São cada vez mais as alegações ecológicas publicitadas nos produtos de consumo e também as dúvidas dos consumidores sobre qual a decisão mais acertada. Como fazer a escolha certa quando há sobrecarga de informação? O melhor é comprar só o essencial
As preocupações ambientais estão na ordem do dia e há cada vez mais pessoas atentas e disponíveis a mudar os seus actos em função de hábitos mais ecológicos. Mas o que pode fazer o consumidor quando a sua vontade de contribuir para um planeta melhor esbarra num turbilhão de informação sobre o que está certo e o que está errado?
A este fenómeno chamou o New York Times ‘green noise’ (ruído verde), uma espécie de cacofonia criada pelo excesso de informação ecológica que pode transformar uma ida ao supermercado num exercício matemático que está muito para lá de fazer as contas ao que se compra.
A vice-presidente da Quercus reconhece que tem aumentado a comunicação sobre ambiente com “muitas empresas e produtos a anunciar a sua ligação à luta contra as alterações climáticas”, mas também afirma que “há muitas alegações sobre a bondade ambiental dos produtos mas nem todas são verdadeiras”. Por isso, defende a criação de “instrumentos mais regulares e regulados, para definir o que tem ou não um bom desempenho ecológico”.
Os rótulos são uma boa orientação para o consumidor, mas as dúvidas podem ser mais profundas.
O que será mais ecológico, comprar alimentos de agricultura biológica que viajaram centenas ou mesmo milhares de quilómetros e por essa razão usaram grandes quantidades de combustível para chegar até nós, ou produtos de agricultura industrial, com origem mais próxima do local de venda? Devemos substituir as tradicionais lâmpadas incandescentes por compactas fluorescentes que economizam energia, mas têm mercúrio? O que é mais inteligente de um ponto de vista de eficácia energética, comprar um carro novo, híbrido, pagando a factura do CO2 gasto no seu fabrico, ou comprar um carro usado, ainda que movido a gasolina ou gasóleo? Os biocombustíveis serão realmente ecológicos? Devemos continuar a comer carne e peixe, ou optar por uma dieta vegetariana, em nome da eficácia energética?
Reconhecendo que questões como estas são pertinentes, mas também demasiado complexas para o consumidor normal, defende que o importante e eficaz de um ponto de vista ecológico é implementar uma lógica de redução, em que “a escolha acertada depende muito de cada pessoa, mas o mais importante é saber que temos de usar o menos possível os recursos naturais do planeta. O melhor é as pessoas comprarem apenas o que realmente precisam”.
A ideia de reduzir o consumo só não é atractiva para os agentes económicos e para alguns políticos. Para os consumidores, é quase sempre o custo dos géneros e (o vazio d) a sua bolsa que os impele a reduzir o consumo.
As preocupações ambientais estão na ordem do dia e há cada vez mais pessoas atentas e disponíveis a mudar os seus actos em função de hábitos mais ecológicos. Mas o que pode fazer o consumidor quando a sua vontade de contribuir para um planeta melhor esbarra num turbilhão de informação sobre o que está certo e o que está errado?
A este fenómeno chamou o New York Times ‘green noise’ (ruído verde), uma espécie de cacofonia criada pelo excesso de informação ecológica que pode transformar uma ida ao supermercado num exercício matemático que está muito para lá de fazer as contas ao que se compra.
A vice-presidente da Quercus reconhece que tem aumentado a comunicação sobre ambiente com “muitas empresas e produtos a anunciar a sua ligação à luta contra as alterações climáticas”, mas também afirma que “há muitas alegações sobre a bondade ambiental dos produtos mas nem todas são verdadeiras”. Por isso, defende a criação de “instrumentos mais regulares e regulados, para definir o que tem ou não um bom desempenho ecológico”.
Os rótulos são uma boa orientação para o consumidor, mas as dúvidas podem ser mais profundas.
O que será mais ecológico, comprar alimentos de agricultura biológica que viajaram centenas ou mesmo milhares de quilómetros e por essa razão usaram grandes quantidades de combustível para chegar até nós, ou produtos de agricultura industrial, com origem mais próxima do local de venda? Devemos substituir as tradicionais lâmpadas incandescentes por compactas fluorescentes que economizam energia, mas têm mercúrio? O que é mais inteligente de um ponto de vista de eficácia energética, comprar um carro novo, híbrido, pagando a factura do CO2 gasto no seu fabrico, ou comprar um carro usado, ainda que movido a gasolina ou gasóleo? Os biocombustíveis serão realmente ecológicos? Devemos continuar a comer carne e peixe, ou optar por uma dieta vegetariana, em nome da eficácia energética?
Reconhecendo que questões como estas são pertinentes, mas também demasiado complexas para o consumidor normal, defende que o importante e eficaz de um ponto de vista ecológico é implementar uma lógica de redução, em que “a escolha acertada depende muito de cada pessoa, mas o mais importante é saber que temos de usar o menos possível os recursos naturais do planeta. O melhor é as pessoas comprarem apenas o que realmente precisam”.
A ideia de reduzir o consumo só não é atractiva para os agentes económicos e para alguns políticos. Para os consumidores, é quase sempre o custo dos géneros e (o vazio d) a sua bolsa que os impele a reduzir o consumo.
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