A União Europeia vive sobre o rótulo de exigência de altos padrões ambientais. Mas valerá a pena analisarmos se é mesmo assim ou se o rótulo, afinal, é enganador quanto ao produto que nos é vendido.
Com efeito, a União Europeia tem prosseguido rumos, tomado opções políticas e aceitado certas decisões extraordinariamente negativas à boa e desejável valorização ambiental. Seguem alguns meros exemplos coligidos por “Os Verdes”.
Com efeito, a União Europeia tem prosseguido rumos, tomado opções políticas e aceitado certas decisões extraordinariamente negativas à boa e desejável valorização ambiental. Seguem alguns meros exemplos coligidos por “Os Verdes”.
A produção agrícola localizada, garantia de muito maior qualidade dos produtos, muito mais benéfica em termos ambientais pela diminuição da quantidade de transporte de bens alimentares, maioritariamente rodoviário, e, ainda por cima, com a vantagem de dinamização das economias locais e da criação de emprego, foi esvaziada pelas políticas europeias. A política agrícola comum beneficiou grandes países e grandes agricultores, gerando o empobrecimento dos agricultores portugueses, lançando muitos para o desemprego ou para o abandono do mundo rural e, consequentemente, contribuindo também para gerar consequências de ordem ambiental muito graves, como os famigerados fogos florestais de que somos vítimas anualmente.
A imposição de transgénicos na agricultura foi um dos outros erros crassos da política europeia, que, já para não falar dos prejuízos que daí de correm para os agricultores, foi uma manifesta cedência às multinacionais do sector agro-alimentar, como a Monsanto, que resulta em perda de biodiversidade, como vários estudos de campo já demonstraram, com impactos ambientais muito significativos.
A integração do nuclear no mix-energético da União Europeia, com o seu consequente financiamento, abriu de imediato a gula a apetites vorazes de grandes grupos económicos que continuam a fazer pressão em Portugal para que cá se instale uma ou mais centrais nucleares, com toda a falta de resposta que existe, ainda hoje, para os resíduos radioactivos.
Até quanto à matéria das alterações climáticas, a União Europeia, que sempre se tem apresentado com o rótulo de vanguardista nesse combate, descura agora, a pretexto da crise financeira, os objectivos de cumprimento do protocolo de Quioto, sem esclarecer que os países que não prosseguirem os seus objectivos o que estão, de facto, a fazer é a preparar uma nova crise para os anos imediatamente a seguir ao primeiro período de cumprimento de Quioto (ou seja, depois de 2012), o que em muito pode vir a afectar empresas e consequentemente empregos.
Da forma como a União Europeia impôs um pacto de estabilidade e crescimento, sem olhar às suas consequências, incentivando os governos nacionais a menorizar as políticas sociais e ambientais para atingir um défice de 3%, até ao silêncio da Comissão Europeia em relação à instalação da co-incineração em pleno Parque Natural da Arrábida, num sítio classificado como de interesse comunitário (sic), tudo valeu para que os grandes interesses económicos valessem sobre direitos ambientais.
O PEV defende uma Europa estruturalmente defensora e geradora da valorização ambiental, conscientes de que, quando o exigimos, é de maior qualidade de vida, de maior saúde pública, de melhor economia e de maior garantia de direitos que falamos – queremos políticas com conteúdo ambiental e não sustentadas em rótulos enganadores!
A imposição de transgénicos na agricultura foi um dos outros erros crassos da política europeia, que, já para não falar dos prejuízos que daí de correm para os agricultores, foi uma manifesta cedência às multinacionais do sector agro-alimentar, como a Monsanto, que resulta em perda de biodiversidade, como vários estudos de campo já demonstraram, com impactos ambientais muito significativos.
A integração do nuclear no mix-energético da União Europeia, com o seu consequente financiamento, abriu de imediato a gula a apetites vorazes de grandes grupos económicos que continuam a fazer pressão em Portugal para que cá se instale uma ou mais centrais nucleares, com toda a falta de resposta que existe, ainda hoje, para os resíduos radioactivos.
Até quanto à matéria das alterações climáticas, a União Europeia, que sempre se tem apresentado com o rótulo de vanguardista nesse combate, descura agora, a pretexto da crise financeira, os objectivos de cumprimento do protocolo de Quioto, sem esclarecer que os países que não prosseguirem os seus objectivos o que estão, de facto, a fazer é a preparar uma nova crise para os anos imediatamente a seguir ao primeiro período de cumprimento de Quioto (ou seja, depois de 2012), o que em muito pode vir a afectar empresas e consequentemente empregos.
Da forma como a União Europeia impôs um pacto de estabilidade e crescimento, sem olhar às suas consequências, incentivando os governos nacionais a menorizar as políticas sociais e ambientais para atingir um défice de 3%, até ao silêncio da Comissão Europeia em relação à instalação da co-incineração em pleno Parque Natural da Arrábida, num sítio classificado como de interesse comunitário (sic), tudo valeu para que os grandes interesses económicos valessem sobre direitos ambientais.
O PEV defende uma Europa estruturalmente defensora e geradora da valorização ambiental, conscientes de que, quando o exigimos, é de maior qualidade de vida, de maior saúde pública, de melhor economia e de maior garantia de direitos que falamos – queremos políticas com conteúdo ambiental e não sustentadas em rótulos enganadores!
Ler Heloísa Apolónia IN www.cdu.pt/index.php?option=com_myblog&show=Europa-e-Ambiente-rotulo-ou-produto-.html&Itemid=97
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