Segundo estimativas feitas por uma equipa de cientistas do Instituto de Meteorologia Britânico é possível fazer projecções climáticas a uma distância de dez anos, com base nas correntes oceânicas e na actividade humana, bem como em outros factores de mais curto prazo.
O recente relatório do Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC) referia que a actividade humana ‘muito provavelmente’ causa o aquecimento global. O método destes cientistas é o mesmo utilizado pelo IPCC, só que parte da observação do estado dos oceanos e da atmosfera, onde “o efeito de estufa e os aerossóis estão incluídos, mas para nós é mais importante prever as variáveis naturais”.
Para que possa oferecer previsões a uma década, e não a um século, o modelo compreende a observação dos oceanos e da atmosfera. Isto permite prever como é que fenómenos como o El Niño irão afectar o clima. Os cientistas esperam que estes dados, combinados com as erupções vulcânicas, resultem numa das mais completas previsões até hoje efectuadas. As pesquisas que existem estão dispersas e por isso de pouco servem para interpretar os oceanos. Mas algum incremento recente na colecta de dados, obtidos por satélite e por instrumentos implantados no mar, está a permitir aos cientistas aumentar a sua compreensão de como as dinâmicas dos mares podem influenciar o clima 1.
Os investigadores estabeleceram assim um cenário ao longo de dez anos em cujo modelo matemático entraram em linha de conta com factores que até agora não tinham sido equacionados. Eles integram informações sobre a temperatura à superfície dos oceanos, as emissões de gases com efeito de estufa provocadas pelas pessoas, as mudanças na actividade solar e o efeito de erupções vulcânicas ocorridas no passado, tendo estudado os efeitos do El Niño, bem como a Oscilação do Atlântico Norte.
A simulação que fizeram para o período de dez anos, entre 2005 e 2014, levou-os a concluir que haverá, a curto prazo, o arrefecimento de uma parte do Pacífico, embora o Oceano Árctico resista ao aquecimento, o que compensaria a tendência de aumento das temperaturas devido aos gases com efeito de estufa. No entanto, esse efeito de compensação será passageiro, avisam os cientistas. A partir de 2009, pelo menos metade dos anos até 2015 será mais quente e atingirá valores acima dos recordes anuais de calor até agora registados. Em 2015 as temperaturas estarão meio grau acima do valor médio dos últimos 30 anos.
O estudo acrescenta dois factores aos cenários até agora produzidos sobre alterações climáticas. Primeiro, centra-se num período mais curto. Em segundo lugar, socorre-se de dados que nos últimos anos vêm sendo recolhidos sobre os oceanos. O papel destes no clima foi ganhando importância junto de algumas escolas científicas que também têm desenvolvido tecnologias de observação. Presentemente, entre outros aparelhos de medição, funcionam cerca de três mil ‘bóias’ transmissoras de dados, que indicam a temperatura e a salinidade em outros tantos pontos dos vários oceanos 2.
O ano de 2014 terá assim uma temperatura média de mais 0,3 graus que 2004. Pode parecer pouco, mas o suficiente para aumentar o degelo e o número de catástrofes climatéricas. Até à data, o ano mais quente foi 1998, período em que a temperatura média global atingiu os 14,54 graus.
O recente relatório do Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC) referia que a actividade humana ‘muito provavelmente’ causa o aquecimento global. O método destes cientistas é o mesmo utilizado pelo IPCC, só que parte da observação do estado dos oceanos e da atmosfera, onde “o efeito de estufa e os aerossóis estão incluídos, mas para nós é mais importante prever as variáveis naturais”.
Para que possa oferecer previsões a uma década, e não a um século, o modelo compreende a observação dos oceanos e da atmosfera. Isto permite prever como é que fenómenos como o El Niño irão afectar o clima. Os cientistas esperam que estes dados, combinados com as erupções vulcânicas, resultem numa das mais completas previsões até hoje efectuadas. As pesquisas que existem estão dispersas e por isso de pouco servem para interpretar os oceanos. Mas algum incremento recente na colecta de dados, obtidos por satélite e por instrumentos implantados no mar, está a permitir aos cientistas aumentar a sua compreensão de como as dinâmicas dos mares podem influenciar o clima 1.
Os investigadores estabeleceram assim um cenário ao longo de dez anos em cujo modelo matemático entraram em linha de conta com factores que até agora não tinham sido equacionados. Eles integram informações sobre a temperatura à superfície dos oceanos, as emissões de gases com efeito de estufa provocadas pelas pessoas, as mudanças na actividade solar e o efeito de erupções vulcânicas ocorridas no passado, tendo estudado os efeitos do El Niño, bem como a Oscilação do Atlântico Norte.
A simulação que fizeram para o período de dez anos, entre 2005 e 2014, levou-os a concluir que haverá, a curto prazo, o arrefecimento de uma parte do Pacífico, embora o Oceano Árctico resista ao aquecimento, o que compensaria a tendência de aumento das temperaturas devido aos gases com efeito de estufa. No entanto, esse efeito de compensação será passageiro, avisam os cientistas. A partir de 2009, pelo menos metade dos anos até 2015 será mais quente e atingirá valores acima dos recordes anuais de calor até agora registados. Em 2015 as temperaturas estarão meio grau acima do valor médio dos últimos 30 anos.
O estudo acrescenta dois factores aos cenários até agora produzidos sobre alterações climáticas. Primeiro, centra-se num período mais curto. Em segundo lugar, socorre-se de dados que nos últimos anos vêm sendo recolhidos sobre os oceanos. O papel destes no clima foi ganhando importância junto de algumas escolas científicas que também têm desenvolvido tecnologias de observação. Presentemente, entre outros aparelhos de medição, funcionam cerca de três mil ‘bóias’ transmissoras de dados, que indicam a temperatura e a salinidade em outros tantos pontos dos vários oceanos 2.
O ano de 2014 terá assim uma temperatura média de mais 0,3 graus que 2004. Pode parecer pouco, mas o suficiente para aumentar o degelo e o número de catástrofes climatéricas. Até à data, o ano mais quente foi 1998, período em que a temperatura média global atingiu os 14,54 graus.
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