20/08/2008

Destape-se o acordo para recuperar a Tapada

Dez meses depois de se ter comprometido a decidir o futuro da Tapada das Necessidades, a CML vai discutir em Setembro a gestão e a recuperação daquele espaço verde da cidade. Segundo o gabinete do vereador do Ambiente a autarquia já terá chegado a acordo com o Governo e está agora a ultimar o protocolo que visa pôr fim ao estado de degradação em que a Tapada está mergulhada.
Questões ainda sem resposta são a quem caberá o destino da mata de dez hectares e quem pagará a sua reabilitação, visto o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que tutela o vizinho palácio das Necessidades, já ter manifestado vontade de tomar conta da Tapada, desde que o pelouro da Cultura financie a recuperação.
Todavia, o futuro da mata, cozinhado à revelia de uma das entidades responsáveis pelo espaço, permanece envolto em polémica.
Embora continue a gastar 12.500 euros por ano para manter a tapada aberta, a Junta de Freguesia dos Prazeres foi arredada das conversações. “Faço perguntas e ninguém me diz nada. Temo que sejam os Ministérios que têm destruído a mata a assumirem a sua gestão”, critica o presidente da Junta.
Sem informações e com igual grau de apreensão continuam os vereadores do PCP, que em Novembro levaram a CML a aprovar por unanimidade o início das negociações com o Estado. “Foi prometida uma solução para Maio. Já interpelámos o vereador e nem uma resposta tivemos”, lamenta o autarca comunista Carlos Moura 1.
Também “Os Verdes” têm acompanhado com apreensão a indefinição do processo, tendo já proposto no seio da própria Comissão de Ambiente e Qualidade de Vida da AML a redacção de uma recomendação requerendo a urgente intervenção de recuperação da Tapada, a qual seria posteriormente aprovada por Unanimidade 2.

Sem comentários: