Um transístor feito com papel, sete mil vezes mais barato que os transístores convencionais e com a vantagem de ser amigo do ambiente. O ‘Paper-e’, como lhe chamam, deu aos investigadores o Green Project Award na categoria de Inovação e Desenvolvimento, entregue na passada 3ª fª.
“Dá para recortar, para escrever, é reciclável e pode dobrar-se”, enumera uma investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, enquanto mostra o pedaço de papel que modificou juntamente com outro colega da sua equipa.
Depois de produzirem sensores de ADN a partir de uma impressora convencional e de criarem tecnologia transparente, o passo seguinte foi criar transístores feitos de papel. “Os convencionais, feitos de silício, são caros, partem-se, não podem ser dobrados e usam uma tecnologia que é prejudicial ao ambiente”, explica um engenheiro electrotécnico.
Pelo contrário, os transístores de papel asseguram a transmissão de informação com um isolante maleável, limpo e reciclável. “Já trabalhávamos com o papel como suporte. A ideia para os transístores surgiu daí. Costumávamos trabalhar com transístores em suportes de vidro ou plástico. Apostámos no papel, o que acabou por dar resultado”.
A notícia da entrega do prémio correu depressa e todos dão os parabéns à dupla. Após o anúncio da sua descoberta, “passado uns dias já toda a gente conhecia os transístores de papel e queria saber mais sobre os portugueses que os inventaram”.
A vertente ambiental não foi descurada e foi até mais uma motivação para os cientistas. “Isto é electrónica verde. Os transístores podem ser reciclados, voltando ao ciclo da celulose. Os transístores normais são reciclados enviando-os para fábricas nos países pobres onde os trabalhadores raspam o silício à mão”. “Se as baterias de telemóvel, no futuro, forem de papel, facilita-se a reciclagem e é menos um problema para o ambiente”.
Outro avanço feito pela equipa de investigação foi conseguir armazenar a informação em camadas. “Para escrever algo numa memória de papel é preciso aplicar uma carga. Se esta for de cinco volts vou precisar de aplicar outra carga semelhante para a apagar. Assim, ao aplicar cargas diferentes a cada informação conseguimos retirar o que queremos dependendo destas”.
Isto permite aplicar a tecnologia de diversas formas. Por exemplo, em etiquetas inteligentes que têm informação que só pode ser lida pelos clientes ou distribuidores. Também os jornais interactivos podem tornar-se uma realidade mais próxima com esta tecnologia barata. Ou então sistemas de segurança para colocar nas notas.
A imaginação é o limite para os usos que se podem dar aos transístores de papel e nem o suporte é impedimento: “Ainda vamos ver transístores em bases de farinha e ovos”, concluiu.
“Dá para recortar, para escrever, é reciclável e pode dobrar-se”, enumera uma investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, enquanto mostra o pedaço de papel que modificou juntamente com outro colega da sua equipa.
Depois de produzirem sensores de ADN a partir de uma impressora convencional e de criarem tecnologia transparente, o passo seguinte foi criar transístores feitos de papel. “Os convencionais, feitos de silício, são caros, partem-se, não podem ser dobrados e usam uma tecnologia que é prejudicial ao ambiente”, explica um engenheiro electrotécnico.
Pelo contrário, os transístores de papel asseguram a transmissão de informação com um isolante maleável, limpo e reciclável. “Já trabalhávamos com o papel como suporte. A ideia para os transístores surgiu daí. Costumávamos trabalhar com transístores em suportes de vidro ou plástico. Apostámos no papel, o que acabou por dar resultado”.
A notícia da entrega do prémio correu depressa e todos dão os parabéns à dupla. Após o anúncio da sua descoberta, “passado uns dias já toda a gente conhecia os transístores de papel e queria saber mais sobre os portugueses que os inventaram”.
A vertente ambiental não foi descurada e foi até mais uma motivação para os cientistas. “Isto é electrónica verde. Os transístores podem ser reciclados, voltando ao ciclo da celulose. Os transístores normais são reciclados enviando-os para fábricas nos países pobres onde os trabalhadores raspam o silício à mão”. “Se as baterias de telemóvel, no futuro, forem de papel, facilita-se a reciclagem e é menos um problema para o ambiente”.
Outro avanço feito pela equipa de investigação foi conseguir armazenar a informação em camadas. “Para escrever algo numa memória de papel é preciso aplicar uma carga. Se esta for de cinco volts vou precisar de aplicar outra carga semelhante para a apagar. Assim, ao aplicar cargas diferentes a cada informação conseguimos retirar o que queremos dependendo destas”.
Isto permite aplicar a tecnologia de diversas formas. Por exemplo, em etiquetas inteligentes que têm informação que só pode ser lida pelos clientes ou distribuidores. Também os jornais interactivos podem tornar-se uma realidade mais próxima com esta tecnologia barata. Ou então sistemas de segurança para colocar nas notas.
A imaginação é o limite para os usos que se podem dar aos transístores de papel e nem o suporte é impedimento: “Ainda vamos ver transístores em bases de farinha e ovos”, concluiu.
Ver http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1366518
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