14/06/2009

Espanha vai anular as suas centrais nucleares

O primeiro-ministro espanhol garantiu na 4ª fª que cumprirá o seu "compromisso eleitoral" de substituir de forma “gradual, ordenada e razoável” as centrais nucleares espanholas “por energias renováveis”.
“Vou cumprir o programa eleitoral”, disse, em resposta a uma questão do deputado de “Os Verdes” que exigiu ao Governo o fecho da central nuclear de Santa María de Garoña (em Burgos), cuja vida útil termina em 2011.
Zapatero explicou que a decisão será “coerente com os compromissos programáticos” do seu partido, escusando-se porém a concretizar mais a resposta porque a decisão “deve respeitar os procedimentos legais”.
O Governo, disse, está actualmente a “avaliar e a analisar” o relatório do Conselho de Segurança Nuclear (CSN) espanhol, que “aborda apenas o que se refere à segurança, mas não outros temas que têm de ser tidos em conta na decisão, como a política energética”.
No início deste mês, o CSN, autoridade de regulação do nuclear em Espanha, recomendou ao governo espanhol a renovação por 10 anos da licença de exploração da mais antiga das seis centrais nucleares do país. O relatório da entidade reguladora indica que a central, construída há 38 anos, pode ser explorada com toda a segurança por mais 10 anos.
O prolongamento da licença seria um retrocesso para o governo espanhol, uma vez que sempre defendeu o encerramento das centrais nucleares, tendo já fechado várias, uma decisão que não foi consensual no PSOE.
Espanha tem seis centrais nucleares activas, com um total de oito reactores que produzem cerca de 20% da electricidade consumida no país, segundo o Conselho de Segurança Nuclear.

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