10/06/2009

Que segurança para as bicicletas de uso partilhado?

A CML aprovou ontem em reunião do executivo municipal o relatório do júri do concurso da rede de bicicletas de uso partilhado, que havia sido chumbado pela oposição há cerca de duas semanas.
A proposta foi aprovada com os votos favoráveis do PS, Cidadãos por Lisboa e do ex-vereador independente, as abstenções do movimento Lisboa com Carmona e PCP e os votos contra do PSD.
A oposição tinha argumentado há duas semanas que o caderno de encargos estava mal elaborado e era omisso em questões de segurança. A rede de bicicletas de uso partilhado insere-se nos projectos de “mobilidade suave” da autarquia, onde também se inclui a construção de 40 quilómetros de pistas cicláveis.
Apresentaram-se seis interessados à criação e exploração da rede de bicicletas, tendo o júri admitido cinco. Após a aprovação deste relatório, o processo segue para a fase de “diálogo concorrencial” 1.
A vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa destacou que o seu grupo político votou favoravelmente mas com uma declaração de voto: “Só iremos votar a adjudicação final deste concurso se ficarem muito claras as medidas de segurança que a Câmara terá de tomar para as bicicletas poderem circular em Lisboa”, medidas ao nível do piso e sinalética.
Também o vereador comunista Ruben de Carvalho sublinhou que o PCP continua a ter as “mesmas reservas” em relação à criação da rede de bicicletas de uso partilhado.
“Hoje em dia a cidade não está preparada” para a utilização de bicicletas, afirmou, manifestando preocupação pela falta de condições de segurança: “Que preparação foi feita? Há a garantia que quem agarra numa bicicleta conhece o código da estrada?”, questionou 2.

1. Ver
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=393057
2. Ver http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/520083

1 comentário:

Nuno Ribeiro disse...

Compreendo as reservas quanto ao modo de implementação da Rede a nível económico e estratégico mas a posição do representanto do PCP quanto à viabilidade da bicicleta em Lisboa é no mínimo decepcionante.

Estas posições retrógadas podem inviabilizar no futuro outros projectos para mobilidade sustentável...

Já agora, será que há alguma garantia que quem pega num carro sabe o Código de Estrada? É que é bem mais perigoso.

Qual é o sentido desta coligação???