O banco de leite materno foi apresentado à comunicação social a 15 de Janeiro. Na ocasião o director da Maternidade Alfredo da Costa estimou que deveria entrar em funcionamento no mês seguinte, mas surgiram alguns contratempos para que o banco funcione com toda a segurança.
Para já e nesta fase inicial, o leite destina-se a alimentar os bebés prematuros internados nas unidades de cuidados intensivos e intermédios daquela maternidade, cujas mães não tenham leite suficiente ou, por qualquer outra razão, não os possam amamentar. Logo que haja algum leite pasteurizado disponível, espera-se arrancar com a distribuição.
Para já e nesta fase inicial, o leite destina-se a alimentar os bebés prematuros internados nas unidades de cuidados intensivos e intermédios daquela maternidade, cujas mães não tenham leite suficiente ou, por qualquer outra razão, não os possam amamentar. Logo que haja algum leite pasteurizado disponível, espera-se arrancar com a distribuição.
Claro que a administração do leite pasteurizado só será feita depois de os progenitores serem informados pelos médicos das vantagens e de terem assinado um termo de consentimento esclarecido. O responsável é franco e transparente ao explicar que “o leite da dadora não será tão com como o leite da própria mãe, mas não é tão artificial como o leite que é dado aos bebés quando as mães não os podem amamentar”.
Pela experiência dos países, onde já existem banco de leite - como são os casos do Brasil, Espanha e Estados Unidos onde são muito populares – “em pouco tempo, os pais vão perceber e aceitar que, na impossibilidade de estes bebés serem alimentados ao seio da mãe, o leite da dadora é uma alternativa com bastantes vantagens se comparado com o leite artificial”.
A selecção obedece a todas as regras, pois o seu processo “é tão rigoroso quanto o dos dadores de sangue”. Na verdade, logo à partida, a mulher tem de ser mãe e estar a amamentar, não pode ser fumadora, nem consumir bebidas alcoólicas ou produtos estupefacientes.
O processo de escolha começa com uma consulta/entrevista com um médico da Maternidade Alfredo da Costa, onde a mãe é observada a amamentar o seu bebé e lhe são ensinadas técnicas de bem amamentar. Nesta consulta é feita uma primeira colheita de sangue - que será analisada pelo Instituto Português de Sangue - e a quem compete dizer se essa mãe pode ou não doar o leite.
Em caso afirmativo, será entregue à dadora um ‘kit’ incluindo uma bomba eléctrica, recipientes para a colheita e armazenamento de leite para uma semana e produtos de higiene da mama. Por incrível que pareça o leite será “guardado em casa, no congelador”. E semanalmente será recolhido por uma empresa especializada, que transporta o leite (‘armazenado’ pela dadora durante essa semana) em condições térmicas especiais, para a maternidade, onde será analisado e pasteurizado.
O processo não fica por aqui, pois ainda tem de ser visto praticamente à lupa. Só então o leite é sujeito a análises bacteriológicas e se forem encontradas bactérias passíveis de produzir toxinas, o leite é sumariamente ‘rejeitado’.
Caso contrário, o leite passa ao processo de pasteurização que dura cerca de uma hora e meia e que passa por expor o leite a temperaturas muito altas primeiro e, depois, a temperaturas negativas, precisamente a uma temperatura de 20 graus abaixo de zero. Congelado, o leite dura cerca de três meses.
Ver www.semanario.pt/noticia.php?ID=4844
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