10/08/2007

Passadeiras elevadas

Uma das promessas do novo presidente da CML refere-se à repintura de algumas zebras na cidade. Porém, a nível da segurança rodoviária, designadamente, fomentando um desaceleramento da circulação automóvel e um atravessamento pedonal de vias sem pôr em risco a integridade física dos peões, seria fundamental incrementar algumas medidas complementares, tais como uma clara revisão dos tempos de passagem em zona semaforizada e o tipo de passadeira a instalar e sua sinalização.
Não basta voltar a caiar algumas zebras. È necessário voltar a definir a sua localização em locais de potencial uso, tal como em zonas habitacionais, comerciais, nos acessos a parques e jardins, nas vias circundantes das escolas e junto às entradas e saídas dos transportes públicos, mas também garantir que a chegada ao outro lado da rua permite o acesso a uma zona pedonal segura.
Por vezes, outros complementos de semáforos e zebras que são utilizados passam pela construção de rotundas, pela iluminação das zebras com reflectores, pelo recurso às lombas, mas a questão chave radica em outro tipo de elementos dissuasores da velocidade nas rodovias. O conceito deve por isso basear-se na prioridade ao peão e na ideia que é a viatura que atravessa um espaço àquele dedicado e não o contrário. Aliás a cidade é o local por excelência destinado à mobilidade do ser humano, sendo o carro um redutor de distâncias, mas sempre um seu invasor.
O espaço público deve por isso ser prioritariamente consignado à circulação do cidadão e não o contrário. Um modelo repetidamente encontrado em cidades no estrangeiro, mas também em algumas zonas do país, como Setúbal ou Vila Nogueira de Azeitão é o das passadeiras elevadas à altura do passeio.
A ideia foi já anteriormente apresentada pelos eleitos de “Os Verdes” em seio da própria AML à vereadora então responsável pelo pelouro e, mais recentemente, presidente da Comissão Administrativa, mas, infelizmente, jamais chegou sequer a ser ensaiada em Lisboa. Em comparação com a sequência de lombas tem a vantagem de o condutor não andar aos saltos com a sua viatura, necessitando apenas de reduzir a velocidade e prosseguir sobre uma única longa lomba em velocidade reduzida, e da facilidade de uso para um deficiente com mobilidade reduzida.
Finalmente, e a fim de evitar os obstáculos que o peão encontra após o atravessamento, com viaturas estacionadas em cima do passeio, uma segunda prioridade inclui a elevação dos lancis a uma altura em que os carros sejam desmobilizados a galgá-los.
Veremos em que novos exercícios de segurança rodoviária pretende o novo executivo apostar. Estará indelevelmente ao lado do cidadão?

1 comentário:

Anónimo disse...

As passadeiras elevadas são uma excelente solução!!
Há ainda umas (diferentes da da foto) que tem um perfil mais suave mas mais elevado, que obriga mesmo os carros a reduzirem a velocidade. Caso contrário batem mesmo. Além de terem a vantagem de não incomodar minimamente os ciclistas.