As sete colinas de Lisboa não são o único obstáculo ao projecto de ciclovias da CML. Dois abaixo-assinados, mais de 700 queixas de moradores e comerciantes, e uma moção aprovada por unanimidade numa Assembleia de Freguesia são alguns dos indicadores de que os percursos de bicicletas na capital estão longe de ser consensuais.
Para além dos custos - no total serão investidos 5,2 milhões de euros na construção de infra-estruturas -, e da prevista privatização destes recursos, a principal queixa é a da falta de diálogo entre a CML e o poder local, pois, para implementar as ideias criadas em gabinete, deverá ser contactado quem está perto dos munícipes e comerciantes a quem essas ideias poderão afectar.
O descontentamento é denunciado por três presidentes de Junta (todas do PSD) que revelaram que “não somos contra as ciclovias, mas sim contra os troços e a forma como Sá Fernandes está a conduzir o processo”. Isto porque, há dois problemas que todos acreditam que as ciclovias vão criar: a falta de mobilidade e a redução de estacionamento.
Para além dos custos - no total serão investidos 5,2 milhões de euros na construção de infra-estruturas -, e da prevista privatização destes recursos, a principal queixa é a da falta de diálogo entre a CML e o poder local, pois, para implementar as ideias criadas em gabinete, deverá ser contactado quem está perto dos munícipes e comerciantes a quem essas ideias poderão afectar.
O descontentamento é denunciado por três presidentes de Junta (todas do PSD) que revelaram que “não somos contra as ciclovias, mas sim contra os troços e a forma como Sá Fernandes está a conduzir o processo”. Isto porque, há dois problemas que todos acreditam que as ciclovias vão criar: a falta de mobilidade e a redução de estacionamento.
O autarca de Alvalade classifica mesmo a ciclovia que passa na Avenida Frei Miguel Contreiras e na Rua de Entrecampos como ‘aberrante’. Isto porque, “vai tirar mobilidade e reduzir os lugares numa freguesia que tem um défice de estacionamento”. Além disso, denuncia que “parte do trajecto passa num terreno privado que não está negociado”.
Também diversos moradores da freguesia se mostraram contra o projecto. Um deles considera que o troço destas “ciclovias vão prejudicar toda a gente. O trânsito vai ficar um caos e o estacionamento, que já é pouco, piora”.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, “todos os dias chegam e-mails à Junta contra este troço, já recebemos mais de 700 queixas". É, por isso, que arrisca dizer que “90 % dos moradores da freguesia estão contra este trajecto”. De tal modo que o descontentamento levou a que “na Assembleia de freguesia, fosse aprovada por unanimidade, por todos os partidos, uma moção contra o troço”.
Tal como o autarca de Alvalade, também o presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião da Pedreira tem já na sua posse um abaixo-assinado contra os troços da ciclovia, alertando ainda para um grupo “que vai perder muito com as pistas de bicicletas”: os comerciantes.
Segundo o autarca, quem tem estabelecimentos em zonas onde as ciclovias lhe passam am frente às lojas queixa-se que “ninguém vai às compras de bicicleta” e de que, desta forma, se dificulta a circulação de peões nos passeios e o acesso aos carros. Revela, além disso, que “vão ser cortadas árvores”.
Já o presidente da Junta de freguesia de São João de Deus, também não está nada satisfeito com o troço que lhe passará na sua freguesia, argumentando que “a ciclovia está mal feita”. Durante o percurso os ciclistas têm de subir uma rampa de passagem de peões sobre uma via férrea, de passar por uma escada e, ainda, circular por um troço privado que é tipo BTT, e só depois é que podem pedalar.
Além de serem contra casos particulares nos troços previstos, estes presidentes de junta queixam-se da forma como o processo está a ser conduzido, pois a CML não analisou “os prós e os contras nem fizeram qualquer estudo”. “Nem um telefonema fizeram”. Isto é daquelas políticas, “como o embargo do Túnel do Marquês que fez a autarquia perder 17 milhões de euros”.
A estas três Juntas somam-se ainda a de Nossa Senhora de Fátima e a de Campolide que irão “até ao fim do mundo” contra a falta de diálogo neste projecto. O “fim do mundo” será, para já, “uma reunião com o Automóvel Clube Portugal e levar o assunto à Assembleia Municipal”.
O vereador do ambiente da CML contra-argumenta que “este não é um problema das freguesias, mas sim da cidade, que precisa de uma mobilidade suave”.
Também diversos moradores da freguesia se mostraram contra o projecto. Um deles considera que o troço destas “ciclovias vão prejudicar toda a gente. O trânsito vai ficar um caos e o estacionamento, que já é pouco, piora”.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, “todos os dias chegam e-mails à Junta contra este troço, já recebemos mais de 700 queixas". É, por isso, que arrisca dizer que “90 % dos moradores da freguesia estão contra este trajecto”. De tal modo que o descontentamento levou a que “na Assembleia de freguesia, fosse aprovada por unanimidade, por todos os partidos, uma moção contra o troço”.
Tal como o autarca de Alvalade, também o presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião da Pedreira tem já na sua posse um abaixo-assinado contra os troços da ciclovia, alertando ainda para um grupo “que vai perder muito com as pistas de bicicletas”: os comerciantes.
Segundo o autarca, quem tem estabelecimentos em zonas onde as ciclovias lhe passam am frente às lojas queixa-se que “ninguém vai às compras de bicicleta” e de que, desta forma, se dificulta a circulação de peões nos passeios e o acesso aos carros. Revela, além disso, que “vão ser cortadas árvores”.
Já o presidente da Junta de freguesia de São João de Deus, também não está nada satisfeito com o troço que lhe passará na sua freguesia, argumentando que “a ciclovia está mal feita”. Durante o percurso os ciclistas têm de subir uma rampa de passagem de peões sobre uma via férrea, de passar por uma escada e, ainda, circular por um troço privado que é tipo BTT, e só depois é que podem pedalar.
Além de serem contra casos particulares nos troços previstos, estes presidentes de junta queixam-se da forma como o processo está a ser conduzido, pois a CML não analisou “os prós e os contras nem fizeram qualquer estudo”. “Nem um telefonema fizeram”. Isto é daquelas políticas, “como o embargo do Túnel do Marquês que fez a autarquia perder 17 milhões de euros”.
A estas três Juntas somam-se ainda a de Nossa Senhora de Fátima e a de Campolide que irão “até ao fim do mundo” contra a falta de diálogo neste projecto. O “fim do mundo” será, para já, “uma reunião com o Automóvel Clube Portugal e levar o assunto à Assembleia Municipal”.
O vereador do ambiente da CML contra-argumenta que “este não é um problema das freguesias, mas sim da cidade, que precisa de uma mobilidade suave”.
Sem comentários:
Enviar um comentário