro em relação a 2006.
Apesar das dificuldades, a bicicleta é tida como um meio de transporte alternativo, não só para experimentar nas ruas cortadas ao trânsito no dia de hoje, mas como meio para deslocações diárias. De casa para o emprego e do emprego para o supermercado, são trajectos feitos a pedalar 2.

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