O nosso País apresenta uma forte persistência nos indicadores de pobreza comparativamente com os restantes países da União Europeia. São dois milhões de portugueses abaixo do limiar da pobreza 1.
Os dados disponíveis dizem-nos que 23% da população não consegue rendimentos superiores a 60% do rendimento médio nacional. Trata-se de cerca de dois milhões e trezentas mil pessoas que vivem na pobreza. É uma realidade concreta e brutal que coloca Portugal na mais elevada taxa de pobreza da União Europeia e com o maior fosso entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres.
Os dados disponíveis dizem-nos que 23% da população não consegue rendimentos superiores a 60% do rendimento médio nacional. Trata-se de cerca de dois milhões e trezentas mil pessoas que vivem na pobreza. É uma realidade concreta e brutal que coloca Portugal na mais elevada taxa de pobreza da União Europeia e com o maior fosso entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres.
Este fenómeno social, embora com raízes históricas, é essencialmente o resultado de anos de políticas e de modelos económicos assentes numa injusta repartição do rendimento nacional, numa permanente desvalorização do valor do trabalho, nos entraves à procura do primeiro emprego, nos salários baixos, no trabalho temporário e na exploração da mão-de-obra, nas baixas pensões e reformas, nas insuficientes respostas sociais, na consecutiva marginalização das minorias étnicas, na desertificação do interior, nas assimetrias regionais, ou na exploração desenfreada da mão-de-obra imigrante.
Estas medidas vêm acompanhadas de um modelo social de orientação estratégica de acentuada diminuição das funções sociais do Estado, restringindo as suas capacidades de resposta, como é o caso do Serviço Nacional de Saúde, do Sistema Público de Segurança Social e a Escola Pública, e que têm expressão, de forma implacável, em novas formas de pobreza e de exclusão social que se alargam a importantes e novos segmentos da população activa, aos jovens e idosos.
Estes são alguns exemplos concretos da expansão das desigualdades, da pobreza e da exclusão social no nosso País. Outros flagelos sociais associados à pobreza e à exclusão social ganham novas dimensões, como a toxicodependência, os cidadãos sem abrigo, as crianças e jovens em risco, a seropositividade, o alcoolismo, a prostituição, o abandono e insucesso escolar. E estas são situações que se repercutirão fortemente nas gerações futuras.
A pobreza combate-se com outras políticas 2. Para além de algumas organizações no terreno 3, há exemplos de propostas para combater a pobreza e a exclusão social 4.
Por tudo isto e contra os níveis de pobreza em Portugal, a resposta é ‘marchar’ sim, mas por uma sociedade mais justa, lutando por um desenvolvimento sustentado.
Estas medidas vêm acompanhadas de um modelo social de orientação estratégica de acentuada diminuição das funções sociais do Estado, restringindo as suas capacidades de resposta, como é o caso do Serviço Nacional de Saúde, do Sistema Público de Segurança Social e a Escola Pública, e que têm expressão, de forma implacável, em novas formas de pobreza e de exclusão social que se alargam a importantes e novos segmentos da população activa, aos jovens e idosos.
Estes são alguns exemplos concretos da expansão das desigualdades, da pobreza e da exclusão social no nosso País. Outros flagelos sociais associados à pobreza e à exclusão social ganham novas dimensões, como a toxicodependência, os cidadãos sem abrigo, as crianças e jovens em risco, a seropositividade, o alcoolismo, a prostituição, o abandono e insucesso escolar. E estas são situações que se repercutirão fortemente nas gerações futuras.
A pobreza combate-se com outras políticas 2. Para além de algumas organizações no terreno 3, há exemplos de propostas para combater a pobreza e a exclusão social 4.
Por tudo isto e contra os níveis de pobreza em Portugal, a resposta é ‘marchar’ sim, mas por uma sociedade mais justa, lutando por um desenvolvimento sustentado.
1. Ver http://comumonline.net/noticia.asp?id=1362 ; outros dados podem ser consultados em http://golfinhu2.weblog.com.pt/arquivo/2005/10/_hoje_assinalase_o_d.html
2 Ver www.fenprof.pt/?aba=27&cat=39&doc=180&mid=115
3. Ver www.pobrezazero.org e www.oikos.pt
4. Ver www.fenprof.pt/?aba=27&cat=59&doc=1093&mid=115
3 comentários:
Um pouco mais de seriedade por favor!
Que Portugal é o país europeu mais desigual em termos sociais (com valores próximos dos EUA) não é infelizmente novidade. Que o actual e os anteriores fizeram pouco para o alterar, também não é novidade.
Agora dizer que "sobem os indicadores de pobreza" não é sério! Isso não está em nenhum dos links (nem em links do links). Eu verifiquei.
Pior, um dos links com estatísticas é uma notícia da CGTP de 2003!!! E outro insiste que na UE a 28... 28?
Cara Ana,
Tem toda a razão em exigir dados mais recentes no seu comentário de há uma hora atrás. Consulte então
o artigo seguinte do blogue "Portugueses entre os mais pobres da UE" segundo dados da União Europeia, publicado no URL http://osverdesemlisboa.blogspot.com/2007/05/portugueses-entre-os-mais-pobres-da-ue.html
Os "dados mais recentes" são os do Eurostat que, num recente boletim de 19 de Fevereiro de 2007, comparou 27 países da U.E. no artigo "GDP per inhabitant in 2004 ranged from 24% of the EU27 average in Nord-Est in Romania to 303% in Inner London".
Esta referência pode ser consultada no URL http://europa.eu/geninfo/whatwasnew/200702.htm "Eurostat Press Release" de 19 de Fevereiro.
Correcto? Ficamos por isso agradecidos pelo seu pertinente alerta.
Acho que fui mal interpretada... Eu obviamente que não ponho em causa os níveis de pobreza em Portugal!! Nem são necessárias estatísticas para saber que não somos dos mais ricos, nem que temos a maior desigualdade social.
Apenas quis chamar a atenção que a ideia vinculada no título do post "SOBEM OS MARCADORES DE POBREZA EM PORTUGAL" não é corroborada por nenhum dos links (nem dos novos). Ou seja vocês viram um agravamento onde ele não existe.
Não estou a querer defender ninguém, apenas quero combater o demagógico lamento de que "isto está cada vez pior"
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