28/02/2009

EDP distribui lâmpadas eficientes em bairros históricos de Lisboa

A EDP vai distribuir, de 2 a 27 de Março, 40.440 lâmpadas eficientes nos bairros históricos de Lisboa, em colaboração com a CML e a Adene - Agência para a Energia.
Esta é uma acção que vai decorrer a nível nacional, prevendo-se a distribuição de um total de 400 mil lâmpadas eficientes a moradores de bairros sociais e históricos. Vai prolongar-se durante este ano e vai permitir uma redução total de 161 160 MW no consumo energético nacional, o equivalente ao consumo anual de 60 mil famílias portuguesas.
Esta medida permite que as famílias poupem cerca de 18 milhões de euros e evita a emissão de 60 mil toneladas de CO2 para a atmosfera. No ano de 2008, esta acção abrangeu os bairros sociais de Lisboa e Porto e os bairros históricos do Norte do País. As restantes localidades vão receber esta acção da EDP no decorrer deste ano.
Cada agregado familiar receberá gratuitamente quatro lâmpadas fluorescentes e alguns conselhos de eficiência energética, mediante o preenchimento de um pequeno questionário. A distribuição será feita porta-a-porta nos bairros históricos locais.

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www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=7695

Incentivo às energias renováveis

O director-geral da Agência Internacional da Energia (AIE) instou ontem, em Lisboa, as autoridades de cada país a envolverem-se mais no incentivo às energias renováveis. “Precisamos de um compromisso real dos governos”, apontou o responsável da AIE numa conferência promovida pelo Ministério da Economia e Inovação.
Frisou de seguida que no que diz respeito ao sector energético o “‘business as usual’ não é sustentável”, devendo os responsáveis governamentais procurar a implementação de medidas de eficiência energética.
De acordo com os dados apresentados pelo director-geral da AIE, o cenário de redução das emissões de dióxido de carbono até 2030 prevê que 54% dessa redução resulte de eficiência energética, devendo as renováveis e biocombustíveis contribuir para 23% da redução de CO2.
“Investimento, investimento, investimento, é o que pedimos”, referiu, argumentando que as renováveis devem ser vistas mais como oportunidade do que como ameaça.
Entre as medidas propostas pela AIE está a adopção de uma estratégia de incentivos progressivos às renováveis, que tenham em conta os diferentes cenários de uso das fontes alternativas de energia.

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www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=356566

27/02/2009

Centrais de biomassa

Portugal definiu, em 2003, os seus objectivos para as energias renováveis. À biomassa coube uma fatia de 150 MW, uma meta que, três anos mais tarde, foi elevada para os 250 MW. No entanto, apesar da ambição demonstrada, os projectos no terreno ainda escasseiam 1.
De facto, de 2003 a 2008 a potência instalada pouco evoluiu, apesar de todas as medidas tomadas em 2005, como o estabelecimento da tarifa de 105 euros a 110 euros por MWh, em 2006, o lançamento de 15 concursos para a construção de centrais a biomassa florestal e, em 2007, com o compromisso da tarifa garantida por um período de 25 anos.
Com efeito, apenas cerca de 10% dos 250 MW estão operacionais e “a meta definida pelo Governo jamais será cumprida em 2010”, denuncia o director-geral da uma empresa dos sector, lembrando que são necessários cerca de dois anos e meio para colocar uma central a funcionar.
Até ao momento, apenas duas das 13 unidades que receberam propostas estão em fase de projecto e construção. Os atrasos mais criticados prendem-se com as 15 unidades que o Governo lançou a concurso, em 17 de Fevereiro de 2006. Três anos depois, são raras as empresas que já têm contrato com o Estado para avançar com a unidade, faltando ainda conhecer o resultado de um dos lotes.
Há centrais que aguardam pela assinatura do respectivo contrato para iniciarem as obras, apesar da abertura de propostas dos diferentes lotes já ter sucedido há mais de 2 anos.
“Com este atraso já perdemos, pelo menos, 16 milhões de euros de facturação”, lamenta o mesmo director-geral, pressupondo que cada central facturará cerca de 8 milhões de euros por ano. “Tentamos ser compreensivos, mas estamos apreensivos. Isto já está atrasado mais de 2 anos”, desabafam também os representantes que integram um agrupamento de outras empresas 2.

1. Em parte sobre esta matéria, “Os Verdes” apresentaram o Projecto de Lei nº 255/X, que estabelece medidas de protecção aos carvalhos e outras espécies autóctones da flora portuguesa. Ver
www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?ID=33083
2. Ver www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=7683

Quercus avança com queixa para a Comissão Europeia

A Quercus anunciou ontem que vai apresentar queixa à Comissão Europeia devido à decisão de avançar com a Terceira Travessia sobre o Tejo e criticou o Governo por “insistir num erro” ao estimular a entrada de carros em Lisboa.
A Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada, emitida pelo Ministério do Ambiente, dá “luz verde” ao projecto, mas a Associação não poupa críticas à decisão que “implica o incumprimento de legislação comunitária”.
A Quercus alega que ao incluir a componente rodoviária, a Terceira Travessia vai violar as regras comunitárias a nível do ruído e qualidade do ar e põe em causa os objectivos de redução de emissões de gases com efeito de estufa.
“Ao decidir incluir a componente rodoviária o Governo demonstra uma total incoerência e falta de visão estratégica, agindo de forma desconcertada em termos de políticas públicas”, questionam os ambientalistas em comunicado, acrescentando que a aposta na rodovia é “um investimento público mal pensado”.
A Associação contesta a abertura em simultâneo da componente ferroviária e rodoviária, que considera não estimular o uso dos transportes públicos, e colocar em risco a viabilidade da exploração da ferrovia e de outros modos de transportes colectivo, como a ligação fluvial ao Barreiro.
Por outro lado, questionam uma decisão que parece “tomada à partida”, já que o Estudo de Impacte Ambiental não contemplou sequer alternativas, e apontam um “acumular de processos de avaliação de impacte ambiental que não respeitam os objectivos da legislação que os enquadra (com particular destaque para os associados a grandes obras públicas)”.
A Quercus defende que a Terceira Travessia, que ligará Chelas ao Barreiro, deve ser construída de forma faseada e dando prioridade à componente ferroviária, admitindo o acesso rodoviário apenas a partir de 2018.

Ver Lusa doc. nº 9367498, 25/02/2009 - 14:16

26/02/2009

Regulamento sobre protecção de árvores e arbustos

Os vereadores do PCP dizem-se preocupados com a falta de atenção dada à protecção de árvores e arbustos de Lisboa. Por isso, apresentaram ontem uma proposta de regulamento municipal para espécimes de espécies raras, autóctones ou que sejam referências culturais e paisagísticas para a cidade.
Uma das medidas propostas é a identificação dos espécimes protegidos através de uma tabuleta com a espécie a que pertencem e a protecção.
O regulamento prevê ainda que a CML terá competências para atribuir a categoria de Património Vegetal Municipal a “exemplares excepcionais que se encontrem integrados em jardins, parques e outros espaços municipais ou particulares”, segundo a proposta de regulamento. Qualquer cidadão poderá fazer propostas de classificação.
As podas, transplantes, regularização de raízes e abate “só poderão ter lugar mediante autorização expressa da CML, ou de quem se encontre delegada”. Em caso de infracção, qualquer cidadão pode participar o sucedido à autarquia ou à Polícia Municipal.
O PCP lamenta que as árvores e arbustos de Lisboa não disponham “de qualquer critério sistematizado que permita equacionar o grau de protecção a que devam estar sujeitos”. Além disso, considera ser insuficiente a classificação homologada pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais para esse efeito.

Ver http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366707

Carris e Metro ganham clientes devido ao corte de trânsito na Baixa

A Carris, o Metropolitano de Lisboa e a Soflusa registaram, com o corte de trânsito na Avenida Ribeira das Naus que se prevê prolongar-se por quatro meses, um aumento do número de passageiros transportados.
Decorrida quase uma semana desde que entraram em vigor as restrições à circulação na zona da Baixa, a Carris anunciou em comunicado que “registou um aumento global de passageiros da ordem de 5%” no conjunto da sua rede. Esse acréscimo foi sentido “sobretudo” nas carreiras que circulam na Praça do Comércio.
A empresa acrescenta que as alterações à circulação “não implicaram penalizações significativas nos tempos de percurso das carreiras envolvidas, verificando-se mesmo ganhos em alguns troços, em resultado das medidas de protecção à circulação do transporte público” desenvolvidas pela CML. Os autocarros da Carris circularam mais depressa entre o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço, mas a velocidade baixou entre esta praça e o Cais do Sodré.
Ainda assim, o desvio do tráfego automóvel para os trajectos alternativos recomendados pela autarquia “originou a ocorrência de alguns congestionamentos, com consequente penalização da circulação da Carris nessas áreas”.
O local em que os efeitos do corte de trânsito mais se sentiram, de acordo com a transportadora, foi a Rua do Arsenal, “conforme se previa”, já que é para esta artéria que estão a ser desviados os veículos que até aqui transitavam junto ao rio 1.
A empresa acrescenta que “não registou alteração significativa” entre Santa Apolónia e o Terreiro do Paço e que constatou “uma ligeira quebra” da velocidade média entre esta praça e o Cais do Sodré, “devido à concentração, na Rua do Arsenal, da totalidade do tráfego de atravessamento”.
A Carris continua, no entanto, sem prever qualquer reforço ou encurtamento dos intervalos de espera nas suas carreiras.
Também no Metropolitano de Lisboa se registou um acréscimo de 3,5% no número de passageiros transportados entre as 7h e o meio-dia, face à média das quatro últimas 2ªs fªs, o que leva a crer que muitos automobilistas preferiram deixar o carro em casa a ter de enfrentar os condicionamentos impostos à circulação na frente ribeirinha.
A Soflusa, por seu lado, registou um aumento de 4%, comparativamente com a 2ª fª anterior, no número de utilizadores da ligação fluvial entre o Barreiro e o Terreiro do Paço “no período de ponta da manhã”.
As restrições ao trânsito na zona do Terreiro do Paço durarão quatro meses e devem-se às obras de saneamento básico ali em curso 2.

25/02/2009

XX Aniversário da Ecolojovem-«Os Verdes»


A Ecolojovem-«Os Verdes» celebra hoje o seu XX Aniversário.
A celebração da data decorreu em Aveiro no passado fim-de-semana, e contou com a presença de Heloísa Apolónia, deputada na Assembleia da República do Partido Ecologista "Os Verdes".

Foi um fim-de-semana de muito convívio e repleto de diversas actividades, entre elas um "pictionary verde" e um "BUGApapper".

Parabéns à Ecolojovem-«Os Verdes» pelos seus 20 anos!!!

Assar no carvão pode produzir composto cancerígeno

Sardinhas ou postas de salmão assadas perto das brasas adquirem compostos carcinogénicos, segundo concluiu uma equipa de investigadores da Universidade do Porto. A mesma equipa chegou a conclusões idênticas em relação à carne assada na brasa, o que prova que o problema está na forma e no tempo de confecção.
“Tudo depende da temperatura e do tempo de cocção [cozedura], já que esses dois factores têm influência na quantidade e no tipo de ‘aminas aromáticas heterocíclicas’ (HAA), os elementos carcinogénicos em estudo”.
O estudo espera agora a publicação na revista da sociedade americana de química, ‘Journal of Agricultural and Food Chemistry da American Chemical Society’, mas os cientistas portugueses sabem que a sua inserção já foi aprovada.
Para a principal autora da investigação do Serviço de Bromatologia da Faculdade de Farmácia (FFUP), os valores de HAA detectados eram tanto mais elevados quanto mais bem passados estavam os alimentos.
Ou seja, o grau de cozedura “influenciou significativamente a formação de HAA nas sardinhas grelhadas, já que nas amostras mal passadas não se detectaram HAA, ao contrário do que se verificou nos alimentos bem passados”.
O salmão grelhado bem passado também apresentou as HAA, embora com um perfil diferente do das sardinhas grelhadas. Provou-se “que a temperatura e a proximidade à fonte de calor são factores determinantes na formação” destas substâncias cancerígenas.
Como o testaram os investigadores? Colocaram as sardinhas perto das brasas, durante quatro minutos de cada lado, comparando em seguida com outras sardinhas grelhadas mais afastadas do carvão. E, nestas últimas, não encontraram HAA. Outra das tarefas foi grelhar salmão no carvão e em grelhadores eléctricos até que este tivesse bem passado.
O tempo de cozedura foi igual em ambos os métodos, excepto nas substâncias cancerígenas. Os teores mais elevados de HAA foram observados nas postas grelhadas na brasa, perto da fonte de calor, onde as temperaturas rondavam os 280 ou 300 graus Celsius. Nas que foram assadas sobre a chapa eléctrica ou afastadas do carvão detectaram-se substâncias cancerígenas baixas. Acrescente-se que no grelhador eléctrico as temperaturas não ultrapassavam os 200 graus.
A mesma equipa publicou recentemente na mesma revista norte-americana um estudo sobre as vantagens de marinar carne em vinho ou cerveja, antes de ser cozinhada, para evitar a formação daqueles compostos. E verificou-se “uma redução significativa destas nas amostras de bife grelhado, marinado em vinho ou em cerveja. O uso destas marinadas permite reduzir a exposição dos consumidores a estes compostos”.

Ver
http://dn.sapo.pt/2009/02/23/sociedade/assar_carvao_produz_composto_canceri.html

24/02/2009

Recessão na venda de casas em Lisboa

A venda de casas novas e usadas teve uma quebra muito significativa especialmente a partir da segunda metade de 2008. No quarto trimestre a situação das vendas agravou-se, o que indica que 2008 terá sido um dos piores das últimas décadas. Ou seja, entrou-se num claro período de recessão.
A confirmação chega agora através dos resultados do Sistema de Informação Residencial (SIR), da Confidencial Imobiliário (CI), que revela que, no 3º trimestre de 2008, entre Julho e Setembro de 2008, foram realizadas 436 vendas de casas na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Este volume representa um decréscimo de 27% face ao mesmo período de 2007 (595 vendas) e de 13% (499 vendas) relativamente ao trimestre precedente 1.
O preço médio de venda dos alojamentos foi de 1.642 euros por metro quadrado (/m²), abaixo dos 1.784 euros/m² referenciados como o valor médio da oferta. O diferencial entre os valores de venda e os valores de oferta continuou, uma vez mais, a ser negativo, quer nos fogos novos (menos 2%), quer nos usados (menos 11%), acentuando-se nestes últimos (menos 7% no 2º trimestre) e aliviando nos primeiros (menos 5% no 2º trimestre) 2.
Como confirma o próprio Departamento de Gestão Urbanística da CML, atravessamos um período cuja tendência é de “recessão do mercado imobiliário” 3. Assim sendo, porque insiste a CML na alienação de património municipal, em hasta pública, com o pomposo projecto de ‘Lisboa capital do charme'?
É que para além destes palácios, a CML tem ainda em agenda, uma lista adicional de 9 terrenos para alienar em 2009. Como já o repetiram “Os Verdes”, qualquer dia, para além dos anéis, Lisboa arrisca-se a perder também os dedos 4.

1. Ver
http://economico.sapo.pt/noticias/venda-de-casas-em-lisboa-desce-27-no-terceiro-trimestre_4100.html
2. Ver www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1044813&div_id=1730
3. Ler ‘Informação escrita do Presidente’, Nov. 2008-Jan. 2009
4. Ver
http://pev.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=259&Itemid=33

Processos urbanísticos em suporte electrónico

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) anunciou que, a partir de 3 de Março, o início de processos urbanísticos vão deixar de ser aceites em papel.
“A CCDR-LVT, a partir de 3 de Março, deixa de aceitar processos em papel, terão de ser sujeitos electronicamente”, segundo afirmou durante a sessão de apresentação da desconcentração e modernização de serviços, em Santarém. Para aquele responsável, esta medida contempla “o início dos processos urbanísticos nas Câmaras e aqueles em que ainda tenham de consultar a Administração Central, seja em termos de Rede Ecológica Nacional, ou outras áreas”.
“Há uma plataforma construída pela Secretaria de Estado da Administração Local, que é de utilização da CCDR e dos municípios, e, portanto, os municípios têm de passar a mandar essas consultas por via electrónica. Por sua vez, a CCDR tem de consultar várias entidades, seja o IGESPAR, seja a Administração Regional Hidrográfica ou as Estradas de Portugal e os próprios serviços da CCDR darão uma resposta aos municípios”, explicou, salientando estarem definidos prazos para essa tramitação.
Durante a apresentação destacou que a desconcentração e modernização de serviços significa “o fim das corridas para Lisboa, permitindo a resolução dos assuntos em Santarém, Caldas da Rainha ou Setúbal”, nas divisões sub-regionais da CCDR-LVT, contribuindo para a “comodidade e transparência”.
“É o fim do desperdício de tempo, recursos e energia”, sublinhou, realçando a disponibilização nestas delegações de proximidade de “90% das competências da CCDR, que serão encaminhadas por cada um dos serviços locais para Lisboa, para tratamento central”.
Também os “serviços online”, disponibilizados pela CCDR-LVT, como a submissão de requerimentos ou pedidos, a consulta de documentação e estado dos processos e a apresentação de reclamações foram enunciados.
Segundo a CCDR-LVT, a realização destas acções pressupõe um registo prévio no sítio da Internet da entidade 1, cuja validação terá de ser feita presencialmente nos serviços.
Além disso, foi mostrada a possibilidade da realização de acções de fiscalização ambiental, com recurso a instrumentos de GPS, que visam, segundo Fonseca Ferreira, a “precisão e rapidez de tramitação” da informação recolhida nos locais, pela CCDR-LVT, permitindo, em simultâneo, gerir a frota e as saídas dos vigilantes 2.

1. Ver
www.ccdr-lvt.pt
2. Ver www.destak.pt/artigos.php?art=22290

23/02/2009

Velocípedes sem benefícios fiscais

Contrariando uma tendência que acompanha o discurso sobre a luta contra as alterações climáticas, o Orçamento do Estado (OE) para 2009 exclui, à partida, os velocípedes da lista de veículos não poluentes.
Portugal é o segundo país da União Europeia com um maior peso do automóvel no transporte de pessoas. Ora, se a despesa num carro eléctrico pode ser descontada no IRS, porque é que as bicicletas não usufruem do mesmo direito, questiona um grupo de cidadãos que assinou uma petição entregue na Assembleia da República, no mês de Janeiro.
Do ponto de vista energético, a bicicleta é o veículo mais eficiente e, por isso, a petição propõe “uma pequena alteração/clarificação que alargue aos velocípedes os benefícios fiscais à aquisição de veículos eléctricos, como de resto já ocorre em vários países europeus”.
Ainda que os incentivos fiscais não existam, o Parlamento aprovou este mês um plano nacional de promoção da bicicleta - por proposta do Partido Ecologista “Os Verdes1 -, na perspectiva de “aumentar a percentagem de ciclistas em circulação em Portugal até 2012”, incluindo campanhas de sensibilização 2.
Agora falta ainda a inclusão dos benefícios fiscais. Como no OE se exclui deste incentivo “o tipo de veículo comprovadamente mais sustentável e energeticamente eficiente” - a bicicleta -, os signatários da petição rogam para que “o texto da lei seja reformulado por forma a eliminar esta incoerente exclusão” 3.

1. Ver http://osverdesemlisboa.blogspot.com/2009/01/projectos-sobre-mobilidade-suave-em.html

2. Ver http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fdt%3D20090222%26page%3D21%26c%3DA
3. Ver www.petitiononline.com/IRSBICIC/petition.html

Utilizadores fazem bom uso das bicicletas gratuitas

Os apreciadores de um bom passeio de bicicleta podem estar descansados. Em Portugal, apesar das perturbadoras notícias vindas de Paris, onde todo o sistema público de aluguer de bicicletas está a ser reequacionado devido aos abusos e vandalismo, não há motivo para alarmes.
Por cá, as coisas têm corrido bem e ninguém pensa em fazer marcha-atrás. Nenhuma grande cidade portuguesa pôs em prática algo que seja, sequer, vagamente parecido com as Vélib, as bicicletas públicas de aluguer acessível que, em menos de ano e meio, transformaram a vida de muita gente na capital francesa (o nome vem da aglomeração de duas palavras: velo, bicicleta; e liberté, liberdade).
O mais próximo que existe em Portugal está em Aveiro, onde as 300 Bugas já se tornaram uma opção rotineira de transporte para muita gente. No princípio, a utilização da Buga podia comparar-se à de um carrinho de supermercado: o utente metia uma moeda na bicicleta, andava nela e recolhia o dinheiro quando a devolvia a uma das estações públicas do sistema.
Mas como este tipo de utilização ‘anónima’ potenciava a desresponsabilização e “no início tivemos alguns abusos”, agora mudámos o sistema: “as pessoas têm de se identificar ao levantarem as bicicletas e isso reduziu os problemas”.
Em Portugal o aluguer de bicicletas é um “negócio em expansão”. Há muitas empresas que se dedicam a esta actividade. Para lá de Aveiro, a autarquia de Cascais também se envolveu nesta área, com as suas Bicas, onde a procura pelas suas 250 Bocas é sempre muita. Tal como acontece em Aveiro, quem aluga uma bicicleta deixa a sua identificação. “Vandalismo, nada! E se desaparece alguma, volta logo no dia seguinte. As pessoas vêem que passou a hora e guardam-nas durante a noite...”.
Mas o maior contingente de bicicletas de aluguer em Portugal é uma aposta no meio universitário. Tudo começou na Universidade do Minho, onde, desde há um ano, já há 400 Bute em funções - e “uma lista de espera brutal”. O sistema deverá ser alargado às academias de Lisboa e Porto no próximo ano lectivo, com pelo menos mais 1000 veículos em cada cidade.
Este sistema é bem diferente, pois não se trata de um aluguer ocasional: cada estudante recebe a sua bicicleta, que está identificada com um nome de código escolhido pelo utilizador e a Faculdade ou Instituto do aluno.
“É claro que já vimos 'artistas' a fazerem cavalinhos e outros disparates, a esquecerem-se da bicicleta quando bebem uns copos. Mas falando com eles tudo se resolve. É malta nova, faz parte do processo de crescimento. E o facto de cada Bute estar atribuída a uma única pessoa leva a que esta cuide da sua durante o período de utilização”.

Ver
http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fdt%3D20090222%26page%3D20%26c%3DA

22/02/2009

Publicidade a alimentos hipercalóricos

A endocrinologia Isabel do Carmo defendeu na 5ª fª o fim da publicidade a alimentos hipercalóricos em programas infanto-juvenis como medida de combate à obesidade, um problema que em Portugal tem particular incidência nas crianças.
Este seria um dos grandes investimentos a fazer em matéria de campanha contra a obesidade, tendo em conta que mais de 90% dos alimentos publicitados para as crianças são hipercalóricos.
Além desta medida, a também directora do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Santa Maria, docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e coordenadora do livro “Obesidade em Portugal e no Mundo” que foi agora lançado em Lisboa, defende uma aposta política que passa, por exemplo, pela inclusão de nutricionistas no Sistema Nacional de Saúde.
“Há muito poucas medidas. A única é a regulamentação que passou a recomendação para os bares das escolas. As cantinas são razoáveis, melhoraram um bocadinho, mas quanto aos bares, uns seguem a recomendação e outros não”.
Uma campanha forte e sustentada, adiantou, teria de ser semelhante à que foi feita com o tabaco, pelo que não chegam “as poucas medidas” tomadas até ao momento. Fazer regredir as taxas elevadas de obesidade é possível, como mostra o caso da Suécia, onde campanhas contra o problema já levaram a uma melhoria dos números.
A obesidade tornou-se um dos grandes problemas de saúde pública no final do século XX e um dos maiores do século XXI, com dimensões que ultrapassam e muito as questões plásticas que levam, sobretudo as mulheres, à consulta da especialidade ou ao consumo de medidas avulsas de tratamento.
Portugal aparece neste livro como um país médio em matéria de incidência da obesidade juntamente com Espanha e Grécia, mas não é por isso que a situação deixa de ser preocupante, em especial nas crianças de vários escalões etários.
“É preocupante porque enquanto nos adultos nos situamos na média da Europa, nas crianças estamos entre os piores. Dos três aos 18 anos temos os piores números o que quer dizer que as actuais crianças e jovens vão ser muito mais obesos do que os adultos actuais e isso é assustador”.

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www.jornalbriefing.iol.pt/noticia.php?id=1044114&div_id=3418

21/02/2009

Prémio da Semana Europeia da Mobilidade

Almada é uma das três cidades europeias finalistas do Prémio da Semana Europeia da Mobilidade 2009, uma iniciativa promovida pela Comissão Europeia.
O município foi distinguido entre centenas de cidades da Europa que participaram, em 2008, na Semana Europeia da Mobilidade (SEM), realizada entre 16 e 22 de Setembro, naquela que é a maior campanha de sensibilização para a mobilidade sustentável a decorrer a nível mundial.
De um conjunto de cidades, foram nomeadas dez pelo seu esforço na promoção da mobilidade urbana sustentável e pela qualidade na dinamização da SEM 2008. Almada foi uma das dez escolhidas, sendo a única cidade portuguesa a receber a distinção. Dessa lista, apenas três municípios chegaram a finalistas: Almada, que figura ao lado de duas capitais europeias, Budapeste (Hungria) e Zagreb (Croácia).
O tema da SEM 2008 foi “Ar Puro para Todos”. No concelho de Almada tiveram lugar várias actividades, com particular incidência na Caparica, que recebeu, a 22 de Setembro, o Dia Europeu Sem Carros.
Entre os projectos que mereceram o aplauso do júri, estão a conversão de uma área com cerca de 16 mil m2 no centro de Almada para zona pedonal, a apresentação de novas viaturas eléctricas, que agora equipam a frota municipal, e o lançamento de uma campanha de monitorização da qualidade do ar, em parceria com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa.
A cidade vencedora será oficialmente anunciada no próximo dia 23 de Fevereiro, em Bruxelas, numa cerimónia que contará com a presença de representantes da Câmara Municipal de Almada.

Ver
www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=7677

20/02/2009

Reciclagem de embalagens de medicamentos usados

A reciclagem das embalagens de medicamentos fora de uso entregues pelos utentes nas farmácias vai arrancar “nas próximas semanas” com a inauguração da primeira unidade de triagem para estes resíduos, afirmou fonte da entidade gestora Valormed.
“Começámos há duas semanas a testar a unidade de triagem, para verificar se funciona a monitorização. Dentro de algumas semanas vamos inaugurar esta unidade e fazer então os primeiros envios para reciclagem”, afirmou o director-geral.
Até meados de Novembro do ano passado todas as embalagens de medicamentos já usados ou fora de validade entregues pelos portugueses nas farmácias estavam a ser enviadas para queima sem passarem por unidades de triagem que separem o papel, plástico ou vidro que pode ser reciclado.
Alegando não estarem a ser cumpridos os objectivos de gestão de reciclagem e de valorização, a que a Valormed está obrigada, a Agência Portuguesa do Ambiente ordenou a suspensão de todos os envios de resíduos para queima em incineradoras, impondo o seu armazenamento até que fosse criada uma unidade de triagem.
“Desde Dezembro e até agora foram armazenados cerca de 80 toneladas” de embalagens de medicamentos, disse o director-geral da Valormed, adiantando que estas embalagens vão dentro de algumas semanas começar a ser encaminhadas para a unidade de triagem da Prolixo.

Ver
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1365871

19/02/2009

XX ANIVERSÁRIO DA ECOLOJOVEM-«OS VERDES»

“20 ANOS A AGIR COM OS JOVENS E PARA OS JOVENS!”
A 25 de Fevereiro de 2009 a Ecolojovem-«Os Verdes» celebra os seus 20 anos, ao longo dos quais tem trabalhado e orientado as suas acções tendo em conta as especificidades da Juventude.
A Ecolojovem-«Os Verdes» tem agido contra a exploração, a opressão, o imperialismo e todo o tipo de discriminações, de modo a alcançar a sustentabilidade do meio ambiente, a paz, a justiça e o progresso social.
Os jovens ecologistas têm trabalhado em prol de uma sociedade ecológica, equilibrada e sustentável onde seja possível concretizar os direitos e aspirações juvenis. Acreditamos que o reforço do projecto ecologista passa, fundamentalmente, pela participação e intervenção dos jovens e que, só assim, é possível a sua consolidação.
A comemoração do XX Aniversário da Ecolojovem-«Os Verdes» terá lugar no próximo fim-de-semana, de 20 a 22 de Fevereiro, em Aveiro e será um momento de comemoração e de festa, de convívio e de boa disposição, de troca de experiências e ideias.

Circuitos de reduzida recolha selectiva

A recolha selectiva porta-a-porta de resíduos urbanos só é aplicada a 4% da população portuguesa, segundo uma tese de mestrado intitulada “Circuitos de Recolha Selectiva Porta-a-Porta”, apresentada no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa (IST-UTL) no final do ano passado.
O valor não anda longe dos 6% apontados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), de acordo com números de 2006, o que significa que apenas 26,6 mil toneladas de resíduos são provenientes da recolha porta-a-porta no total das 446,9 mil toneladas recolhidas selectivamente.
A maior parte dos resíduos urbanos são recolhidos nos ecopontos (60%) e uma fatia menos significativa nos ecocentros (33%).
A tese de mestrado foca-se em cinco casos de estudo nacionais - municípios de Lisboa, Loures, Oeiras, Óbidos e Maia - e conclui que é possível atingir, para alguns fluxos de resíduos, as metas de reciclagem através da implantação de um sistema porta-a-porta, sendo que, para alguns casos, os custos são um factor limitativo.
Na CML, por exemplo, a recolha selectiva porta-a-porta apresenta taxas de reciclagem superiores às dos ecopontos. Nos plásticos e nos metais esse aumento ronda os 200% (?), enquanto no papel e no cartão se situa nos 75%.

Ver
www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=7665

18/02/2009

Ciclovias e frotas municipais mais limpas na mira das autarquias

Renovar as frotas de veículos municipais é uma das apostas mais comuns entre as autarquias que ontem assinaram protocolos com o Governo, para combater a poluição dos automóveis.
Dos 12 municípios - Amadora, Barreiro, Cascais, Loures, Moita, Odivelas, Oeiras, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira - só dois não prometem investir em veículos próprios menos poluentes. E mais ciclovias estão na mira da maior parte das autarquias.
Muitas Câmaras prometem mais oferta de transportes públicos e pelo menos duas - Barreiro e Cascais - vão fornecer passes sociais aos seus funcionários. Cinco delas apostam em parques de estacionamento junto de estações de comboios ou de autocarros. Quatro querem implantar novas zonas de velocidade reduzida.
Há ainda muitas melhorias em carteira para as infra-estruturas viárias, como mais corredores bus em Odivelas e Sintra, vias reversíveis na Amadora, além de alterações de trânsito, restrições a pesados e arranjo de pavimentos.
Dado que o problema principal do ar das cidades são as partículas, uma aposta grande também é feita na varredura e lavagem das ruas. Loures e Odivelas estão, de igual modo, a promover a partilha de carros via Internet, o ‘carpooling’, enquanto Moita, Seixal, Sintra e Vila Franca querem ensinar ‘ecocondução’ aos seus funcionários camarários.
De acordo com os protocolos assinados, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) promete fazer um balanço anual, em Outubro, da aplicação das medidas e dos seus efeitos nos níveis de poluição do ar.

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http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fdt%3D20090216%26page%3D19%26c%3DA

Faixas especiais para carros com mais de um ocupante

Como a Comissão Europeia obrigou o Governo português ao cumprimento de normas da qualidade do ar nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, os acessos a ambas as cidades poderão ter, já este ano, faixas reservadas a veículos que circulem com mais de um ocupante.
A medida consta de um pacote de iniciativas supramunicipais que o Governo está a ultimar, com vista a reduzir a excessiva poluição do ar nas duas zonas metropolitanas e encerrar um processo da Comissão Europeia contra Portugal.
Entre elas estão as chamadas ‘vias de alta ocupação’, que funcionam como faixas bus, mas estão destinadas a mais veículos. Em estudo está a sua utilização por automóveis ligeiros particulares que transportem mais de um ocupante, bem como carros eléctricos ou híbridos, além de autocarros.
Os detalhes e as datas ainda não estão definidos, mas a implantação do sistema ocorrerá inicialmente em regime de teste. Do pacote de medidas constam também zonas de emissões reduzidas, onde não poderão circular camiões que poluam acima de um determinado nível. Os veículos mais poluentes poderão instalar filtros de partículas, mas esta é uma alternativa que ainda terá de ser testada.
O ponto mais problemático é a Avenida da Liberdade, em Lisboa. Em 2005, o nível de partículas no ar - causadoras de problemas respiratórios - excedeu o limite legal em 182 dias, ou seja, metade do ano. A legislação europeia permite, no máximo, 35 dias. Os valores baixaram nos anos seguintes, em grande parte pelas condições meteorológicas, mas ainda assim estiveram acima da norma.
De tal modo que a Comissão Europeia abriu um processo contra Portugal. Na resposta que Portugal tem de enviar a Bruxelas até finais de Março, o Governo vai procurar invocar a possibilidade de uma isenção temporária do cumprimento dos valores-limite de poluição - algo que a legislação europeia permite, caso estejam em curso programas de melhoria da qualidade do ar.
Para o investigador da Universidade Nova de Lisboa, vice-presidente da Quercus e coordenador do plano de melhoria da qualidade do ar para a região, o envolvimento de todas as Câmaras é essencial. Mas a qualidade do ar não vai melhorar se as acções para a capital não funcionarem.
Em Setembro passado, a CML comprometeu-se, num protocolo com a CCDR-LVT, a pôr em prática 17 medidas para reduzir a poluição dos automóveis. Mas o grupo de trabalho previsto para avaliar o cumprimento do protocolo, que deveria ter entrado em funcionamento em Outubro, nem sequer foi ainda criado.

17/02/2009

Pontes de Lisboa perdem milhares de carros por dia

As duas pontes sobre o Tejo, em Lisboa, perdem 14 mil carros por dia, desde Setembro de 2008.
Os dados de tráfego da Estradas de Portugal revelam que o número de carros a cruzar as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama tem vindo a diminuir, desde os últimos quatro meses do ano passado.
As perdas têm sido mais evidentes na Ponte 25 de Abril, mas também a ponte Vasco da Gama tem perdido diariamente um número significativo de travessias. É uma tendência que se regista desde 2007, mas que se acentuou nos últimos meses do ano passado.
Paralelamente, o número de pessoas a usar o comboio tem vindo (felizmente) a aumentar 1.

A confirmarem-se estes números, para quê insistir-se na construção de uma terceira travessia com mais atravessamento rodoviário, em vez de exclusivamente ferroviário e admitindo soluções alternativas de mobilidade suave?

Medidas de melhoria da qualidade do ar

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) vai celebrar protocolos com os municípios da região para avançar com medidas concretas de melhoria da qualidade do ar, no âmbito do Plano de Melhoria da Qualidade do Ar de Lisboa e Vale do Tejo, a fim de vincular as entidades envolvidas à aplicação destas medidas.
Os protocolos, que decorrem do Plano de Melhoria da Qualidade do Ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo, aprovado pela Portaria nº 715/2008, em Agosto de 2008, incluem um conjunto de medidas específicas para cada concelho, entre as quais alterações ao tráfego automóvel, a expansão das redes cicláveis, zonas pedonais e espaços verdes, assim como a renovação das frotas municipais.
Este plano constitui uma obrigação nacional perante a Comissão Europeia, devido às ultrapassagens dos limites de poluentes perigosos para a saúde pública nas áreas metropolitanas, como os óxidos de azoto (NOx) e as partículas inaláveis (PM10).
Vão agora assinar esses protocolos os municípios de Loures, Lisboa, Sintra, Amadora, Oeiras, Cascais, Odivelas e Vila Franca de Xira. Posteriormente, os protocolos serão assinados por Barreiro, Moita, Sesimbra, Seixal e Setúbal.

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www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=7651

Camionistas deviam pagar por poluição e congestionamentos

A Comissão de Transportes do Parlamento Europeu considera que os camionistas deviam pagar pela poluição sonora e do ar e pelos congestionamentos que provocam.
A ideia, defendida na passada 4ª fª, diz em que aquela Comissão aprovou a chamada ‘Eurovinheta’, perante a qual as transportadoras assumem parte dos custos ambientais que causam. A proposta foi aprovada com 31 votos a favor e 16 contra.
Um eurodeputado socialista belga disse, em conferência de imprensa, que esta medida pode levar a “uma pequena revolução no sector dos transportes, porque introduz o princípio do poluidor-pagador”.
A medida terá ainda de ser aprovada pelo Parlamento Europeu, em Março.

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www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=23&SubSubAreaId=55&ContentId=276646

16/02/2009

Conclusões do Conselho Nacional do Partido Ecologista 'Os Verdes'

O Conselho Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, reunido em Lisboa no passado sábado, dia 14 de Fevereiro, ultimou os preparativos do próximo Congresso do Partido, a 11ª Convenção Nacional, que decorrerá nos próximos dias 13 e 14 de Março na Casa do Artista, em Lisboa, e que será um momento de grande afirmação e reforço do PEV e do seu projecto ecologista.

Os conselheiros nacionais procederam à análise e discussão da actual situação política, económica, social e ambiental, debatendo as prioridades do Partido para as próximas semanas até à Convenção. Das conclusões a que o Conselho Nacional chegou, destacamos as seguintes:
Apesar do discurso de retórica ilusória do Primeiro Ministro, a realidade nua e crua continua a abater-se sobre os portugueses que todos os dias vêem empresas a fechar, milhares de postos de trabalho a desaparecer e o desemprego a subir em flecha gerando mais famílias em dificuldades, pobreza e desigualdade.
Perante uma situação profundamente dramática, o Governo, tão rápido a “pôr a mão por baixo” da banca, que, apesar da crise continua a apresentar lucros e a criar dificuldades de acesso ao crédito por parte das micro, pequenas e médias empresas, não “tem mão” nas falências e encerramentos de empresas que se sucedem, muitos deles de forma criminosa e socialmente despudorada, não por risco de viabilidade económica da empresa mas apenas para não perderem nas margens de lucro.
A este cenário dantesco de desaparecimento de postos de trabalho, soma-se os dos despedimentos em massa, demonstrando como afinal é fácil despedir em Portugal, o qual induz, por sua vez o agravamento da dimensão do trabalho precário e com poucos ou nenhuns direitos ao qual muitos trabalhadores se sujeitam, e do qual muitos empregadores se aproveitam, no presente momento.
Os dados ontem divulgados pelo INE revelam que a economia portuguesa se contraiu 2% no último trimestre de 2008, com a queda do PIB, o que constituiu a segunda maior contracção da zona euro, colocando-nos no terceiro pior lugar da Europa a 27. Este caminho de divergência contínua com a média europeia, demonstra que, ao contrário do que o Governo tanto tem apregoado, a crise internacional não é a única culpada! Sendo que a crise internacional afecta todas as economias, de todos os estados europeus, esta divergência da Europa revela que para a actual situação de Portugal também concorreram, determinantemente, as políticas nacionais prosseguidas pela direita e pelo Governo do Partido Socialista.
Se este Governo não tivesse andado esta legislatura inteira preocupado apenas em combater o défice, sacrificando os portugueses, os trabalhadores e a classe média, as micro, pequenas e médias empresas, cortando no investimento público, promovendo o desemprego na função pública, cortando nos serviços públicos essenciais, a situação sócio-económica de Portugal não seria, de certeza, tão desastrosa.
Para “Os Verdes”, a reacção a esta crise que é resultado das políticas neo-liberais e do mercado de capitais selvagem, exige, não apenas medidas imediatas de apoio social às famílias e à criação de emprego, mas também a assunção responsável e corajosa de medidas para mudar o próprio sistema económico designadamente acabando com os paraísos fiscais, impedindo a especulação com bens essenciais como a energia ou os bens alimentares.
O Primeiro-Ministro, durante o último debate quinzenal, voltou a anunciar medidas de apoio à instalação de painéis solares térmicos em Portugal. Sendo um objectivo importante, que “Os Verdes” há muitos anos defendem com propostas concretas apresentadas nos órgãos onde têm eleitos, não podemos deixar de duvidar da concretização das metas anunciadas, face ao atraso em que nos encontramos nessa matéria.
Com efeito, enquanto que a Alemanha ou a Áustria, que têm menos de metade do número de horas de exposição solar anuais de Portugal, apresentavam em 2007 (dados do ESTIF), respectivamente, 8 994 000 m2 e 2 892 627 m2 de painéis solar térmicos, ou a Grécia, que apresenta condições de exposição solar muito próximas das nossas, tinha 3 570 200 m2, Portugal apresentava apenas 205 950 m2 (ou seja 2,2% da Alemanha ou 5,7% da Grécia)!
Mesmo na comparação por número de habitantes, verificamos que a Alemanha tinha em 2007 109 m2 por 1000 habitantes, a Áustria 348 m2 e a Grécia 318 m2, enquanto em Portugal continuamos a arrastar passo com uns míseros 19 m2… A meta de atingir 65.000 habitações, ou seja, cerca de 260 000 m2, seria mais que duplicar os actuais valores, quando, por exemplo, de 2006 para 2007 apenas aumentámos 25 000 m2.
Na cena política internacional destacou-se, pela negativa, a invasão israelita da faixa de Gaza, massacrando e vitimizando milhares de palestinianos, numa reacção absolutamente desproporcionada, gerando uma agressão violentíssima e de proporções catastróficas a um povo indefeso ao qual, apesar das sucessivas resoluções das Nações Unidas, sucessivamente desrespeitadas por Israel, se continua a recusar o direito a ser um Estado soberano e independente.
A actuação de Israel, acicatada pela proximidade de eleições legislativas naquele país, consistiu, mais uma vez, no bombardeamento de uma das zonas mais densamente povoadas do planeta, onde falta tudo (desde água, comida, energia, emprego, cuidados de saúde, etc.), atingindo inocentes, entre os quais crianças, mulheres e idosos, violando direitos humanos, violando a própria Convenção de Genebra pela utilização de bombas incendiárias de fósforo, impedindo o auxílio internacional às vítimas, constituiu um verdadeiro acto de terrorismo de estado, indigno de uma Democracia.
Infelizmente, a reacção das instâncias europeias e dos estados europeus, incluindo Portugal, foi de vergonhosa complacência e desculpabilização para com Israel.
As próximas eleições ao Parlamento Europeu serão um momento importante para Portugal e para os portugueses. Será um momento de reflexão, balanço e de denúncia relativamente às políticas europeias com impacto negativo na vida dos portugueses e daquela que tem sido a postura seguidista do Governo nas relações com as instâncias europeias, não salvaguardando os interesses nacionais.
Os Verdes” reafirmam-se empenhados nesta batalha eleitoral e na CDU como alternativa de mudança política necessária.

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www.osverdes.pt/index01.html

15/02/2009

Carris dá a conhecer paragens alternativas

A Carris vai alterar a partir de hoje a localização das paragens, bem como o percurso habitual das carreiras que passam no Terreiro do Paço. Estas alterações devem-se às obras que vão ter lugar na Baixa de Lisboa e que irão condicionar a circulação automóvel.

As alterações de circulação na Praça do Comércio resultam da interdição da circulação na Av. Ribeira das Naus e no lado poente da Praça do Comércio, imposta pela realização de 3 obras de vital importância para a cidade:
Consolidação das fundações do torreão poente da Praça do Comércio, a cargo da Sociedade Frente Tejo;
Substituição de uma grande conduta de abastecimento de água, a cargo da EPAL;
Obras de drenagem e saneamento e construção de colector de águas pluviais, a cargo da SIMTEJO e da CML.
Estas alterações implicam fortes restrições à circulação na área da ‘Baixa’, pelo que foram objecto, por parte da CML e da CARRIS, de especiais cuidados no que respeita aos transportes públicos, implantando-se, sempre que possível, medidas especiais de circulação.
Informações adicionais sobre os percursos podem ser adquiridas nas paragens da Carris e em folhetos informativos 1.
O director de operações da empresa explica que as mudanças introduzidas “vão ser feitas apenas ao nível da localização das paragens na zona da Praça do Comércio e envolvente”. “Vão-se manter as mesmas carreiras”.
No entanto, a empresa vai acompanhar a evolução das obras no Terreiro do Paço, podendo voltar a anunciar novas alterações nos percursos das suas carreiras. Recorde-se que esta empreitada tem a duração prevista de quatro meses 2.

Reapreciação do Código do Trabalho

Sr. Presidente, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Srªs e Srs. Deputados, afinal o Código do Trabalho é inconstitucional. Das inúmeras discussões que aqui tivemos, o Partido Socialista sempre ‘bateu o pé’ referindo que não havia inconstitucionalidades no Código do Trabalho, apesar dos inúmeros alertas que Deputados de diversas bancadas lançavam.
Afinal, veio a demonstrar-se que há normas inconstitucionais no Código do Trabalho. O Sr. Presidente da República solicitou a apreciação da constitucionalidade ao Tribunal Constitucional de uma norma em concreto relativa ao período experimental e não houve dúvidas por parte do Tribunal Constitucional em declará-la inconstitucional.
Aquilo que o Partido Socialista queria era facilitar claramente o despedimento sem justa causa, ou seja, alargava o período experimental para seis meses e a partir daí o trabalhador poderia ser posto na rua sem quaisquer direitos. Aquilo que o Partido Socialista fazia através desta norma era facilitar claramente o despedimento e fomentar a precariedade do nosso mercado de trabalho.
Claro está que “Os Verdes” também querem reafirmar que o Sr. Presidente da República deveria ter requerido a apreciação da constitucionalidade de muitas outras normas do Código do Trabalho - mas, infelizmente, isso não aconteceu -, porque estamos certos de que outras normas teriam sido declaradas inconstitucionais tal não é a sua afronta aos princípios estabelecidos na Constituição da República Portuguesa, sejam eles o princípio do tratamento mais favorável, que não é inscrito neste Código do Trabalho e, portanto, qualquer contrato de trabalho pode estipular aquilo que entender de uma forma altamente desfavorável para os trabalhadores, quer o princípio da caducidade dos contratos colectivos de trabalho, quer a questão dos serviços mínimos do direito à greve que em algumas empresas, através deste Código do Trabalho, levará a que os serviços mínimos correspondam praticamente aos serviços normais da empresa, quer muitas outras questões que estão estipuladas neste Código do Trabalho.
Há duas questões, em termos laborais, que marcarão a governação do Partido Socialista e esta legislatura de uma forma muito notória: a do desemprego e a da precariedade no trabalho. E aquilo que deve custar mais aos portugueses é perceber que o Governo está a contribuir para estes dois problemas: o desemprego e a precariedade no trabalho.
Quem olha para o Código do Trabalho não tem dúvidas: ele é um instrumento contra os trabalhadores, teve o elogio do CDS, teve o elogio das entidades patronais, mas teve o voto contra, absolutamente contra, dos trabalhadores!
Aquilo que queremos dizer, de uma forma muito veemente, é que este Código do Trabalho é uma nódoa, uma mancha, na ideologia do PS, na face do PS, na governação do PS!

Intervenção da deputada Heloísa Apolónia “Os Verdes”, na A.R. 2009-01-22

Construção de ‘cidade do cinema’ em área classificada

O Grupo Parlamentar do Partido Ecologista “Os Verdes” entregou 5ª fª na Assembleia da República uma pergunta ao Governo sobre o protocolo de intenções para a construção de uma “cidade do cinema” em Sintra, em área de Reserva Ecológica Nacional (REN) e Reserva Agrícola Nacional (RAN).
A iniciativa, do deputado Francisco Madeira Lopes, pretende que o Ministério do Ambiente responda se tem conhecimento do protocolo de intenções, aprovado a 12 de Novembro de 2008 pela Câmara de Sintra e que abrange ainda a Media Capital Produções e o Casal da Granja de Stª Cruz, Promoções Turísticas, Lda.
O PEV quer ainda saber se o Governo já recebeu o pedido de parecer sobre a classificação do projecto para a construção de um centro de produção audiovisual como tendo Potencial Interesse Nacional (PIN), uma necessidade decorrente de a construção abranger 50 hectares em área de REN e 150 hectares em RAN, nas proximidades da serra da Carregueira.
Os Verdes” perguntam também se o Governo “considera pertinente a realização de um Estudo de Impacto Ambiental antes da tomada de decisão sobre este PIN”.
Segundo o PEV já se realizaram ensaios de prospecção nos terrenos em causa, a 13 de Novembro, com recurso a maquinaria pesada “de duvidoso enquadramento legal”. O projecto visa a instalação entre o Sabugo, Casal da Mata e Vale de Lobos de até 12 estúdios de produção e seis cidades cenográficas.

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http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1364967

14/02/2009

Uma cidade de buracos

Circular em Lisboa de carro, motociclo ou até calcorrear algumas zonas a pé pode tornar-se uma aventura devido aos muitos buracos nas estradas e ruas, alguns dos quais aumentaram com as chuvas fortes de Janeiro e início de Fevereiro.
Com maior ou menor ocorrência, as cavidades no pavimento são quase uma constante na cidade, havendo porém locais onde o diâmetro e a profundidade dos buracos os transformaram em verdadeiras crateras, transtornando o quotidiano a automobilistas e peões e chegando mesmo a pô-los em perigo, como pode ser constatado numa viagem por várias zonas da capital.
Pelas várias áreas percorridas, da Estrela a São Bento, Campo de Ourique, Ajuda, Lumiar, Alcântara, Junqueira, Benfica, Belém e Cais do Sodré e muitas outras artérias, desde o coração da cidade a diversas zonas mais periféricas, os buracos são uma regra. A Estrada do Paço do Lumiar e as Avenidas da Índia e Brasília são outras das artérias onde os buracos são uma constante. Em Benfica, dever ser “a maior calamidade de Lisboa” 1.
Por isso, em 2008, cerca de 350 automobilistas pediram indemnizações à CML devido a danos causados nas viaturas pelos buracos nas ruas. Destes pedidos de indemnização, interpostos directamente pelo lesado nos serviços municipais, através de seguradoras ou por via judicial, a CML foi obrigada a pagar cerca de metade.
De acordo com um estudo, o município contabilizou entre Junho e Dezembro de 2008, através do Programa LxAlerta, 546 pedidos de alerta relativos a faixas de rodagem e 1.124 pedidos de intervenção ao nível dos passeios e um total de 3.090 alertas para intervenção rápida, dos quais 692 situações se encontram por resolver 2.
Agora, durante o ano de 2009, a CML afirma que vai gastar sete milhões de euros no plano de repavimentação para recuperar as faixas de rodagem e calçadas em vários locais da capital. O investimento é o maior realizado pela autarquia em obras deste tipo nos últimos sete anos e contempla a manutenção e conservação de pavimentos em 273 arruamentos, nos quais se integram 28 intervenções de maior profundidade identificadas anteriormente na cidade de Lisboa.
Do total de investimento, cinco milhões de euros destinam-se a obras em faixas de rodagem, um milhão para intervenções em calçadas e o restante para trabalhos na rede de saneamento a realizar ao longo de 2009, refere ainda o documento. A degradação a que chegaram muitas ruas de Lisboa deve-se à “falta de intervenção primária atempada”, nomeadamente ausência de conservação e manutenção regular dos pavimentos.
As intervenções a efectuar dividem-se em três tipos: construção / reconstrução de pavimentos, recarga de pavimentos e conservação / manutenção de pavimentos. As primeiras contemplam intervenções no ramo poente do nó da Avenida Calouste Gulbenkian com a Rua de Campolide, terraplanagens, pavimentação e drenagens no Casal Vistoso, reabilitação de pavimentos no bairro das Terras do Forno e reabilitação de pavimentos no Campo Pequeno (reconstrução dos topos Sul e Este).
Os trabalhos de recarga de pavimentos integram, entre outras, intervenções em nove avenidas - Duque de Loulé, Casal Ribeiro, Lusíada, Gomes Pereira, Defensores de Chaves, Colégio Militar, Lusíadas, José Malhoa, Brasil, Infante D. Henrique, entre outras -, na Estrada de Benfica, Praça de Espanha, Calçada do Patriarcal, Largo da Estefânia e em algumas zonas de acesso ao Eixo Norte-Sul, nomeadamente, na da Avenida das Forças Armadas.
Ao nível da conservação e manutenção de pavimentos as intervenções abrangem quatro avenidas - Descobertas/Estrada de Caselas, Brasília, Duque de Loulé e Infante D. Henrique -, Alameda das Linhas de Torres, Calçada da Ajuda, Estrada do Paço do Lumiar, Praça do Império, Calçada da Ajuda, Alameda D. Afonso Henriques e 14 outras ruas 3.

13/02/2009

Pensamento do dia em ... 1867

«Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável.

O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado».

Karl Marx, IN 'Das Kapital', 1867

Portugal aumenta cultura de alimentos geneticamente modificados

Portugal é um dos sete países europeus que aumentou a área de cultivo de produtos geneticamente modificados em 2008, num ano em que as culturas destes alimentos representam cerca de 125 milhões de hectares em todo o mundo. De acordo com o relatório do Serviço Internacional para a Aquisição de Biotecnologia Agrícola (SIABA), estes números representam um aumento de 9,4%.
A área cultivada com este tipo de alimentos aumentou 10,7 milhões de hectares, no ano passado, sendo os EUA o país que mais desenvolveu estas práticas (62,5 milhões de hectares), tendo vinte e cinco países passado a recorrer à biotecnologia, dos quais 15 são países em vias de desenvolvimento.
O mesmo relatório afirma que o Egipto, Burkina Faso e Bolívia são os três países que, no ano passado, se iniciaram na cultura de alimentos geneticamente modificados. A Argentina tem 21 milhões, o Brasil 15,8, a Índia e o Canadá têm 7,6 hectares cada um e a China conta com 3,8 hectares de área cultivada com alimentos geneticamente modificados 1.
Para a Plataforma Transgénicos Fora, as crises alimentares têm sido claramente especulativas e os transgénicos nada podem ajudar para a ultrapassar, pois “as vantagens dos organismos geneticamente modificados (OGM) só existem para as grandes multinacionais que vendem as sementes”. Aliás, “basta olhar para os lucros descomunais que as multinacionais de agroquímica estão a ter para perceber que têm vantagem em que se produzam e consumam transgénicos”.
Por outro lado, para além do risco para a saúde, “a nível mundial o problema (da especulação) vai manter-se. A questão está mais ou menos controlada em termos europeus, mas em termos mundiais vai continuar a existir com o aumento da procura na China e na Índia e com os biocombustíveis nos EUA”.

1. Ver Lusa doc. nº 9317997, 12/02/2009 - 00:28

12/02/2009

Recurso aos transportes públicos como resposta à crise

Um dos sectores que parece estar a escapar à crise é o das empresas de transportes públicos, uma vez que os portugueses estão a recorrer mais a estas: o Metro do Porto recebeu mais 7% de passageiros em 2008 e a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) conquistou mais 2% de utilizadores.
Em Lisboa, o Metropolitano transportou, nos primeiros nove meses do ano (últimos dados disponíveis) mais 0,6% de passageiros que em 2007, uma tendência que também se registou na Carris.
No mesmo período, mais 2,6% de passageiros atravessaram o rio Tejo, através da Transtejo e da Soflusa, enquanto as redes ferroviárias suburbanas de Lisboa e Porto registaram um aumento de 1,4%.
Mas a quebra na produção das marcas automóveis veio agravar a situação das transportadoras de mercadorias, principalmente as que dependem mais deste sector. Algumas alegam que já têm “carros parados e desde Agosto que não renovamos contratos nem substituímos os motoristas que saem”, como refere o presidente de uma transportadora que faz entregas na Autoeuropa.
De acordo com o presidente da Associação de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram), cerca de 15 mil camiões estão parados desde Dezembro e as vendas das transportadoras “caíram 30%” em 2008. “Cada camião parado é menos uma pessoa a trabalhar, portanto estamos a falar de 15 mil pessoas”, acrescentando a estes os cerca de 500 administrativos dispensados.

O ‘calcanhar de Aquiles’ do sistema de transportes

O presidente da Carris defendeu ontem numa comissão da A.R. que a falta de uma Autoridade Metropolitana de Transportes é o “calcanhar de Aquiles” do sistema de transportes públicos na Grande Lisboa “e um dos aspectos onde se tem de progredir para uma visão integrada que melhore a resposta”, esclarecendo que a área dos transportes públicos “desperdiça muito combustível”.
Apontando o dedo à falta de estratégia de articulação entre os vários operadores, afirmou que “nos últimos 10 a 15 anos apostou-se muito no transportes público na Área Metropolitana de Lisboa (mas que) mas não teve resposta em ganhos na procura e utilização”.
“É preciso perceber porquê e encontrar uma solução. Há mais de duas décadas que se fala numa Autoridade Metropolitana de Transportes, mas nada fizemos” afirmou, sublinhando que, na Europa, “as cidades com autoridades metropolitanas de transportes tiveram maiores ganhos de clientes” e dando o exemplo de Espanha.
Acrescentou ainda que houve nos últimos anos um esforço de articulação entre os vários operadores e com as próprias autarquias, mas reconheceu que tal “não foi suficiente”, pois, “se queremos uma cidade com mais transportes públicos é preciso actuar ao nível do estacionamento” e do aumento de corredores BUS, como medidas que incentivam o uso de transportes públicos.
Quanto à utilização de corredores BUS, revelou que só 10% do total da rede global da empresa circula nestas faixas.
A dívida da Carris ronda hoje os 500 milhões de euros, sendo outro dos seus calcanhares de Aquiles. O relatório da auditoria do Tribunal de Contas aos débitos e prazos de pagamento das empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE), divulgado a 12 de Janeiro, indicou que a dívida da Carris é de 563.817 milhões de euros.

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http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364802

Ausência de eficiência energética no sub-solo de Lisboa

O presidente do Metropolitano de Lisboa reconheceu ontem que as novas estações obrigam a um grande desperdício energético e que a empresa gasta por ano seis milhões de euros em energia só para manter todas as estações a funcionar, explicando que, como “os custos de exploração são muito pesados”, a empresa terá de rever esta situação na construção das futuras estações do Metropolitano.
Adiantou também que estes custos de exploração se devem sobretudo ao uso de meios mecânicos e à iluminação, dando como exemplo as estações do Terreiro do Paço e das Olaias e apontando a Linha Verde (Campo Grande/Cais do Sodré) como a “mais económica” a este nível. “Não estamos a falar em decoração, mas em arquitectura. Cada estação tem um arquitecto e cada arquitecto quer a sua iluminação. Temos 178 tipos de lâmpadas diferentes em utilização”.

Sobre a possibilidade de criação de um bilhete único horário, com o qual durante uma hora se poderia usar todos os operadores aderentes, aquele responsável referiu que tal medida teria “um impacto muito importante em empresas que já de si são sub-financiadas”. “Isto tem a ver com o modelo de financiamento que cada cidade tem para o seu sistema de transportes”, disse, dando o exemplo de Barcelona, onde o município cobre a diferença dos ganhos das empresas com a aplicação deste tipo de bilhete.
Quanto aos projectos de expansão da rede, afirmou que o futuro passará por estender a cobertura para a zona oriental e ocidental da cidade de Lisboa, sem sair da coroa do concelho, pois “não estamos a pensar em sair de Lisboa, neste momento”.
Sublinhou ainda que para atravessar para a zona ocidental da cidade o Metro terá que “vencer o caneiro de Alcântara”, afirmando que “não gostaria que o Metro tivesse outro problema como o do Terreiro do Paço (pois com) o lençol freático já se sabe que tudo pode acontecer”.
O responsável adiantou ainda que o Metro tem em estudo a aquisição de um terreno (se não for cedido pela Câmara de Odivelas) junto ao Senhor Roubado para a construção de um parque de estacionamento, “como medida para desincentivar as pessoas de trazerem transporte individual e promover o uso do transporte público”.
Estão igualmente a ser estudadas parcerias com empresas que explorem outros parques de estacionamento para tarifários especiais para os utentes do Metro, como igualmente está a ser analisada a hipótese de utilização de um outro espaço, junto a Sete Rios, para construção de um outro parque de estacionamento.

11/02/2009

Iniciativa legislativa para limitar abusos da banca

O Partido Ecologista “Os Verdes” entregou na Assembleia da República um Projecto de Lei que impõe limites à cobrança de despesas de manutenção de contas bancárias.
Face à quase obrigatoriedade dos cidadãos em possuírem uma conta bancária para receberem vencimentos ou pensões e ao reconhecido interesse que têm os bancos nas mesmas, é para o PEV urgente pôr cobro aos abusos que têm vindo a ser perpetrados pelas instituições bancárias, nomeadamente no que diz respeito à cobrança pelo serviço de “manutenção da conta”.
Na maioria dos casos, estes valores são fixados para determinados escalões de saldos médios mensais de conta, onerando principalmente os clientes com menor saldo mensal médio, como os pensionistas e trabalhadores que auferem salário mínimo, enquanto que, por outro lado, isentam os de maior capacidade financeira.
É, portanto, da maior importância que se acabe com este abuso que permite à banca continuar a engordar os seus lucros, mesmo em tempo de crise, à custa de um conjunto de cidadãos com poder económico débil, como milhares de pensionistas, beneficiários do rendimento social de inserção ou trabalhadores de baixíssimos salários.
Para o PEV, é absolutamente urgente pôr termo à cobrança desta taxa que apresenta contornos socialmente injustos, razão pela qual o Grupo Parlamentar do Partido Ecologista “Os Verdes” apresentou este Projecto de Lei na Assembleia da República.

O Gabinete de Imprensa de “Os Verdes

Na senda da eficiência energética

Em Bruxelas, decorreu ontem a assinatura do Pacto dos Autarcas, que reuniu mais de 400 cidades da União Europeia. A capital portuguesa é uma das nove cidades do país que assinaram o acordo europeu para a redução das emissões de CO2 em 20% até 2020.
A iniciativa da Comissão Europeia propõe a redução das emissões através de planos de acção para as energias sustentáveis e renováveis. Para além de Lisboa, as cidades de Almada, Aveiro, Cascais, Ferreira do Alentejo, Guarda, Moura, Porto e Vila Nova de Gaia aderiram ao projecto.
Durante vários anos houve uma recolha e tratamento de dados quanto aos fluxos de energia, água e materiais no Concelho de Lisboa. A capital terá agora definido uma política neste sentido através da Estratégia Energético-Ambiental com o objectivo de assumir até 2013 “a dianteira a nível europeu e nacional em matéria de eficiência energética”.
A Câmara espera conseguir em quatro anos uma redução de 8,9% do consumo de energia primária nos sectores dos edifícios residenciais, edifícios de serviços e transportes rodoviários com uma redução anual de 1,85 por cento, e uma redução de 9,4% nos próprios serviços da CML com uma diminuição por ano de 1,95%.

Ver
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364674

10/02/2009

Ecolojovem-«Os Verdes» em discurso directo na Ecosprinter

«The financial crisis and democracy»
During the last months we have witnessed the collapse of some of the most powerful banks in the world, a dramatic downslide of stock markets, the nationalisation of American and European banking institutions and the pumping in of billions of Euros by central banks.
The world is facing one of the most serious financial crisis that could bring even more dangerous consequences for populations worldwide.
The current crisis has impacts in several fields, whose effects are already being felt and democracy is one of them.
What is the relationship between the financial crisis and democracy? How can democracy be affected by this crisis?
Democracy is based on freedom and equality of all citizens, by means of which they can make important policy decisions.
Democracy is a vital need for humans and without it the development of mankind is not possible. It is also synonymous with freedom and solidarity. The popular sovereignty, equality policy, the popular consultation are inseparable requirements for achieving the democratic system.
This crisis is opposed to democracy, as well as to its assumptions and values.
An unstable international crisis framework may boost new dangers for the people, beyond the economic sphere. The most serious economic recessions may affect democracy through social instability, may reach several countries worldwide that could face the risk of instability. This instability can result in dangerous social and political phenomena such as the resignation, social tensions, the extremist forces and movements against immigration, racist and xenophobic, anti-democratic and authoritarian practices. Thus, democracy is at risk and difficult to enforce.
It is the responsibility of society to create conditions for citizens to realize their ambitions, talents, to choose their lives and to participate. With this crisis this is not possible. In times of crisis the nation states have less and less power to respond to the major social, ecological and democratic challenges which one faces today.
The global financial crisis will have a broad impact on those who are already the most vulnerable groups in society, thereby increasing inequalities.
In some states where democracy is weakly consolidated or is a little fragile regime there may be a setback due to economic or financial turbulence.
That is why the global crisis in some parts of the world, depending on its depth and duration and also of financial and governmental responses to capitalism, may appear as a threat to democracy.
The current situation affects the democracy of people for it does not allow a life with rights, in democracy. Unemployment figures are constantly increasing, conditions become scarce and destruction escalates. The capitalist system does not work with the people and for the people but rather uses the people for its own benefit. This is not democracy!
The European Young Greens have to be together against the economic, political and social dangers of this crisis.
It is our duty to act so as to prevent the deepening of this crisis and new crisis from destroying the planet. We must demand profound social and economic transformations. This is the necessary response to the crisis of the system.
We defend a sustainable world that guarantees a just society, where everyone can live in democracy, as equals and enjoying the same rights.
We need basic social guarantees for the people affected by the crisis.
The European Young Greens demand better living conditions, democracy, co-operation and peace among peoples. We defend social justice, a prosperous and sustainable economy and society.
We will stand up against any threat to the rights which society conquered over the past few decades.
This is a good time to show that this crisis demonstrates the oppressive and exploitative nature of capitalism. The financial crises such as the one that currently makes the world tremble, expresses the structural crisis of the capitalist system.
The solution is to look at the roots of the problem. The crisis comes from within the system and only a change in the system can lead to a sustainable economy and a sustainable society.
The world has been subjected to the economicist logic that is unable to ensure people’s needs.
Given all this, we can see that the capitalist economic model, based on unlimited growth, is an unsustainable model that is stifling and limiting the democracy.
Transcrição do artigo de Cláudia Madeira, Ecolojovem-«Os Verdes», publicado na Ecosprinter (Winter 2008/09), p. 10, a newsletter da Federação de Jovens Verdes Europeus (FYEG) da qual a Ecolojovem-«Os Verdes» é membro fundador.

09/02/2009

Cortes de trânsito na Baixa

O trânsito na Avenida Ribeira das Naus, na zona ribeirinha de Lisboa, vai estar cortado a partir do dia 15 e durante quatro meses, segundo anunciou a CML.
O corte de trânsito, desde o campo das Cebolas até Corpo Santo, deve-se a diversas obras a decorrer em simultâneo na zona do Terreiro do Paço, entre as quais a substituição de uma das principais condutas de abastecimento de água a Lisboa, a construção de duas caixas de intercepção de esgotos e a consolidação do Torreão Poente, que desde a sua construção já abateu 1,40 metros.
Depois de anunciar o corte de trânsito, o município apresentou as várias alternativas propostas pela autarquia para os percursos Alcântara/Almirante Reis; Belém/Saldanha/Expo; Algés/Expo; Marquês de Pombal/Santos e Marquês de Pombal/Santa Apolónia.


Manutenção dos torreões da Praça do Comércio

A consolidação e reforço das fundações do Torreão Poente do Terreiro do Paço vão custar 900 mil euros e envolvem a colocação de 29 estacas com uma profundidade de 50 metros.
De acordo com o professor jubilado da Universidade Nova que ‘desenhou’ o trabalho de consolidação do Torreão Poente a desenvolver pela Sociedade Frente Tejo, aquela estrutura está construída em cima de uma área mais profunda de lodos arenosos do que a do Torreão Nascente, daí a diferença de comportamento dos edifícios.
“É por isso que este abateu 1,40 e o outro não”, explicou. O trabalho de consolidação, que deverá custar 900 mil euros e durar três meses, inclui a colocação de 29 estacas em torno do torreão, 11 do lado do rio e as restantes do lado da Praça do Comércio.
Este trabalho de consolidação dos terrenos em volta do torreão é necessário para evitar uma situação de afundamento do edifício, “em caso de sismo com uma magnitude igual à do terramoto de 1755”.
Para definir os usos tanto do espaço do Torreão Poente como das restantes áreas do rés-do-chão do Terreiro do Paço, a Sociedade Frente Tejo afirma estar a desenvolver um estudo de urbanismo comercial 1.
Ao nível do saneamento, estão previstas intervenções a cargo da Simtejo, CML e EPAL, destinadas, por exemplo, à construção de caixas de intercepção de águas residuais nos antigos colectores pombalinos, construção de um colector de águas pluviais para intercepção e transporte de caudais, assim como de um interceptor dos efluentes domésticos na frente de drenagem Largo Chafariz de Dentro / Cais do Sodré e o seu transporte até à Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcântara, que ficará pronta em 2010.
O plano integrado de obras no Terreiro do Paço inclui ainda acções de requalificação a cargo da Frente Tejo, no espaço público do Terreiro do Paço e zonas envolventes, entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia, no âmbito da intervenção prevista para a frente ribeirinha da Baixa Pombalina 2.

1. Ver
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=125433
2. Ver http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Lisboa&Concelho=Lisboa&Option=Interior&content_id=1134832

08/02/2009

Diploma transfere gestão de zonas ribeirinhas para o Estado

O Conselho de Ministros aprovou esta semana um Decreto-lei que retira partes da frente ribeirinha de Lisboa do domínio da administração portuária e as passa para a gestão da CML.
As áreas em questão são a envolvente da Torre de Belém, a zona do Padrão dos Descobrimentos, o terrapleno da Junqueira, o Cais do Sodré, a Ribeira das Naus e a Matinha.
Em comunicado, o Conselho de Ministros salienta que estão “reunidas as condições para que se encete o processo de devolução da frente ribeirinha à gestão pelo município de Lisboa”, de modo a que a autarquia “faça a gestão de acordo com o interesse público que lhe cumpre tutelar”. Por outro lado, a Administração do Porto de Lisboa remeter-se-à “à actividade para a qual está mais vocacionada, de gestão empresarial do porto”.
Governo e autarquia tinham já assinado em Janeiro do ano passado um protocolo para a transferência de gestão da frente ribeirinha de Lisboa. Depois, o executivo elaborou em Março seguinte um diploma que estipulava as condições de transferência das zonas ribeirinhas para o domínio público, vetado inicialmente pelo presidente da República, mas promulgado mais tarde, em Maio.
O acordo agora firmado entre o Governo e a CML prevê a possibilidade de transferência de titularidade, nos casos em que não exista, nem esteja prevista, a existência de actividades portuárias, ou de partilha da gestão, nos casos em que a actividade não seja exclusiva.

Ver Lusa doc. nº 9292293, 05/02/2009 - 18:18

Feira do Livro muda-se para Maio

A Feira do Livro de Lisboa, que será inaugurada a 30 de Abril e terminará a 17 de Maio, realizar-se-á, como vem sendo tradicional, no Parque Eduardo VII, prevendo-se que o Brasil seja apresentado como o país-tema da feira.
A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), entidade organizadora do certame, apresentou os novos modelos de pavilhões da Feira, os quais, segundo o presidente da associação, “mereceram uma apreciação positiva dos editores e livreiros”.
No Porto, a feira começará a 22 de Maio e encerrará a 14 de Junho, regressa à avenida dos Aliados. O desfasamento de datas entre as duas feiras é uma aposta da APEL no sentido de ‘dinamizar’ o sector, aproveitando-se os pavilhões utilizados em Lisboa, numa forma de “melhor rentabilizar o investimento de 1,4 milhões de euros”.
Os pavilhões apresentados são modulares, mais flexíveis, podendo acoplar-se uns nos outros, permitindo uma utilização pelas diferentes editoras sem custos adicionais. Além disso, facilitam o acesso a crianças e a pessoas com deficiências e cada editor pode dispô-los como entender.
Segundo o novo regulamento da feira poderá ser instalado outro tipo de pavilhões, desde que sejam respeitados os parâmetros de volumetria e segurança.
As Editoras parecem concordar que “finalmente” há “uma feira renovada a nível nacional e sem excluir os que querem estar de forma diferente”, pois, “num ano de crise e muito difícil, é de louvar a coragem e empenho da APEL em renovar uma das maiores e mais significativas iniciativas culturais do país”.
As novas feiras devem passar a ser “inclusivas”, procurando estabelecer “parcerias com as livrarias das cidades, nomeadamente através de acções conjuntas, aumentando a intensidade da Feira”.

Ver
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364084